Sesc SP

Matérias da edição

Postado em

Entrevista


O historiador aborda o governo de dom Pedro II e os conflitos do Segundo Império

Divulgação / Companhia das Letras
 

 


Atualmente professor no Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), Francisco Doratioto, especialista no estudo das relações internacionais entre o Brasil e o Paraguai, foi atraído pelo assunto antes mesmo da graduação em história na Universidade de São Paulo (USP). Isso graças a uma viagem para a fronteira entre os dois países, na década de 1970, durante a qual se deparou com a realidade dos nossos “vizinhos”. Em 1986, mudou-se para a capital brasileira e concluiu mestrado e doutorado em relações internacionais, na UnB. Desde então, a Guerra do Paraguai (1865-1870), suas causas e consequências passaram a ser o seu objeto de análise. Na entrevista que deu à Revista E,?por e-mail, o professor falou sobre o conflito – um dos maiores da América Latina –, ?esclareceu fatos históricos e afirmou que, apesar de “estudarmos pouco os nossos personagens históricos nos ensinos fundamental e médio, o brasileiro sabe apontar suas figuras importantes”. “Tiradentes, Oswaldo Cruz, Santos Dumont, Carlos Chagas (...). Heróis não nos faltam.” A seguir trechos:

A Guerra do Paraguai, ocorrida de 1865 a 1870, é um dos grandes fatos históricos brasileiros. No entanto, seus detalhes são pouco conhecidos pelos brasileiros, enquanto fatos semelhantes são largamente divulgados em outros países. Por que isso?

Creio haver dois motivos. Um deles é que, no período dos governos militares, o mundo acadêmico pouco pôde se dedicar a temas militares, quer pela falta de liberdade intelectual, quer pela dificuldade em acessar os arquivos. O outro motivo decorre da simplificação com que o revisionismo histórico dos anos de 1970 e 1980 tratou a Guerra do Paraguai, afirmando que sua origem era o imperialismo inglês, do qual a Argentina e o Brasil teriam sido instrumentos. Ademais, esse revisionismo deturpou o que passara em campo de batalha, apresentando uma dicotomia infantil em que brasileiros e argentinos teriam sido “maus” e cruéis com os paraguaios, que seriam os “bons”.

Por que existe no Brasil uma espécie de reprovação à Guerra do Paraguai?

Essa suposta reprovação existe em ambiente bem definido e cada vez menor: o dos autores revisionistas sobre o tema, que se dedicaram ao ensaísmo e não à pesquisa em arquivos. Os historiadores que se dedicam verdadeiramente ao tema Guerra do Paraguai, pesquisando em arquivos e se pautando pelo método historiográfico, não reprovam ou aprovam o conflito, mas, sim, procuram compreendê-lo.

O conflito está ligado ao final da monarquia no Brasil?

Não. O fim da monarquia foi causado pelas contradições internas no país, pela incapacidade do Estado Monárquico em modernizar-se politicamente, incorporando novos setores sociais que não estavam devidamente representados na estrutura de poder, e em pôr fim à escravidão, de forma a atender ao clamor da sociedade. A Guerra do Paraguai serviu, sim, como catalisador dessas contradições. Por exemplo, os enormes gastos com a guerra tornaram deficitárias as finanças do Estado Monárquico, o que o impediu de atender a uma das suas bases de sustentação política, ou seja, os senhores de escravos, que demandavam indenização monetária pela libertação dos escravos.

 

Dom Pedro II não quis atender aos pedidos de modernização das Forças Armadas na época. Mais tarde, em 1889, ocorre a Proclamação da República, feita pelos militares. Há alguma relação entre os fatos?

Dom Pedro II não via com simpatia o que se chamava então de militarismo, e a Guerra do Paraguai aparentemente reforçou essa sua posição. O déficit público, que persistiu durante os anos pós-guerra, até o final do Império, impôs cortes também nos gastos militares e os recursos existentes para tanto foram utilizados, prioritariamente, na Guarda Nacional – milícia controlada pela oligarquia tradicional. Tal contexto certamente contribuiu para a insatisfação dos militares, mas não é o motivo principal que explica o golpe de Estado de 15 de novembro de 1889.

