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Mosaico
JORGE LEÃO TEIXEIRA
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Selva urbana – A polícia de Nova York lançou uma ofensiva contra os minizoos mantidos em edifícios residenciais. Um deles alojava, havia quatro anos, na quitinete de Orlando Lopes, seis robustos chimpanzés, dois cães de caça e uma aranha tarântula de estimação. Para o conforto da bicharada, Orlando e o amigo com quem dividia o "apezinho" dormiam no banheiro.
Em outro pequeno apartamento, no Harlem, mais uma surpresa aguardava os policiais: o morador tinha no quarto um alentado tigre, que "criara como filho" e com o qual compartilhava a cama de casal.
Infolor – O provedor inglês Telewest Broadband desenvolveu, com a empresa norte-americana Trident, um sistema que permite a emissão de e-mails com aromas variados, ligados ao conteúdo das mensagens. Uma espécie de ventilador, conectado ao PC, pulveriza odores de acordo com o texto das mensagens. Cada cartucho contém 20 perfumes básicos, os quais, combinados, podem produzir 60 tipos de cheiros diferentes. O e-mail transmite sinais eletrônicos que informarão o equipamento se deve acionar perfume de rosas, cheiro de café ou até de maresia, que evoque o prazer de uma praia.
Os fabricantes acreditam que terão em supermercados, agências de viagens e cadeias hoteleiras uma clientela forte para sua coleção de fragrâncias. A Telewest deverá cobrar inicialmente US$ 500 pelo sistema, que só funcionará com conexão de banda larga (consta que a empresa já recebeu consultas sobre a possibilidade de incluir o cheiro de ovos podres no seu catálogo, para uso em e-mails destinados a políticos...).
Está em todas – O cavaleiro Nelson Pessoa Filho venceu o Grande Prêmio da Espanha montando um bucéfalo no qual deposita grandes esperanças para acumular mais títulos importantes no calendário hípico internacional. O cavalo atende pelo significativo nome de Harry Potter.
Show Boat – Fazem sucesso nas águas do rio Araguaia duas boates flutuantes. Uma se chama Iceberg e a outra Titanic.
Tempos novos – O canal SporTV costuma propor perguntas a seus telespectadores, muitas delas relacionadas com as Olimpíadas, aproveitando o embalo dos Jogos de Atenas. Uma das perguntas versava sobre o porquê de os atletas gregos terem passado a correr nus em pêlo. A resposta esclarecia que um certo Oryppus, em 720 a.C, resolveu trocar as incômodas vestes que dificultavam os movimentos pelo nu esportivo, o que lhe valeu a vitória e uma coroa de louros.
O atento filhote de um publicitário paulista indagou imediatamente ao pai: "E os patrocinadores não acharam ruim de perder o seu nome nas roupas?"
Haja paciência – O ministro Sepúlveda Pertence, presidindo o Tribunal Superior Eleitoral, no processo em que um deputado desejava saber se uma vereadora que namora o prefeito poderia candidatar-se a sua sucessão, explicou que a lei só veda candidaturas de parente até o terceiro grau. Coloriu sua sentença com um toque romântico: "O amor não gera inelegibilidade". Conhecido por sua eficiência, Pertence despachou no Supremo Tribunal Federal, ano passado, a média de 50 processos por dia. E não se conforma com os absurdos que aparecem, como a causa em que se discutia o pagamento de R$ 0,009.
Sete erros – Uma tela falsa de Di Cavalcanti, oferecida a uma galeria paulistana – Mulato com Chapéu, da década de 40 –, foi encaminhada às autoridades policiais. A falsificação era tão primária que mais parecia um jogo de sete erros, tais as diferenças em relação ao quadro original, a começar pelo próprio chapéu do retratado.
O dono da tela verdadeira, colecionador carioca, suspirou aliviado, achando que se livrara do risco de futuramente ser acusado de receptador ou de otário.
Pena romântica – Um chileno processado por atos de violência contra sua esposa foi punido pela juíza Carolina Araya com uma sentença insólita: após pedir desculpas publicamente à mulher, terá de convidá-la para um jantar romântico, com pratos requintados, regado a vinhos de boa cepa, dos quais não poderá provar um só gole. Um policial deverá estar presente no jantar, a fim de fiscalizar a execução da sentença, vigiando as boas maneiras do réu e a qualidade dos comes e bebes servidos.
Hacker de Exu – Uma comunicação urgente com o além deixou os computadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fora de combate durante dois dias. A causa foi um "despacho" colocado no Núcleo de Computação Eletrônica. As chamas das velas esquentaram os cabos de fibra ótica, tirando a rede do ar (segundo as más-línguas da UFRJ, o responsável pelo atentado caprichou na oferenda, cujo carro-chefe era uma pinga envelhecida e charutos de qualidade).
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