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Teatro, alegria, vinho e festas: Bacantes, do Teatro Oficina, e a história do deus Dionísio

Espetáculo Bacantes <br> Foto: Cafira Zoe´
Espetáculo Bacantes
Foto: Cafira Zoe´

De 21 a 23 de outubro, o Sesc Pompeia recebe o espetáculo Bacantes, do Teatro Oficina. Inspirado na obra original de Eurípedes, a montagem traz temas sociopolíticos da atualidade.
 

Em décadas de atuação, o Teatro Oficina já participou de grandes momentos da história do teatro brasileiro. Agora, comemorando os 20 anos da primeira apresentação de sua peça mais famosa, a nau liderada pelo dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa desembarca no Sesc Pompeia para reencenar em, curtíssima temporada, Bacantes.

Inspirado na tragédia grega escrita pelo poeta Eurípides, Bacantes narra a história de Dionísio, deus do Teatro, da alegria, do vinho e das festas. Em suas andanças, o deus retorna a Tebas para se vingar da família real da cidade, que nunca acreditou que sua mãe mortal Sêmele foi amante de Zeus, não reconhecendo Dionísio como uma verdadeira divindade. Para complicar ainda mais a situação, o rei Penteu, primo mortal do jovem deus, declara a proibição do culto a Dionísio por toda a cidade, o que vai levar os dois antagonistas a uma inevitável rota de colisão.

Misturando carnaval, delírio e antropofagia, a montagem do Teatro Oficina pinta sua montagem com cores políticas e resignifica o original grego. Símbolo da alegria e protetor de todos aqueles que se encontram a margem da sociedade, Dionísio e seus seguidores representam um ideal de liberdade que nunca deve ser esquecido. A obra possui duração aproximada de 6 horas e não será permitida a entrada de menores de 18 anos, mesmo acompanhados dos pais.

 

58 anos de irreverência

Zé Celso, criador do Teatro Oficina e responsável pela dramaturgia, direção e composição musical do espetáculo Bacantes, é considerado um dos mais importantes encenadores do teatro nacional. Suas obras de inspiração antropofágica, movimento teorizado pelo poeta paulistano Oswald de Andrade, transitam entre temas polêmicos e questões sociais, urbanas e políticas.

Na primeira montagem de Bacantes, em 1993, a diretora Cibele Forjaz foi a responsável pela criação da luz. Nessa temporada, ela assina novamente a iluminação.