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Notas da programação

Alexandre Nunis
Alexandre Nunis

Mulheres, no plural

Segunda edição do Encontro Internacional Nós Tantas Outras põe em discussão o poder dos coletivos de mulheres na construção de novos imaginários

Pesquisadoras e coletivos de mulheres do Brasil, da Argentina, Cuba, Equador, Peru, República Dominicana e Uruguai participarão da segunda edição do Encontro Internacional Nós Tantas Outras, uma iniciativa do programa de Diversidade Cultural do Sesc São Paulo. Com o tema Mulheres e Novos Imaginários, o evento discute o poder do coletivo na construção de novos imaginários e as múltiplas realidades das mulheres na América Latina. A programação acontece de 4 a 7 de março nas unidades do Sesc 24 de Maio, Avenida Paulista, Bom Retiro, Consolação e Pompeia. “O que se propôs desde a primeira edição do evento foi abrir espaço para a diversidade de vozes, perspectivas e realidades das mulheres. Entendendo que mesmo com a força das diferenças culturais há, muitas vezes, um traço comum de desigualdade de gênero que precisa ser transformado”, explica Emília Carmineti, assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.

Dessa forma, o Sesc São Paulo abriu uma convocatória para coletivos da América Latina se inscreverem como participantes dos grupos de trabalho. A chamada foi direcionada a experiências acadêmicas, processos artísticos ou ações sociais. Participam pesquisadoras e grupos dedicados a contribuir para a erradicação das violências e desigualdades de gênero, e que buscam uma efetiva defesa e promoção dos direitos das mulheres.

“Agora, nesta segunda edição, a ideia é apresentar contrapontos à desigualdade de gênero que são criados em comunhão, em coletividade. Ideias que surgem, que permanecem no tempo e que estão estabelecendo e criando novos imaginários/realidades não só para as mulheres, mas para todas as pessoas”, complementa Emília. Confira a programação completa no portal: sescsp.org.br/nostantasoutras.

 

AZUL É O JAZZ

De 12 a 15 de março, as unidades do Sesc Pompeia e de São José dos Campos realizam a décima edição do Nublu Jazz Festival. Na programação, músicos de diferentes partes do mundo reafirmam a identidade e essência visionária do Nublu, originalmente um selo independente atrelado à casa nova-iorquina de jazz de mesmo nome. Entre os artistas internacionais desta edição, John Cale (Inglaterra), um dos fundadores da banda The Velvet Underground; Yasiin Bey (EUA), conhecido pelo nome artístico Mos Def; e Femi Kuti (Nigéria), filho de Fela Kuti, pioneiro do afrobeat. Confira a programação completa no portal sescsp.org.br/nublu

 

Ebru Yildiz

 

PARA RIR E CHORAR

Neste mês, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (CPF) realiza o ciclo Rindo para Não Chorar: Quadrinhos, Humor e Política. Na programação, profissionais da área refletem sobre a cena nacional dos quadrinhos que fazem uma crítica política pelo viés do humor. Em questão: Serão as críticas políticas dos últimos 50 anos atuais? Hoje estamos rindo do que e com quem? No dia 18/3, é a vez dos cartunistas André Dahmer e Ciça falarem sobre o tema Tirinhas com Tiradas: O Comentário Jornalístico em Quadrinhos. Uma conversa bem-humorada e afiada sobre as HQs publicadas em jornais.

 

Charge A Hora, 1957

 

Um dos trunfos do CineSesc, eleito diversas vezes como melhor sala especial de cinema pelo Guia, é sua programação, que conta com mostras sobre os mais diversos temas. GUIA DA FOLHA do jornal Folha de S.Paulo, sobre o CineSesc, em edição do dia 6 de fevereiro de 2020.

 

TRANSBORDAR + TRANSGREDIR

Na sétima edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp), o Sesc São Paulo recebe produções internacionais em três unidades. Nos dias 6, 7 e 8/3, Contos Imorais – Parte 1: Casa Mãe (França) é encenada no Sesc Pinheiros, enquanto Sábado Descontraído (Ruanda/França) é apresentada na Avenida Paulista. Já nos dias 12, 13 e 14/3, Farm Fatale (Alemanha/França) sobe ao palco na unidade Vila Mariana. Neste ano, a MITsp fez um recorte da cena teatral contemporânea mundial com espetáculos permeados pela experimentação de linguagens e críticas ao tempo atual. Para isso, a mostra se apoia nos eixos: transbordar e transgredir. Além das apresentações, a programação abrange conversas, residências, oficinas e outras atividades.

 

Martin Argyroglo

 

Guilherme Luiz de Carvalho

 

A segunda edição do projeto Cenas Centrífugas no Sesc Santo André reúne a Cia. do Tijolo, o Coletivo Menelão e a Cia. das Flores para um processo de troca entre grupos do ABC e da cidade de São Paulo, de 21/3 a 2/5. A partir do dia 21/3, o público ainda é convidado a transitar pelas estruturas cênicas, numa espécie de instalação-residência.

 

ARQUITETURA PREMIADA

O projeto da unidade Sesc Guarulhos, realizado pela Dal Pian Arquitetos Associados, foi indicado pelo ArchDaily – um dos portais de arquitetura mais visitados do mundo –  ao Prêmio de Melhor Edifício do Ano nas categorias: Public Architecture e Best Applied Products. Entre os concorrentes estão projetos como a Ponte Peatonal sobre a estação de trem Shanghai Taitong (China) e The Royal Danish Opera (Dinamarca). A escolha dos premiados é feita por voto popular pelo portal: https://boty.archdaily.com.

 

NENHUMA A MENOS

Em cartaz no Sesc Ipiranga até dia 22/3, Uma Lei Chamada Mulher leva ao palco um dos últimos textos da dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016). Sob direção de Lenise Pinheiro, a montagem tem como base o livro Sobrevivi, Posso Contar (Armazém da Cultura, 2010), de Maria da Penha, mulher que virou símbolo da luta contra a violência doméstica. Em cena, o elenco formado por Isabella Lemos, Iuri Saraiva, Natália Moço e Lucia Bronstein interpretam protagonistas em vivências que vão da sedução até a agressão psicológica, verbal e física. O espaço privado do lar, cenário onde a violência e a opressão se impõem, é recriado pela direção de arte de Simone Mina.

 

Luisa Bonin

 

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