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“Amanhã é outro dia”: uma história e algumas reflexões sobre mulheres idosas em situação de prisão

Foto: Karla Priscila
Foto: Karla Priscila

Artigo: Viviane Balbuglio e Anna Carolina Martins Silva

 

Resumo

Considerando o envelhecimento como processo, este artigo conta a história de uma mulher não brasileira, que esteve encarcerada na cidade de São Paulo. A história tem elementos que se repetem¿em muitas outras narrativas de mulheres presas. A desigualdade social, que atravessa territórios e corpos, constrói um cenário em que a consolidação de direitos sociais básicos não está garantida, como o direito à saúde e ao envelhecimento digno. “A história de Maria Francisca”; um “breve panorama do encarceramento de mulheres no Brasil; “a (não) saúde na prisão” e a “liberdade como única medida possível” são as categorias criadas pelas autoras para construção do texto. O envelhecimento como processo múltiplo, também influenciado e constituído por marcadores de gênero, raça e classe, demanda estratégias para (sobre)viver nestes espaços. As reflexões apresentadas reforçam a liberdade enquanto premissa para mulheres em situação de prisão, e propiciam reflexões sobre desigualdade
e injustiça social tão determinantes no processo saúde-doença.

Palavras-chave: prisões, envelhecimento, mulheres. 

 

Abstract

Considering aging as a process, this article brings the story of a non-brazilian woman who was imprisoned in the city of São Paulo. This story has elements that are repeated in many other narratives of women in prisons. Social inequality that crosses territories and bodies builds a scenario in which the consolidation of basic social rights is not guaranteed, such as the right to health and dignified aging. "The story of Maria Francisca"; a "brief overview of the incarceration of women in Brazil; "The (not) health in prison"; and "freedom as the only possible measure" are the categories created by the authors for the construction of the text. Aging as a multiple process, also influenced and constituted by markers of gender, race and class, demands strategies to live in these spaces. The reflections presented reinforce freedom as a premise for women in prison and provide reflections on inequality and social injustice, so decisive in the health- disease process.

Keywords: prisons, women, aging.
 

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