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Toda abelha pica? Conheça um pouco sobre as abelhas sem ferrão

Abelha encontrada no Sesc Itaquera (Foto: Thaís Fero)
Abelha encontrada no Sesc Itaquera (Foto: Thaís Fero)

Nas cenas dos filmes e desenhos, as abelhas são constantemente representadas da mesma forma: listras amarelas e pretas, pequenas asas e um grande ferrão. A aparência é das abelhas africanizadas, mas existem mais de 20 mil espécies de abelhas, com diferentes cores, tamanhos e diversas sem ferrão. 

Nesta entrevista, Jack Magalhães, agente de educação ambiental, conversou com Fabiana Curtopassi, bióloga, mestre em zoologia e doutora em ecologia pela USP, professora do programa de pós-graduação em Ensino e História das Ciências da Terra da Unicamp e atua junto ao Espaço Ciência, Cultura e Educação da EACH USP. No bate-papo, eles falam sobre as abelhas nativas, a importância delas na polinização e a criação doméstica. 

Aperte o play para escutar ou leia a entrevista na íntegra: 

 

 

 

Jack: A gente cresceu ouvindo que as abelhas picam, que elas são nocivas e que devíamos deve ficar longe delas. Toda abelha pica?  

Fabiana: Como todos os insetos, as abelhas produzem ovos. As fêmeas têm um aparelho para depositar esses ovos que é chamado de ovipositor. Esse ovipositor é transformado em ferrão. Cerca de 85% das espécies são abelhas solitárias, e todas as solitárias possuem esse ferrão, o que não significa que elas piquem. A maioria só pica se ela for pressionada, se ela for incomodada, se você cutucar. Se ela só estiver visitando uma flor e você deixar ela quietinha, não vai acontecer nenhum  acidente. Há vários graus de sociabilidade nessas abelhas. As abelhas que a maioria das pessoas conhece são altamente sociais. São as abelhas europeias, as africanizadas, aquelas abelhas que fazem o mel que a gente compra no supermercado. Nessas abelhas altamente sociais, o ferrão, no caso da Apis, foi modificado nas operárias. Ele não funciona pra colocar ovos, uma vez que só a rainha produz os ovos. Então, as operárias apresentam um ferrão no lugar desse ovipositor, que é serrilhado. Quando essa abelha africanizada, Apis mellifera, pica, é para a defesa do ninho, basicamente. Como ele é serrilhado, o ferrão fica preso na pele juntamente com uma bolsinha de veneno, que tem feromônios e um pedaço do intestino. Quando a abelha pica, ela vai morrer, porque um pedaço do intestino dela ficou lá. Ao tentar tirar o ferrão, essa bolsinha estoura e solta um sinal de alerta para que as outras operárias do ninho venham socorrer também, para proteger o ninho daquele invasor.  

Jack: Qual é o significado do termo meliponíneos? 

Fabiana: As abelhas nativas sem ferrão são os meliponíneos. Elas naturalmente não têm ferrão: o aparelho ovipositor não é modificado.  Então, elas têm outras estratégias de defesa. Por exemplo, podem se enroscar no cabelo, podem dar pequenas mordiscadas, mas não são abelhas que em geral vão chegar a fazer algum ferimento mesmo. As abelhas Apis mellifera vieram para o Brasil primeiro através dos jesuítas, que trouxeram essas abelhas para criação, principalmente para extração de cera. Depois, na década de 1950, pesquisadores trouxeram as abelhas africanas para fazer um cruzamento, na tentativa de uma melhoria das abelhas que eram criadas comercialmente. A abelha europeia produz pouco mel e é pouco agressiva. A africana produz muito mel, só que também é muito agressiva. A proposta era fazer um cruzamento dessas abelhas; a ideia era fazer então uma abelha que produzisse mais mel do que a europeia e que fossem menos agressivas do que a africana.  

