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Os traços estéticos e políticos de Criola

Você já reparou na quantidade de pinturas e esculturas, espalhadas pelos museus, que retratam mulheres – muitas vezes nuas? Já se deu conta também, que boa parte delas foi produzida por homens? Mesmo que sejam representadas em muitos trabalhos, mulheres ainda lutam por espaço no campo das Artes. Para debater essa e outras questões relacionadas ao protagonismo feminino, a ação em rede As Mulheres e as Tecnologias, que acontece durante o mês de setembro nas unidades do Sesc, apresenta uma programação feita por e, prioritariamente, para mulheres, sejam elas negras, brancas, indígenas, migrantes ou refugiadas.

A grafiteira e artivista de Belo Horizonte, Criola, é uma delas e foi convidada a participar da oitava edição do Projeto Latitudes, que traz ao Sesc Vila Mariana artistas de diferentes linguagens e técnicas para desenvolver trabalhos com o objetivo de superar distâncias e ressignificar fronteiras. No mural Afro Brasilidades, no corredor da torre B, a artista construiu um painel com referências étnicas ancestrais. “Afro Brasilidades não está só naquilo que eu pintei, mas no ato de pintar, como mulher, mulher preta. Não se reduz a um conceito finalizado”, diz.

O questionamento do lugar ocupado por mulheres nas galerias de arte e museus parte de Criola, que aponta a necessidade de conhecer a história de cada artista e seus propósitos políticos, além de estéticos. “Como artivista, o ato de pintar e exercer posições é fundamental.”

O mural Afro Brasilidades encontra-se no piso térreo, com visita aberta até 10 de março de 2019, de terça à sexta, das 7h às 21h30, sábados, das 9h às 21h e domingos e feriados, das 9h às 18h30.