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Passeios virtuais reavivam a memória das cidades e despertam reflexões sobre culturas e tradições
Memórias que permanecem vivas, culturas e tradições que resistem ao tempo e atravessam gerações. São muitas as camadas que formam uma cidade e o seu povo. E, apesar de a pandemia de Covid-19 ter inviabilizado os passeios presenciais, é possível se conectar com lugares que fazem parte da construção da nossa identidade sem sair de casa.
Histórias invisibilizadas ou até mesmo forjadas ao longo do tempo ganham diferentes perspectivas em séries produzidas pelas unidades do Sesc São Paulo, como parte da programação da Semana Internacional de Turismo para Todos, Solidário e Sustentável. Convidamos você a experimentar, em ambiente digital, as sensações de percorrer novos caminhos e explorar a riqueza e a diversidade cultural que nos cercam.
Começamos nossa viagem pelos bairros de Sorocaba na companhia de João de Camargo, ícone da religiosidade sorocabana. Suas lembranças guiam nossos passos por territórios negros como o Clube 28 de Setembro, que foi e é palco importante de agremiação e luta da população da cidade, e o Quilombo Cafundó, referência icônica da comunidade negra da região e que resiste com agricultura e artesanato.
João de Camargo e os territórios negros:
No caminho, nos deparamos com a trajetória de mulheres que ajudaram a construir, reconstruir e seguem sendo parte fundamental na história do Vale do Café, numa websérie em três episódios. Localizado no Vale do Paraíba Sul Fluminense, o Vale é uma região que abriga 15 municípios, entre eles a cidade de Vassouras, a princesinha do café, de onde vem a maioria das personagens.
No primeiro episódio, recordamos a herança daquelas que lutaram pela liberdade, como Mariana Crioula, negra escravizada que liderou a maior rebelião de escravizados da região. E de Eufrásia Teixeira Leite, sinhá nascida em uma família poderosa, cujo pai era comissário de café. Desafiando seu tempo e os entraves da época, tornou-se a primeira mulher brasileira investidora.
Mulheres do Vale:
Nossa próxima parada é na estação ferroviária de Araraquara. A forte presença da linha férrea, que passa no meio da cidade e cujos sons podem ser ouvidos em diversos bairros, é destaque na série "Expressões da Cidade - Nos Trilhos da História".
Partimos agora para a riqueza de estímulos olfativos e gustativos encontrada nos mercadões municipais, mais precisamente do Mercadão Central de Ribeirão Preto. Histórias e curiosidades não faltam neste ponto turístico tão adorado pelos ribeirãopretanos e que há mais de um século faz parte do cotidiano dos moradores do município - um público diverso que o frequenta diariamente para comprar, conversar e fazer suas refeições.
Mercadão Central de Ribeirão Preto: Memória e Identidade:
Ainda inebriados por cores, aromas e sabores, chegamos a outro mercado municipal, o Mercadão de São Paulo, famoso pelo pastel de bacalhau, o sanduíche de mortadela e uma variedade de frutas, especiarias e outras comidas. Nesta série de vídeos, relembramos os costumes e as transformações ao longo do tempo na região central da cidade, que nos ajudam a entender histórias de grupos étnicos e sociais que, mesmo disputando aqueles lugares, foram apagadas. As animações nos levam ao passado de locais como a Rua 25 de março, a Rua do Carmo e a Avenida Liberdade. E revelam ainda camadas apagadas da Rua do Glicério e Rua da Glória (disponível a partir de 26/6).
Camadas da Cidade:
Antes da nossa viagem chegar ao fim, deixamos mais uma sugestão de mergulho nas narrativas e memórias presentes na história da cidade de São Paulo: o Guia lugares e camadas históricas de São Paulo. Ele aborda a cidade a partir das perspectivas indígena, colonial, das fábricas, das vilas operárias e das ferrovias, dos migrantes e imigrantes, da diversidade sexual e da diversidade religiosa.
Acesse o Guia lugares e camadas históricas de São Paulo
Gostou do nosso passeio? A aventura continua em mais atrações. Acompanhe a Semana Internacional de Turismo para Todos, Solidário e Sustentável.