As coisas deram um pouco errado no caminho; não se sabe bem o que aconteceu, mas escaparam algumas rainhas; e essas abelhas enxameiam muito rapidamente. Em cerca de 20 anos, elas saíram do estado de São Paulo e atingiram o sul dos Estados Unidos. Na década de 1960, 1970, tivemos todos aqueles casos de abelhas assassinas, que aconteceram por causa das abelhas africanas que escaparam e foram se reproduzindo e se hibridando junto com as abelhas europeias. Por isso, dizemos que hoje a gente não tem mais uma abelha europeia pura, e nem uma abelha africana pura. Temos uma abelha africanizada. As nossas abelhas, as nativas sem ferrão, são cerca de 300 espécies diferentes aqui no Brasil. Elas têm diferenças também em relação às abelhas africanizadas, não só em relação ao ferrão, mas em relação à ecologia e à biologia. Por exemplo, o ninho das abelhas africanizadas é composto por favos verticais, e nesses favos verticais, os favos do meio são destinados geralmente às crias, e os mais da periferia do ninho são destinados à produção do mel e ao armazenamento de pólen. As larvas são alimentadas quando elas nascem. No caso dos nossos meliponíneos, os favos geralmente são horizontais ou em forma de cachos. As operárias constroem cada uma das células de cria e colocam ali uma mistura de mel e pólen dentro. A rainha coloca o ovo e elas fecham essas células. Elas constroem célula por célula, e a larva, quando nasce do ovo, já vai se alimentando daquele alimento.  Ela já emerge da célula de cria como uma abelha adulta. Esse fator faz com que a reprodução delas também seja mais lenta, é um trabalho muito mais demorado porque elas fazem célula a célula. 

Jack: Sim. 

Fabiana: Outra diferença é que, por exemplo, se a gente pega um local que tem um ninho de abelha africanizada e derruba esse local, a abelha rainha da abelha africanizada mantém as asas ativas, ela consegue voar. Ela sai com o grupo de operárias e vai procurar um novo local. Mesmo quando ela quer multiplicar o ninho; a rainha velha sai com um grupo de operárias e a rainha nova fica no ninho antigo. No caso das abelhas nativas sem ferrão, a rainha fica fisogástrica, ou seja, fica com o abdômen muito grande e aí perde a função de voo. Uma vez que ela é fecundada e entra num novo ninho, ela vai ficar naquele ninho o resto da vida dela.  

Jack: E se alguém derrubar, se alguém destruir o ninho, elas refazem novamente? 

Fabiana: Depende. Se o estrago for muito grande; por exemplo, a ação de meleiros, que vão e derrubam a árvore; o ninho fica muito exposto, então elas não conseguem migrar para outro local e não conseguem refazer o ninho. Então, aquele ninho está condenado. A multiplicação delas é muito mais demorada, porque, diferente das africanizadas, elas não conseguem pegar o enxame e ir para outro local. Quando elas vão fazer um novo ninho, primeiro as operárias encontram uma cavidade, elas preparam com um pote de alimento, com cera e vão construindo o ninho. Do ninho antigo, sai uma princesa ou uma rainha virgem, ela é fecundada por um macho e vai com o grupo de operárias para o ninho novo. Durante seis meses, as operárias do ninho-mãe cuidam do ninho-filho. Então, elas têm uma dependência em relação a distância. Enquanto a africanizada pode ir a quilômetros do ninho original, as abelhas sem ferrão só conseguem ir dentro de um limite de ação de voo das operárias. Elas vão fazendo as colônias próximas, a expansão delas é muito mais restrita do que a expansão das europeias e das africanizadas. 

