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Hortas urbanas

Crédito: Pixabay
Crédito: Pixabay

Lá se foi o tempo em que cultivar hortaliças, temperos e outros alimentos era uma prática restrita à zona rural. A concentração e o crescimento da população em áreas urbanas vêm apontando não só para a necessidade como também para o desejo de semear e colher pelo menos parte do que se come. Além disso, colocar as mãos na terra, cultivar uma horta e acompanhar todo o processo de desenvolvimento de uma planta traz benefícios à saúde física e mental de adultos, jovens e crianças. Para quem ainda acha que essa prática é bastante complicada, diversas iniciativas em redes sociais e plataformas digitais provam que basta ter curiosidade e vontade para ter uma horta para chamar de sua.

 

Ilustração: Fábio Frenci
 

PRIMEIRA VEZ

Quando aprendemos na infância a magia que existe em plantar uma semente, vê-la crescer e brotar, nossa relação com a natureza também começa a germinar. Foi assim para o peruano Joaquín Léguia, que poliniza essa experiência pelo mundo com a iniciativa TiNi. “Iniciei um movimento para garantir que as crianças possam crescer em contato com a natureza e desenvolver empatia por todas as formas de vida. Foi assim que nasceu a TiNi – Tierra de niñas, niños y jóvenes”, explica no livro digital e gratuito Guia para Pequenos Criadores de TiNis, escrito em parceria com Mônica Passarinho Mesquita. No Brasil, a TiNis (aqui o nome ganhou o plural), uma iniciativa do Instituto Alana, reúne dicas, vídeos e publicações que fomentam essa relação com a natureza. “Bastam três vasos ou meio metro quadrado de canteiro, e lembrar que tudo o que é cultivado deve ser bom para as crianças e adolescentes, suas famílias ou comunidades e para a própria natureza”, descreve o site da iniciativa. Conheça a TiNis e acesse o guia: https://tinis.com.br/#tinis-guia.

 

Educadora ambiental Roberta Mourão | Crédito: Reprodução
 

 

PASSO A PASSO

Aprender a cultivar uma horta em casa por meio de tutoriais na internet é uma ótima oportunidade, principalmente neste momento de pandemia e restrição social. Pensando nisso, a educadora ambiental Roberta Mourão, que realiza cursos e oficinas de hortas em escolas, empresas e moradias no centro urbano de São Paulo pela iniciativa Loa Terra, gravou uma série. Em dez vídeos (cada um com pouco mais de três minutos), ela nos ensina a plantar temperos e alimentos em casa ou no apartamento. Na primeira aula, um recado para os mais apressados: é preciso planejamento. Por isso, antes de sair comprando vasinhos, sementes e outros insumos, a educadora nos aconselha a observar onde entra o sol em casa, a que horas, por quanto tempo, além de dar outras dicas para, enfim, colocarmos as mãos na terra. Clique aqui para aprender: www.instagram.com/loaterra/channel/.

 

Plataforma Sampa + Rural | Crédito: Reprodução
 

 

MAPEAMENTO DIGITAL

Você sabia que já foram cadastradas 102 hortas urbanas na cidade de São Paulo? E a maior parte delas está aberta ao público, busca voluntários ou realiza mutirão para cultivo, cuidados e colheita. Para conhecê-las, basta acessar a plataforma digital Sampa + Rural, desenvolvida pelo Projeto Ligue os Pontos, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. A plataforma faz de maneira colaborativa um mapeamento de iniciativas de agricultura, turismo e alimentação saudável na capital paulista. Entre os espaços já cadastrados estão a Horta Comunitária do Belém, na Zona Leste, a Horta Ocupação 9 de Julho, no Centro, a Horta da Saúde, na Zona Sul, e a Horta das Corujas, na Praça das Corujas, Zona Oeste da cidade. Descubra: sampamaisrural.prefeitura.sp.gov.br/categoria/iniciativas.

 

Oficina de Hortas Automatizadas | Crédito: Reprodução
 

TECNOLOGIA A FAVOR

Muitas vezes, duas frases são as justificativas para quem acha que cultivar uma horta é difícil: “É que eu não tenho tempo” ou “Sempre me esqueço de regar”. Será que essas desculpas são mesmo obstáculos? Nos dias 11 e 12 de março passado, na programação do FestA! – Festival de Aprender, realizado pelo Sesc São Paulo, o produtor e artista audiovisual Caleb Mascarenhas provou que não, com a Oficina de Hortas Automatizadas. Caleb demonstrou em vídeo algumas técnicas e ferramentas para otimizar e controlar esse processo, usando sensores e as plataformas Arduino e Raspberry Pi. Dá só uma olhada: www.facebook.com/watch/?v=10155103485189583.