 

 

“O fim da monarquia foi causado pelas contradições internas no país, pela incapacidade do Estado Monárquico em modernizar-se politicamente (...), e em pôr fim à escravidão, de forma a atender ao clamor da sociedade”

Vários gabinetes se sucedem durante a Guerra do Paraguai. Tanto conservadores quanto liberais não tinham um plano para enfrentar a guerra nem para se comunicar com o público interno brasileiro?

Não, não tinham. Não se esperava a guerra, e o Império estava despreparado militarmente. Investia-se pouco na defesa, principalmente no Exército, cujo armamento era obsoleto, contava-se?com poucos e insalubres quartéis, bem como dispunha-se de um efetivo pequeno – uns 16 mil homens, espalhados pelo país. A invasão paraguaia pegou a todos de surpresa, tanto que foi necessário um ano e meio para as tropas aliadas invadirem o território paraguaio e reverterem a guerra, colocando Solano López [militar paraguaio e presidente de seu país de 1862 até a data de sua morte, em 1870] na defensiva. A única comunicação com o público interno brasileiro foi o apelo ao patriotismo, que funcionou no início, mas que depois perdeu a eficiência.

 

Durante o período, a guerra provocava simpatia entre a população?

No primeiro ano, em 1865, houve enorme simpatia e indignação patriótica da população, provocada pelo que se via como uma agressão gratuita ao Império. Nesse ano, apresentaram-se voluntários para ir à guerra em diferentes ?províncias, a ponto de em Salvador o alistamento ser suspenso por falta de local para alojar os que se apresentavam. Contudo, a longa duração do conflito e sua mortandade tornaram-no impopular a partir de 1866, mesmo nos meios políticos do Rio de Janeiro.

 

Afirma-se ainda hoje que as tropas eram formadas por escravos (em troca de libertação posterior) e de outras pessoas também de extrato muito simples. Qual era a composição das nossas tropas na guerra?

O historiador Ricardo Salles, um dos grandes especialistas no assunto, calcula que não ultrapassou 10% do efetivo o número dos escravos libertados para serem enviados à guerra. Não se deve, porém, confundir negro com escravo, pois havia no Brasil negros livres que foram para a guerra, assim como mulatos que muitas vezes acabaram sendo classificados de negros. Na realidade, a participação de negros foi maior do que esses 10%, mas, com certeza, não constituía a maior parte da tropa. Esta era composta majoritariamente de brancos e, talvez, de mulatos, enquanto na oficialidade havia forte presença de membros de estratos sociais superiores. Geograficamente, o maior número de soldados alistados veio do Rio Grande do Sul, da Bahia e da Corte (Rio de Janeiro).
 

Qual o papel da Inglaterra durante a guerra?

A Inglaterra foi neutra, embora seus diplomatas em Montevidéu [capital do Uruguai] e em Buenos Aires [capital da Argentina] – não havia representação diplomática inglesa em Assunção [capital do Paraguai] – fossem críticos de Solano López, por conhecerem as características de sua ditadura. É bom lembrar que, antes da guerra, López contratara uma empresa inglesa, a Blyth & Co., por intermédio da qual o Paraguai passou a comprar armamento na Europa; a enviar jovens paraguaios para nela receberem treinamento; e, ainda, por meio dela recrutou, entre 1850 e 1870, cerca de 250 técnicos europeus, dos quais 200 eram ingleses, para modernizar o país. Destes, William K. Whytehead tornou-?-se engenheiro-chefe do Estado paraguaio. Já no Exército guarani, William Stewart tornou-se cirurgião-chefe e George Thompson, engenheiro-chefe. Compreende-se, portanto, a neutralidade inglesa.

 

Afirma-se ainda que o Paraguai, então uma próspera economia, jamais se reergueu. Isso é verdade? A culpa seria da guerra?

