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Mag Magrela e os Grafites que Contam Histórias

As palavras, sons, os painéis de Kobra que via na infância pelas ruas no caminho entre a casa e a escola, as telas do pai ou um livro da Tarsila do Amaral. Todas essas coisas, entre infinitas outras, ficaram no subconsciente de Mag Magrela e a levaram a enxergar a possibilidade da carreira artística. Mais tarde, como uma chave que subitamente se vira, veio o desejo de experimentar a rua como contexto para suas criações.

Autodidata, Mag acredita que suas aventuras fora da academia a transformaram em uma artista mais livre: “Algumas pessoas que eu conheço que fizeram faculdades de artes plásticas, parecem que tem uma trava. Eu acho que é isso, muita referencia, muita coisa que enfiam dentro de você, parece que você nunca é você mesmo”, reflete.

À vontade entre as artes, da cerâmica até a recente experiência no projeto musical Pitaias, a artista preza pelas infinitas formas de aprender: “Eu acho que sempre vou aprender assim, desse jeito meio criança”.

Aos 23 anos, depois de uma rápida experiência na oficina de grafite de Rui Amaral, conheceu algumas pessoas e partiu para sua maior escola de vida: a prática. “Aos poucos eu fui entendo o gostinho da rua, a comunicação com as pessoas que enxergavam aquilo e pra onde iam. Eu percebi que isso era uma arma poderosíssima.”

Falando em armas, Mag tem um objeto em formato de metralhadora cheio de bicos de sprays usados pendurado na parede de seu ateliê. À primeira vista, uma peça com função decorativa, assim como os murais que pinta pelas ruas. Mas não caia na sedutora ideia de que os grafites estão lá com a despretensiosa função de deixar as ruas mais bonitas: “Não, não é pra embelezar a cidade, eu tô te contando uma história. É muito mais profundo” . Embelezar – ou não – é apenas um detalhe. 



Na progrmação do FestA! 2018, Mag Magrela minstra, juntamente com a artista Simone Sapienza Siss, a atividade Percursos da Arte Urbana Feminina em São Paulo, no Centro de Pesquisa e Formação.

 

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