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Cinema e contracultura

O cineasta e dramaturgo José Agrippino de Paula imprimiu na história do cinema brasileiro sua marca. “Ele usava uma linguagem estilhaçada e fragmentada, em que as partes são ao mesmo tempo complementares, mas não têm a obrigação de fechar questões e nem expressar julgamentos morais”, define a produtora, curadora audiovisual e amiga do diretor Lucila Meirelles.  Nascido em Embú das Artes, em 1937, em São Paulo, Agrippino estudou na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, onde teve seu primeiro contato com o teatro, adaptando o romance Crime e Castigo, do escritor russo Fiodor Dostoievski. Na peça, atuava como ator, diretor e cenógrafo.

Seu primeiro romance, Lugar Público, foi publicado em 1995, ano em que conheceu sua esposa, a bailarina Maria Esther Stockler, com quem escreveu e dirigiu várias peças, entre elas o Rito do Amor Selvagem, de 1969. Romancista, dramaturgo e cineasta, também dirigiu e produziu roteiros de longas-metragens sobre a contracultura nos anos 1960 e 1970. “Hitler Terceiro Mundo é um de seus filmes que contém uma linguagem poética, forte, densa e revela uma mistura de signos culturais. Por isso Agrippino é tão contemporâneo”, comenta Lucila, responsável pela produção do Ciclo de Cinema José Agrippino de Paula.

A série é permeada por comentários de amigos de Agrippino como Hermano Penna, José Roberto Aguilar e Jotabê Medeiros, e apresenta os filmes Hitler Terceiro Mundo, Céu sobre água, Candomblé no Togo, Movimento de abertura da Sinfonia Panamérica, Maria Esther e as danças na África.


CICLO DE CINEMA JOSÉ AGRIPPINIO DE PAULA
I Hitler Terceiro Mundo
Dia 12, 23h.

II Céu sobre água, Candomblé no Togo
Dia 13, 22h.

III Movimento de abertura da Sinfonia Panamérica, Maria Esther e as danças na África
Dia 13, 22h56.