O Paraguai passava por uma modernização unicamente no setor militar: um telégrafo entre a fortaleza de Humaitá e Assunção; uma ferrovia entre o maior acampamento militar paraguaio, em Paraguari, e a capital do país, etc... É mito a imagem de que o país se industrializava e era próspero. O Paraguai era uma economia primária atrasada, onde o camponês cultivava o campo com técnicas medievais. Não existiu uma “idade de ouro” pré-guerra. Contudo, é correto afirmar que a guerra destruiu a limitada infraestrutura pré-existente e causou uma hecatombe demográfica, devido à enorme mortalidade masculina.

 

Dom Pedro II, intelectual e pacifista, não descansou até que Solono López fosse capturado e morto. Isto ocorreu por conta da política interna brasileira?

Em parte, sim. Há outro fator, pouco considerado, que é o fato de o Paraguai ?ter começado a guerra sem tê-la declarado previamente. A apreensão do navio brasileiro Marquês de Olinda, em Assunção, foi feita sem nenhum motivo. Ante ao protesto do representante diplomático imperial no Paraguai, o governo de Solano López enviou uma nota, com data retroativa à apreensão, rompendo relações diplomáticas com o Brasil. Essa apreensão e a invasão de Mato Grosso foram consideradas no Rio de Janeiro como agressões gratuitas, um atentado à honra do Brasil, cujo responsável, Solano López, deveria ser punido com a derrota e perda do poder. É uma questão simbólica, que tem importância nas relações internacionais. Essa “questão de honra” não é, porém, o motivo principal da persistência de Pedro II em travar a guerra até a derrota final de Solano López; há dois outros motivos para esse comportamento. Um deles é que, se o ditador paraguaio permanecesse no poder, haveria sempre a possibilidade de que atacasse o Império, o qual, portanto, teria que manter um exército mobilizado no Mato Grosso. E, na medida em que permanecesse “impune”, também poderia inspirar algum governante de país vizinho a fazer o mesmo; a elite governante imperial tinha essa sensação de cerco e de isolamento na América do Sul, por ser o Brasil uma monarquia e os demais vizinhos serem repúblicas. O outro motivo é, sim, de ordem interna, pois se Pedro II atendesse àqueles que propunham a paz em 1868, após três anos de guerra, enfraqueceria a autoridade monárquica perante a nação, na medida em que travara um longo conflito sem nada conseguir.

 

“Estudamos pouco os nossos personagens históricos nos ensinos fundamental e médio. Nas últimas décadas do século 20, preocupou-se tanto em evitar a personalização da história, em apresentá-la como um processo, que se minimizou o papel do indivíduo”

Por que o político e monarquista General Osorio, mesmo tendo seu nome em tantas praças Brasil afora, é um personagem sobre o qual se sabe tão pouco?

De um lado porque estudamos pouco os nossos personagens históricos nos ensinos fundamental e médio. Nas últimas décadas do século 20, preocupou-se tanto em evitar a personalização da história, em apresentá-la como um processo, que se minimizou o papel do indivíduo. Outro motivo é que, desde a década de 1920, o Exército optou por fortalecer [o Duque de] Caxias como figura paradigmática, por ter sido um centralizador político e disciplinador, o que deixou o federalista Osorio em segundo plano.

 

É impressionante a coragem física de Osorio durante os conflitos militares. Mas ele é coerente quando age como político? Não era muito corporativo?

Ele era coerente em manter-se fiel ao Partido Liberal e ao Poder Monárquico. Contudo, foi ministro da Guerra do Gabinete de Sinimbu, o qual ascendeu ao poder em meio à expectativa e demandas por reformas políticas modernizantes e não as fez. Osorio, no entanto, morreu antes do fim do gabinete e não sabemos se ele manteria ou não o apoio a um Sinimbu, que foi incoerente com o discurso do Partido Liberal quando este era oposição. O termo “corporativo” não se aplica a Osorio, pois, quando foi ministro da Guerra, atendeu à orientação de Sinimbu de cortar gastos para conter o déficit público e reduziu aqueles do Exército.

