Sesc SP

Matérias da edição

Postado em

Intervenção

Foto: Everton Ballardin
Foto: Everton Ballardin

Fotos: Everton Ballardin

 

Céu e Mar para Presente [Japonismo]

2011, azulejos serigrafados aplicados sobre parede (Acervo Sesc de Arte Brasileira/Sesc Santo André)

“Tento propor uma reflexão sobre a água em diferentes aspectos: simbólico, político, onírico, estético. A água é um elemento vital, presente em todas as religiões, símbolo de passagem.

Imaginei a piscina como um grande presente para a comunidade, por isso a envolvi com os azulejos fazendo referências aos padrões japoneses, como um papel de presente.”

Sandra Cinto

artista e professora nascida em Santo André (1968), tem obras públicas permanentemente expostas no Brasil e no exterior

_____________________________________________________________________________________________________

Reflexo d’Água

1997, escultura com 1.500 metros de aço carbono galvanizado (originalmente, a escultura era de ferro, mas foi restaurada em 2018 (Acervo Sesc de Arte Brasileira/ Sesc Vila Mariana)

Encomendado especialmente para a inauguração da unidade, o trabalho foi um divisor de águas, uma vez que instalações artísticas em espaços esportivos não eram comuns de se ver. “A Tomie sempre achou que obra de arte não era pra ficar em museu. Para ela, quanto mais público fosse o espaço, melhor para a cidade”, conta seu filho, Ricardo Ohtake.

Tomie Ohtake

(1913-2015)  Artista japonesa radicada no Brasil, é uma das grandes representantes do abstracionismo, com pinturas, gravuras e esculturas distribuídas por museus e espaços públicos.

_____________________________________________________________________________________________________

Sem título

2011,  painel de 250 x 2.312,5 cm em poliuretano (Acervo Sesc de Arte Brasileira/ Sesc Bom Retiro)

Além de escolher um material que tivesse resistência à umidade, às variações de temperatura e ao vapor da água da piscina, a obra de Tozzi também levou em consideração o conforto do ambiente: “O painel é composto por placas de alumínio perfuradas com material termoacústico em seu interior para criar um ambiente mais confortável, com a absorção do ruído causado pela movimentação da água”.

Claudio Tozzi

(1944) Artista paulistano que começou sua carreira ainda na década de 1960, se utiliza de técnicas variadas em seus trabalhos, que versam sobre assuntos políticos e urbanos.

_____________________________________________________________________________________________________

Nuvem, Gota e Casa

2004, três painéis de cerâmica esmaltada (Acervo Sesc de Arte Brasileira/

Sesc Pinheiros)

As três pinturas foram feitas manualmente, sem processo fotográfico ou mecânico para a transferência das imagens para os azulejos. “As imagens possibilitam o estabelecimento de relações individuais ligadas à memória afetiva e também leituras transversais, como um jogo.”

Sérgio Niculitcheff

(1960) Doutor em Poéticas Visuais pela Unicamp, o pintor tem diversas de suas obras expostas em museus e em coleções particulares. É considerado um dos nomes da ‘geração 80’ e do retorno à pintura naquela década.


 

______________________________________________________________________________________________________

Sem título

2017, tinta mineral sobre azulejos de cerâmica (painel de 193 x 870 cm)
(Acervo Sesc de Arte Brasileira/Sesc Birigui)

Com 18 metros quadrados de pigmentos minerais sobre azulejos, a obra do coletivo se diferencia de outros trabalhos do grupo: “Todos os nossos desenhos são abstratos e de base geométrica, mas neste caso buscamos trazer, a partir das curvas e dos tons escolhidos, uma mistura do brincar na piscina com o movimento da água e da luz dentro dela”.

Coletivo MUDA

Surgido no Rio de Janeiro (2010), o coletivo usa a cidade como um espaço de experimentação visual, e hoje possui obras espalhadas em outras cidades brasileiras e em diversos países, como Nova York, Lisboa e Havana.