Jack: Entendi. Então, a gente sabe que sobre as abelhas africanizadas há um vasto conhecimento, uma vasta discussão sobre o potencial dessas abelhas e sobre produtos. Sei que o conhecimento sobre as abelhas sem ferrão é bem antigo; entretanto, a gente percebe que por muito tempo essa temática não foi tão abordada, e esse é um fator que gera um certo desconhecimento, além da falta de destaque para a importância do serviço que essas abelhas prestam. Trago um dado aqui que diz que se a gente for considerar os serviços prestados pelos polinizadores, não só as abelhas, mas outros insetos, alguns pequenos mamíferos; se esses serviços fossem custeados, eles possuiriam um valor econômico de 43 milhões de reais. Esses dados são de 2018 e foram fornecidos pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. As abelhas nativas com certeza estão incluídas na prestação desses serviços, e eu gostaria que você comentasse, Fabiana, um pouco desse histórico da meliponicultura no Brasil e sobre o quanto temos avançado nessa temática ao longo dos anos. 

Fabiana: Certo. Antes da chegada dos europeus no Brasil, os índios já conheciam essas abelhas, eles tinham criações.   Os nomes populares que essas abelhas recebem são todos derivados da língua indígena, do tupi e do guarani, principalmente. Temos nomes como jataí, iraí, arapuá, mandaçaia; todas são palavras indígenas para esses nomes populares. Depois da chegada dos jesuítas, da introdução das abelhas com ferrão e com o genocídio da população indígena, esse conhecimento foi deixado um pouco de lado. Ele se manteve ainda em comunidades tradicionais, como alguns quilombos, algumas tribos indígenas, mas muitas tribos chegaram até mesmo a perder esse conhecimento. Nos últimos anos, que a meliponicultora tem ganhado um espaço maior aqui no Brasil. Embora aqui, na América do Sul, desde os maias elas já fossem conhecidas, foi na década de 1950, 1960 que elas começaram a ser criadas novamente, a serem mais... Esse conhecimento começou a ser mais divulgado, principalmente por conta dos grupos de pesquisa que se formaram ao redor delas, que começaram a conversar também com os meliponicultores. Há um destaque importante para o professor Paulo Nogueira Neto. Mas tem também crescido, principalmente aqui no estado de São Paulo, a criação por lazer, são pessoas entusiastas que criam poucas colônias, mas que se interessam por cuidar desses animais. 

Jack: Muito legal. Dá para criar abelhas nativas em casa, em apartamentos? O que você acha disso? 

Fabiana:  Dá sim. Elas não só oferecem um serviço de polinização, como precisam desse recurso floral. É possível criar em apartamentos? Sim, é possível, temos grupos de pessoas que criam abelhas até no 15° andar em apartamento. Elas são abelhas mansas, o manejo delas é relativamente fácil, algumas espécies um pouco mais delicadas, algumas mais rústicas. Mas, em geral, elas se dão bem, são espécies que são comuns em cidades. Mas é preciso que quem crie esteja muito atento à disponibilidade do que a gente chama de pasto apícola, ou pasto meliponícola, ou seja, a quantidade de flores que existe na região disponível para essas abelhas visitarem. Caso contrário, o manejo acaba sendo mais complicado. Você tira as abelhas da sua condição natural e é obrigado a ficar fornecendo ativamente alimento pra essas abelhas.  

Jack: Legal. É importante estar atento a essas questões mesmo. E para quem pretende criar abelhas, tem algum aspecto legislativo a que as pessoas devem se atentar, que devem seguir? 

Fabiana: Essa parte da criação, da legislação das abelhas sem ferrão, ainda é muito confusa. Tem alguns estados em que essa legislação já está mais adiantada. O estado da Bahia está bastante adiantado, mas o estado de São Paulo ainda está engatinhando nisso. Até pouco tempo atrás, todo mundo que queria criar abelha com ferrão, mesmo se fosse apenas uma caixa, era obrigado a fazer um cadastro técnico federal. Recentemente, saiu uma portaria de que nesse cadastro só é necessário acima de cinquenta colônias. Mas tem algumas regras que são gerais para o Brasil que precisam ser observadas. Por exemplo, quem transporta essas abelhas sem ferrão, é necessário ter um documento chamado de GTA, que é o documento de autorização, a Guia de Transporte Animal. Um meliponicultor que comercializa teria que, teoricamente, ser regularizado. A procedência da colônia é importante. Algumas pessoas que capturam colônias, colocam uma isca nas suas propriedades, ela não terá necessidade nenhuma de guia. Mas essa parte é bastante ainda nebulosa. Por isso, a criação comercial desses animais ainda é muito insipiente no Brasil. Faltam mecanismos; como elas são consideradas animais silvestres, a legislação ainda esbarra bastante nessa questão. Dificulta para quem quer fazer uma produção mais comercial e conseguir regularização. Para quem apenas quer um hobbie, acaba sendo mais fácil, porque ele precisa basicamente de ter ciência de quem ele está comprando. Não comprar de qualquer pessoa, que pode ser um meleiro ou alguém mal-intencionado, ou mesmo prestar atenção nessa questão se ele for transportar as abelhas. 

