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Diversidade de Corpos no Envelhecer é tema da segunda edição do projeto Corpos, Sujeitos e Resistências

A partir do dia 29 de julho o Sesc Ipiranga promove a segunda edição do projeto Corpos, Sujeitos e Resistências, que discute a cultura corporal do movimento e suas diferentes manifestações.  

 A ação objetiva criar espaços de diálogo e reflexão sobre as construções sociais que impactam a percepção e aceitação dos diferentes corpos, bem como as relações dos sujeitos com as práticas corporais e esportivas e sua influência na formação da sociedade. 

 Em sua segunda edição, o projeto aborda a diversidade de corpos no envelhecer, refletindo sobre envelhecimento e percepção do corpo, entendido, muitas vezes como frágeis e limitados.  

 A programação, disponibilizada semanalmente, às quintas-feiras, no canal youtube.com.br/sescipirangasp, busca dar continuidade ao diálogo iniciado na primeira edição do projeto, sobre a visibilidade estigmatizada. Novos interlocutores confrontam, com suas práticas corporais, os modelos estabelecidos por padrões normativos que reforçam as estruturas dominantes de poder na sociedade. 


Programação 

A abertura acontece no dia 29/07, com o podcast do qual participam: Mona Rikumbi (Filha do Sol), que é ativista das questões raciais e de gênero e artistas com deficiências, poeta, performer, modelo e primeira mulher negra e cadeirante a atuar no Teatro Municipal de São Paulo; e Gustav Courbet, multiartista, educadora, preparadora corporal e ativista das causas de gênero, cor e diversidade de corpos. A apresentação e medição é Vagner Martins, técnico de programação do Sesc Ipiranga.  


No dia 05/08 Mona Rikumbi, atriz, dançarina apresenta em seu vídeo, por meio da prática da dança como expressão de sua cultura corporal, possibilidades de reflexão sobre o movimento e a corporeidade.   

No vídeo que será publicado em 12/08, conheceremos Ariovaldo Santos, ex-atleta de futebol de amputados e ex-aluno do programa de ginástica multifuncional do Sesc. Ele apresentará um pouco da sua rotina de atividades físicas regulares: a prática do surfe, ciclismo, caiaque e futevôlei.  

Já no dia 19/08, Jerice PataxóJussimaria Pataxó apresentam a Patxumiukai, uma luta corporal em forma de dança e resistência do povo Pataxó, trazendo para reflexão a importância da presença dos corpos femininos em manifestações corporais dentro de sua cultura.  

Para encerrar essa edição, no dia 27/8, acontece o lançamento do último podcast com Érika Mourão e Kaka Werá. 


Retrospectiva 

Em sua primeira edição, Corpos, Sujeitos e Resistências, trouxe três vídeos com pessoas convidadas que debateram a presença de corpos sociais em movimento, abordando também atravessamentos como negritudes, gênero, sexualidade e corporeidade. A ação promoveu um debate importante sobre a cultura corporal e suas manifestações na sociedade contemporânea. Através das discussões, buscou entender de que maneira as narrativas construídas, a partir de modelos estabelecidos, influenciam a formação dos sujeitos sociais. 

Os convidados também participaram de uma transmissão ao vivo no programa Sesc Ipiranga na Comunidade, que vai ao ar pela Rádio Heliópolis. (Uma parceria entre a emissora e o Sesc).

O primeiro vídeo, com Gustav Coubert, levantou questões como: "quais são os corpos da dança? Quais são os corpos da arte? Por que o corpo gordo é visto como um corpo doente e sedentário?". Com uma mescla de vertentes da dança de rua (Popping, Locking, freestyle), dança contemporânea e dança afro (samba angolano), o trabalho mostrou a agilidade e versatilidade de um corpo gordo, que também é um corpo trans, preto e de origem periférica. 


Luiza Junqueira, segunda convidada da edição, debateu o corpo em movimento além das telas e espelhos. Revisitando sua busca pela conformidade, Luiza mostrou a importância de trazer a discussão sobre a diferença de corpos para o campo digital, rememorando o trabalho com a tag "#tourpelomeucorpo". 


Encerrando o primeiro ciclo do trabalho, Dante Preto discutiu em sua performance sobre os atravessamentos culturais e recortes sociais que suas práticas corporais proporcionam, como um espaço para seu corpo transmasculino e periférico. 
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