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Supersônica: Música Eletrônica Experimental no Sesc Avenida Paulista

Foto: Felipe Gabriel
Foto: Felipe Gabriel

Explorar novas frequências a partir da eletrônica é a origem do Supersônica, projeto do Sesc Avenida Paulista. A programação, que acontece nos dias 15, 21, 24 e 30 de março, com bate-papo, performance, shows, curso e oficina, explora a música eletrônica experimental advinda da cena underground.  

A década de 1940 é o período da comercialização dos primeiros sintetizadores, considerado à época, um instrumento revolucionário, na música ocidental, transformando sons por meio da utilização de eletricidade – com oscilações de graves e agudos, volumes, duração de faixas e sobreposição de ruídos.

MÚSICA & ELETRÔNICA

Dos aparelhos monofônicos aos digitais, e inclusão de outras tecnologias como os samplers e aparatos de distorção, muitas criações e histórias marcaram o desenvolvimento da música eletrônica e sua ligação à criação experimental. Assim, uma imensa diversidade de artistas e produções, transitando nas artes e na música, realizam as novas pesquisas seja no mainstream ou no cenário alternativo.

EXPERIMENTOS MUSICAIS

Em paralelo, sem um gênero musical definido, a música experimental, como essência, traz do improviso e da atitude subjetiva a criação da música a partir de qualquer objeto ou som, contemplando seus determinados aspectos técnicos ou simplesmente no encaixe sonoro que representem tal pesquisa artística.

 

O SUPERSÔNICA

Por essa perspectiva, o Sesc Avenida Paulista, unidade de arte, corpo e tecnologia, busca abrir espaço para esses artistas que criam e recriam trabalhos dentro da experimentação musical, em específico para este projeto, na música eletrônica experimental e alternativa de São Paulo.

Para essa edição, artistas TLGBQ+ da Coletividade.NÁMÍBIÀ conectam as artes visuais à música afro eletrônica por meio de arte performática. Dia 21, o bate-papo, que começa às 14h, com Misael Franco, precursor deste coletivo, na discussão sobre a perspectiva negra e a disputa dos espaços urbanos, inicia a programação seguida, a partir das 15h30, pela oficina de Design de Figurinos e Instalação Corporal, performance de Euvira Euvira, às 19h30 e show de Aretha Sadick, às 20h30. 

            

Para o dia 22, a banda Tinta Preta traz a “arte sonora” com o cenário criado por Liana Padilha e Lucas Freire, que também fazem voz e bases, junto à instrumentalização de Lucas Paiva (sax) e Cassius A. (teclado), às 20h. Logo após, às 21h30, Carla Boregas, Juliana R. e Maurício Takara encerram o dia com o show de música eletrônica autoral.

Raquel Krüger, às 20h, filósofa e compositora, abre o dia 23, e ursa menor, projeto da produtora e compositora Andréia Regeni encerra, às 21h30. Ambos os trabalhos se encontram na música eletrônica fortemente desenhada sobre a sonoridade dos samplers com profundidade volumétrica, alinhada aos efeitos dos sintetizadores, a qual é possível identificar uma sub sonoridade em mutação pelo que se coloca em música eletrônica: BPM.

 

E como seria um concerto de sintetizadores modulares e objetos eletroacústicos?  

É o que Tom Monteiro, músico autodidata, sound designer, multi-instrumentista e compositor de música eletrônica minimalista, prepara para a apresentação dos dias 23 e 30, às 21h30.

Dia 24, às 17h30, Maurício Adachi ou Ad4chi sintetiza as métricas ocidental e oriental, incorporando experimentações eletrônicas aos timbres de recorte cósmico, e, utilizando, dentre seus equipamentos, o sintetizador 5 camadas.

Outra atividade que compõe a programação é o curso de construção de um sintetizador 5 camadas, com Mau Schram, pesquisadora, curadora, designer, produtora e desenvolve projetos sonoros e visuais. De 15/3 a 10/5, sextas, às 19h.
Inscrições gratuitas.