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Editorial
A vida cultural, assim como
o capital privado, não pode prescindir de condições favoráveis
para que as pessoas imbuídas do espírito emprendedor - em sua
maioria cidadãos dispostos a melhorar a vida de sua comunidade - possam
atuar livremente. Iniciativas de interesse social, mesmo que anônimas,
mostram-se necessárias ao fomento da distribuição mais
justa da produção coletiva.
De fato, o pleno desenvolvimento das sociedades contemporâneas está,
atualmente mais do que em outras épocas, alicerçado na participação
de todos os segmentos envolvidos na construção da vida cotidiana.
Assim, vai se distanciando o tempo em que o poder público, onipresente
na vida econômica mediante a figura do Estado provedor, criava entraves
burocráticos inibidores do investimento privado, o qual se via impedido
de dar efetiva contribuição ao progresso social.
Hoje, as pessoas têm maior consciência da necessidade de envolver-se
mais diretamente na
resolução dos problemas que as afetam. Premidos por demandas de
toda ordem, os indivíduos e grupos passam a organizar-se para intervir
localmente, tendo em vista a superação das dificuldades comuns.
Na conjuntura brasileira atual, observa-se que os resultados efetivos alcançados
por iniciativas da sociedade civil reforçam a idéia de que somente
a união entre o Estado, iniciativa privada e lideranças de diferentes
setores encontram-se em condições de possibilitar a superação
das desigualdades existentes.
Abram Szajman
Presidente do Conselho Regional do Sesc no Estado de São Paulo