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Qual a importância de viajar para uma criança?

Ilustrações: Veridiana Scarpelli
Ilustrações: Veridiana Scarpelli

Oba! Férias!
Nos meses de janeiro e julho, o programa de Turismo Social do Sesc em São Paulo realiza uma programação especial que convida as crianças e seus familiares (ou responsáveis) a conhecerem novos lugares e a descobrirem a própria cidade com outros olhares.

Compartilhamos aqui algumas reflexões acerca das vivências em família propiciadas pelos passeios e pelas viagens. Fica o convite à leitura e a expectativa de que as palavras aqui presentes inspirem as experiências pelos caminhos em novas ou já conhecidas paisagens!
 

Por Arianne Brianezi*
 

Quando lembramos de uma viagem que fizemos quando criança, a maioria das vezes nos recordamos das pessoas que estavam junto com a gente, do que foi vivenciado, dos momentos felizes. O lugar pouco importa, o que marca mesmo essas viagens são as emoções, sentimentos e experiências.

Atualmente, poucas são as chances que temos de conviver durante um longo período de tempo de qualidade com nossas crianças. Isso acontece devido ao acúmulo de atividades das crianças, ou ao trabalho integral dos adultos, ou às vezes, por falta de oportunidade, costume e de intimidade para que isso aconteça. Entramos na rotina, que funciona, e ficamos reticentes quando convidados a sairmos dela. Mas diante da oportunidade de viajar com elas, não podemos desperdiçar esse tempo, é preciso estar atento e aberto a tudo que pode acontecer.

A primeira atitude que devemos ter é relaxar e aceitar que não ter o controle de tudo pode ser bom. E depois se entregar a tudo o que essa viagem tem para oferecer e nos ensinar. Toda viagem pode ser uma experiência educacional, e das melhores; e educar é, sobretudo, compartilhar o que somos, muito mais do que aquilo que sabemos.

Na criança, os órgãos de percepção sensoriais estão muito abertos, quando visitam lugares novos, bonitos, interessantes, com estímulos positivos, a absorção é intensa e benéfica para seu desenvolvimento emocional e intelectual. Por outro lado, a criança não tem tantas condições psíquicas de elaborar tudo o que está vivenciando. O adulto pode ajuda-la, conduzi-la a aprofundar a experiência e estreitar os laços entre eles. A energia, entusiasmo e interesse do adulto com certeza interferirão na experiência da criança.

Um aspecto muito importante é a oportunidade de estar em um lugar diferente e ter a chance de conhecer outras características e comportamentos da criança, e deixar que ela também descubra outras características e comportamentos do adulto que está com ela.
Uma viagem é o melhor presente para sua criança; bens materiais logo perdem importância e são substituídos por outros. Experiência é algo que ninguém tira, duvida ou menospreza.

A experiência se dá no corpo, por meio dos nossos órgãos do sentido e da nossa percepção sutil de nós mesmos, dos outros e do que está ao nosso redor. Se não fosse assim, não existiria diferença entre ler informações sobre um roteiro turístico e ir visitá-lo.

Novas experiências fazem surgir novos pensamentos que conduzem a novas maneiras de pensar e agir. Se a experiência for positiva pode deixar a convicção de que novas relações com o mundo são possíveis; e a criança precisa cada vez mais acreditar e sentir por ela mesma que o mundo é um lugar belo e bom para se viver!

 


* Arianne Brianezi é sócia do Instituto Romã, turismóloga e mestre em Educação pela UFSCAR. Adora viajar e desde que seu filho nasceu, em 2014, aproveita toda oportunidade para viajar e fazer passeios, pois acredita no  potencial para sua formação como ser humano e fortalecimento de vínculos.  
 

 

 

 


 

OBA! FÉRIAS!

Quando chegam as férias escolares, as possibilidades que se apresentam aos pais ou responsáveis pelas crianças são diversas, a depender do contexto: fazer viagens mais longas em alguns casos, pequenas escapadas aos finais de semana em outros, ou a permanência no lugar onde se mora. Seja qual for a situação, a quebra da rotina representada pela ausência das aulas por si só já desencadeia formas diferentes de interação com o tempo, o espaço, as experiências cotidianas.

O que pode uma viagem proporcionar para uma criança? Como ela vivencia essa experiência? E um passeio pela cidade onde se vive, pode também ser uma experiência repleta de descobertas e novidades?

Nos meses de janeiro e julho, o programa de Turismo Social do Sesc em São Paulo realiza uma programação especial que convida as crianças e seus familiares (ou responsáveis) a conhecerem novos lugares e a descobrirem a própria cidade com outros olhares.

Saiba mais em sescsp.org.br/obaferias