Cartagena e a música do novo mundo
Com o tema “Fábulas: a narração fantástica na música do século XXI”, o VIII Festival de Música de Cartagena levou músicos de vários cantos do mundo para a cidade em janeiro deste ano. Na programação, destaque para as óperas apresentadas e pequenas formações de grupos de música de concerto.
Como diria a própria organização do festival, “mais próximo da nossa jovem imaginação”, o festival apresentou a programação da Música do Novo Mundo, com shows de artistas do Brasil, Argentina e Colombia no auditório Getsemaní
Representando o Brasil, Cartagena recebeu o Quinteto Villa-Lobos e Guinga no dia 06 de janeiro de 2014, com repertório do CD Rasgando Seda, lançado em 2012 pelo Selo Sesc. Em matéria para o site do festival, Alexánder Klein escreveu:
“E o que dizer do lendário Guinga e seu concerto com o Quinteto Villa-Lobos? A complexidade harmônica e rítmica e o contraponto magistral de sua escola brasileira confirmam que a supervalorizada vanguarda não é exclusiva da mal falada ‘música erudita’. Antes de terminar seu concerto, Guinga teve a coragem e o bom humor de exclamar com humildade que ele não se considerava um músico erudito, talvez por algum problema de autoestima. Os que entendiam português soltaram suas gargalhadas e – é preciso dizer – entre as risadas mais estrondosas estava a do excelente clarinetista Gabriele Mirabassi. Tal qual Guinga, o italiano certamente compreendeu que a piada do brasileiro não era mais do que uma crítica sutil àqueles que seguem mal interpretando as etiquetas errôneas que se dá à música.”
Sem as tais etiquetas, o argentino Rodolfo Mederos também apresentou seu repertório para bandoneon, diferente do repertório do CD Encontros, feito em parceria com Marcelo Ghelfi, a ser lançado pelo Selo Sesc ainda este ano.
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