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Pelos caminhos do Sesc Jazz

Jonathan Ferr - Ilustração Robinho Santana
Jonathan Ferr - Ilustração Robinho Santana

A segunda edição do Sesc Jazz traz a diversidade sonora de 26 grupos de 12 países diferentes. Com estilos tão plurais e novidades na cena, levantamos alguns eixos e destaques para inspirar você a montar o seu roteiro e mergulhar no universo do improviso.

Experimentalismo

Improviso, liberdade, experimentação! Nesses quesitos, cinco grupos se destacam: Women’s Improvising Group, The Art Ensemble of Chicago, Gard Nilssen’s Acoustic Unity, John Zorn & New Masada e Sun Ra Arkestra.

Mulheres à frente

Mulheres como liderança de seus grupos, para além da figura da diva intérprete - esta edição do Sesc Jazz ressalta a presença feminina de instrumentistas e compositoras. Como destaque o projeto Women’s Improvising Group foi remontado em formação inédita a convite do Sesc. Criado pela cantora e compositora Maggie Nichols e pela fagotista Lindsay Cooper, já falecida, nos anos 1970 e chamado inicialmente de Feminist Improvising Group, o conjunto foi a primeira formação exclusivamente feminina no jazz que se tem notícia. Além da jovem cantora Yazmin Lacey, o Sesc Jazz apresenta duas bateristas, Yissy Garcia e Terri Lyne Carrington, uma flautista, Maria Toro e uma pianista, Luísa Mitre.

Formações clássicas

Baixo, bateria, piano, sax em formações clássicas como trios, quartetos e big band. Você também encontra grupos com sonoridades mais tradicionais no Sesc Jazz. É o caso dos saxofonistas Gary Bartz e Kristóf Bacsó, do pianista suíço Marc Perrenoud e da Nelson Ayres Big Band.

Sangue novo

Shows com frescor de artistas no início da carreira. A cantora inglesa Yazmin Lacey, a pianista Luísa Mitre e o carioca Jonathan Ferr trazem sonoridades da nova cena do jazz.

O Som de Tambores Distantes

Ao investigar as origens da palavra “jazz” aparece o termo “jaíza” da cultura haúsa (Nigéria) que expressa “o som de tambores distantes”. Instrumentos, escalas e culturas diferentes aparecem nos shows de Avishai Cohen Big Vicious (Israel), Dhafer Youssef (Tunisia), Kristóf Bacsó Trio (Hungria), Orlando Julius & The Heliocentrics (Nigéria) e o jazz-flamenco de María Toro & Chano Domínguez Quarteto (Espanha).

Síncope brasileira

Sete trabalhos brasileiros fazem parte da programação do Sesc Jazz. Entre os destaques estão o veterano Maurício Einhorn, que já tocou sua gaita com Sarah Vaughan e Nina Simone, Duo + 2, junção do Duofel com o percussionista Robertinho Silva e o flautista Carlos Malta, Egberto Gismonti com seu filho Alexandre, a big band de Nelson Ayres e o quinteto de Luísa Mitre.

Os ingressos para o Sesc Jazz estão disponíveis a partir das 19h, terça, 1/10 em sescjazz.sescsp.org.br. Venda nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo, a partir das 17h30, quarta, 2/10.

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Texto e edição: Carol Vidal, coordenadora do conteúdo online do Sesc Jazz e editora web do Sesc Avenida Paulista.