Jack: Daí a importância de ampliação desses estudos, dos grupos de pesquisa e dos estudos sobre abelhas sem ferrão para que a gente possa avançar nesses aspectos inclusive legislativos. No Sesc Itaquera, recentemente, fizemos - junto ao Gustavo Feliciano, ao Guilherme Lopes e à nossa equipe de educação ambiental - um levantamento de abelhas nativas presentes na unidade. Lembrando que o SESC Itaquera está incluído na, APA do Carmo. Lá nós encontramos cerca de cinco espécies de abelhas sem ferrão na unidade, e essas colônias de abelhas foram encontradas em locais variados: em paredes, árvores, em algumas placas de aviso, escadas... Quero que você me fale um pouco sobre esses hábitos delas e também sobre quais são as espécies mais comuns, principalmente aqui no município de São Paulo. 

Fabiana: As abelhas sem ferrão utilizam cavidades para a construção de seus ninhos, à exceção de algumas espécies que não dependem de cavidades, como a arapuá, que constrói todo o seu ninho apoiado numa forquilha de uma árvore, ou mesmo em cima de um poste, que fazem um ninho totalmente externo. A grande maioria precisa de uma cavidade. Na natureza, essa cavidade é basicamente buracos de árvore ou mesmo paneleiros vazios de saúva ou cupinzeiros abandonados, locais que forneçam abrigo e cavidade pra essas abelhas. Algumas espécies se adaptaram muito bem ao ambiente urbano. Elas utilizam das mais variadas cavidades; como em muros, às vezes mourões de cerca, ou mesmo buracos de poste, paredes, buracos de tijolos. Elas são abelhas que conseguiram se dar muito bem na cidade ocupando essas cavidades artificiais; na falta das naturais. Temos espécies que são bastante comuns na cidade, como a jataí, a iraí, a própria arapuá, várias espécies de mirins; mirim-preguiça, mirim-droryana. Já algumas espécies são mais dependentes não só das cavidades oferecidas por florestas, mas de todo o microclima que a floresta oferece também. Então, é muito difícil você encontrar naturalmente em cidades abelhas do grupo das meliponas mesmo. As mandaçaias, uruçu, essas abelhas são mais difíceis. Você encontra pessoas que criam, mas encontrá-las naturalmente na cidade já é bem mais difícil. 

Jack: E quais são para você os principais desafios para a criação das abelhas no Brasil hoje? 

Fabiana: O maior desafio de todos é a falta de conhecimento que a população tem sobre essas abelhas. Elas não têm às vezes ideia da própria fauna nativa, do próprio país. Essa é uma dificuldade bastante grande, e por isso é tão importante o trabalho de educação ambiental. Outro desafio bastante importante é a parte da legislação, porque como é tudo muito confuso, a pessoa nunca sabe se ela está fazendo as coisas dentro da lei ou se ela está irregular. Os próprios produtos que, têm um potencial muito grande, tanto para uso medicinal como para uso na alta gastronomia, a regularização ainda é muito complicada. O mel, por exemplo, esbarra na mesma legislação do mel das abelhas africanizadas. Só que as características do mel das abelhas sem ferrão são muito diferentes. Elas são muito mais dependentes da florada, então a cada florada o mel vai ter um gosto diferente, não tem uma padronização. Cada espécie de abelha sem ferrão vai ter um mel diferente em relação ao sabor, ao aroma e à cor. Você encontra méis de cores diferentes dentro de potes diferentes de uma mesma colônia. A legislação para esses produtos das abelhas sem ferrão ainda é o maior desafio. 

