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Programação baseada na obra de Vilém Flusser integra exposição no Sesc Ipiranga

Foto: Rafaela Queiroz
Foto: Rafaela Queiroz

Até o dia 28 de janeiro de 2018, o Sesc Ipiranga recebe a exposição "Flusser e as Dores do Espaço", com curadoria do Prof. Dr. Norval Baitello Junior e da pesquisadora Camila Garcia, que propõe criar materialidade e visualidade para o pensamento do filósofo a partir de 9 módulos expositivos, com intervenções, instalações artísticas, ambientações e atividades educativas. O filósofo Vilém Flusser é reconhecido por suas reflexões originais sobre linguagem, mídia, tecnologia e comunicação. 

Além da exposição, o público também pode participar de diversas atividades baseadas no universo do filósofo. Um dos destaques da programação são as aulas no "celeiro de ideias", espaço onde encontram-se textos datilografados, cartas, fac-símiles de colunas e polêmicas em artigos de jornais, livros publicados e traduzidos, áudios, depoimentos em vídeos de amigos, entrevistas, registros fotográficos e projetos especiais dentro de uma atmosfera que alude aos Internationalen Kornhaus-Seminare [Seminários Internacionais do Celeiro], organizados por Harry Pross na aldeia de Weiler nos Alpes alemães de 1984 a 1993, nos quais Vilém Flusser envolveu-se em acaloradas discussões com intelectuais europeus. Já passou pelo celeiro a escritora Márcia Tiburi, com uma aula-performance voltada para a apresentação de "Bodenlos", a autobiografia de Vilém Flusser, em uma viagem vertical à sinceridade da experiência do pensamento e à coragem de pensar a partir daquilo que se vive. 

As aulas acontecem aos sábados, a partir das 15h e são gratuitas. Nos próximos encontros: dia 28/10, Alex Heilmair fala sobre ‘O conceito da imagem técnica na comunicologia de Vilém Flusser’; já no dia 11/11, a curadora Camila Garcia apresenta uma aula sobre o 'Flusser e oGesto Fotográfico'. E no dia 19/11, a Drag Queen e youtuber Lorelay Fox discute ‘Gêneros e outros Vampyroteuthis Infernalis na constelação Youtube’.

Encerrando as aulas no celeiro, no dia 25 de novembro, Diogo Andrade Bornhausen fala sobre ‘Memória e aprendizado para Vilém Flusser’.

Outra atividade baseada no trabalho de Flusser é 'Caixa Preta Sensorial' com o grupo Sensus, ação que emula o conceito de caixa-preta de Flusser. Num ambiente totalmente escuro, os visitantes, serão convidados a adentrar uma sala apresentada como uma caixa criadora e geradora de imagens. Ali dentro, a partir da experiência de um performance sensorial, o público será instigado a imaginar imagens e a tocar os objetos que estarão fixados nas paredes. 

No dia 18/11, o público poderá participar de uma visita monitorada ao Arquivo ‘Flusser São Paulo’ a partir de uma caminhada com saída do Sesc Ipiranga. Durante o percurso um pesquisador guiará o grupo conversando sobre temas ligados a obra de Flusser e na chegada ao Arquivo, o artista Sérgio Lima apresentará aos visitantes áudios de conversas suas com o filósofo gravadas em fitas cassetes ainda nos anos 70.

O artista belga Thomas Israel apresentará nos dias 18 e 19/11 a performance ‘Dermus Flusser’ em que, vestido de preto, porta um martelo e um entalhador e ataca uma parede para liberar, pouco a pouco, a imagem que está aprisionada no muro. Suas obras imersivas e interativas, que abordam o corpo, o tempo e o subconsciente, foram exibidas no MOMA (Nova Iorque), na Society for Arts and Technology (Montreal), Musée des Abattoirs Toulouse e em vários festivais, galerias e museus internacionais desde 2005. A performance é gratuita. 

Saiba mais sobre a exposição "Flusser e as Dores do Espaço" aqui.