Jack: É um desafio enorme e chega até a ser paradoxal, porque é um conhecimento tradicional, um conhecimento antigo; as populações originárias criavam essas abelhas. Você já citou que há um resgate da criação dessas abelhas entre os indígenas aqui em São Paulo e em outros estados também. A gente espera que esses conhecimentos avancem, que os povos indígenas continuem resgatando esse conhecimentos. Caminhando para o final da nossa entrevista queria te perguntar se você tem algum recado específico para o pessoal que está nos ouvindo, para o pessoal que tem interesse em criar abelhas e até sobre o conhecimento e a necessidade de preservação dessas abelhas. 

Fabiana: Acho que tudo que a gente puder fazer em prol da preservação dos ecossistemas naturais é fundamental para a preservação das abelhas sem ferrão. A meliponicultora tem um papel muito importante na conservação de várias espécies, até mesmo das que estão ameaçadas de extinção, mas só a criação não basta. Precisamos que os ecossistemas naturais ofereçam suporte para existência das populações naturais das abelhas sem ferrão. Tudo que for possível para impedir a degradação dos ecossistemas naturais, que tem se acelerado infelizmente muito rápido nos últimos dois anos. Outra coisa importante é que, aqueles que têm interesse de criar em casa, principalmente em ambiente urbano, devem se atentar à disponibilidade de flores que existem no local. O criador de abelhas sem ferrão tem que ser também um plantador de árvores, de flores, principalmente nativas, e procurar saber se as espécies que estão sendo plantadas não são tóxicas. Por exemplo, uma planta que é muito utilizada em paisagismo urbano é a espatódea, que é tóxica para as abelhas sem ferrão. As abelhas vão buscar o pólen, o néctar e acabam morrendo dentro da flor.  

Jack: Até porque tem flores que são polinizadas por um tipo específico de abelha também, né.  

Fabiana: Sim, temos flores que são polinizadas por tipos específicos. Por exemplo, o maracujá é basicamente polinizado por abelhas que são capazes de fazer o que a gente chama de buzz polination, que é uma vibração. Não são as abelhas sem ferrão especificamente que polinizam o maracujá, mas são aquelas abelhas grandonas, solitárias, mamangava, mamangava-de-toco. A maioria das espécies de abelhas sem ferrão são generalistas nos recursos florais que elas visitam, o que significa que elas têm potencial de polinização de uma ampla gama de plantas. Elas são muito importantes também para a manutenção dos ecossistemas; a polinização depende muito das abelhas sem ferrão.  

Jack: Você tem algum material para indicar para o pessoal que está querendo começar os estudos sobre as abelhas sem ferrão? 

Fabiana: Para quem gosta da internet, tem o site da ONG SOS Abelhas sem Ferrão, que tem informações muito boas, bastante confiáveis. Contribuem pesquisadores e criadores bastante experientes de abelhas sem ferrão. Para quem quiser conhecer sobre as abelhas em geral, não só sobre as abelhas sem ferrão, mas também sobre as solitárias, tem o livro que é Abelhas Brasileiras: Sistemática e Identificação, que é de Almeida, Silveira e Melo. É um livro muito bom para a identificação das abelhas. Para quem quiser conhecer especificamente as abelhas sem ferrão, tem o livro Abelhas sem Ferrão do Brasil, de Cortopassi-Laurino e Paulo Nogueira Neto. E para quem quer começar a criação, tem o clássico, o livro Vida e Criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão, de Paulo Nogueira Neto.  A gente encontra esse livro disponível gratuitamente na internet também, e é um material bastante didático e bem legal.