 

Quem era mais querido, Osorio ou Caxias?

Sem dúvida, Osorio foi mais popular. Caxias era o chefe militar disciplinador, formal, inclusive porque tinha origem na elite militar e política do Império e cursara a Academia Militar. Já Osorio se misturava com a tropa, falava a linguagem do soldado, pois não tinha origem ?aristocrática e, mais, possuía uma personalidade extrovertida, gostava de contar piadas etc. Tornou-se herói nacional a partir de sua brilhante atuação na batalha de Tuiuti, em 1866.

 

Caxias e Osorio se desentenderam e não voltaram mais a se falar. No seu livro General Osorio (Companhia das Letras, 2008), tem-se a impressão de que Caxias deu ordens equivocadas, logo contestadas por Osorio.

Caxias não deu ordens equivocadas, mas, sim, condicionais quando enviou Osorio para fazer o reconhecimento de Humaitá [Fortaleza de Humaitá, que se localizava à margem esquerda do rio Paraguai]. A ordem era para fazer um reconhecimento, mas, se Osorio achasse que havia condições de ocupar a fortaleza inimiga, poderia transformar a ação em um ataque. Se, de um lado, Caxias mostrava flexibilidade e confiança no subordinado, ao mesmo tempo sua ordem dava margem a dois possíveis desdobramentos da ação: atacar, identificar a posição inimiga e recuar ou, então, após a identificação, continuar a avançar. No calor dos combates, ao que tudo indica, houve um erro de comunicação, com Caxias deixando a critério de Osorio prosseguir o ataque e, este, acreditando que a ordem era de não fazê-?-lo. Na retaguarda, por sua vez, houve a crença de que o ataque fora suspenso por parte dos comandantes das tropas que deveriam avançar, caso a opção de Osorio fosse de prosseguir a ação. Essa é a origem do afastamento entre Osorio e Caxias, mas este não teve consciência disso naquele momento. 

Caxias era um bom comandante de guerra?

Caxias foi, sim, um bom comandante na guerra. Afinal, quando ele assumiu o comando, no final de 1866, após a impactante derrota aliada em Curupaiti [Forte de Curupaiti, na margem esquerda do rio Paraguai, a cerca de cinco ?quilômetros ao sul da Fortaleza de Humaitá], encontrou o Exército Imperial desmoralizado e sem recursos materiais para prosseguir a guerra. Caxias conseguiu reconstruir esse exército, incorporando e treinando civis sob o fogo inimigo, e rearmou-o, além de reerguer seu moral. O cerco que impôs a Humaitá obrigou o inimigo a evacuá-?-la, e foi brilhante ao evitar uma nova guerra de posições, como planejara Solano López. Isso foi possível porque o Exército Imperial contornou as novas trincheiras paraguaias, marchando por improvisada estrada construída no terreno pantanoso do Chaco (o que foi uma proeza da engenharia militar brasileira) e surpreendendo Solano López pela retaguarda. Em dezembro de 1868, nos combates de Lomas Valentinas [Fortificações de Lomas Valentinas, na margem direita do arroio Piquissiri, afluente do rio Paraguai, em território paraguaio], Caxias destruiu o exército inimigo e, a partir daí, Solano López somente pôde recuar e fugir pelo interior do Paraguai. Um comandante que destrói o exército inimigo atinge o objetivo militar da guerra.

 

 “Heróis não nos faltam, inclusive vivos, como, por exemplo, os professores que trabalham no interior da Amazônia, em vilas isoladas na floresta, ou aqueles que ensinam em locais sob controle do narcotráfico”

O período do Segundo Império é um tempo de definição e modelo do que viria a ser o Brasil de hoje?

Não. O Brasil de hoje é resultado principalmente das opções feitas pela sociedade brasileira desde Getúlio Vargas e dos condicionantes internacionais a partir da II Guerra Mundial. Há, claro, repercussões de épocas anteriores no presente, mas não a ponto de se poder afirmar que serviram de modelo ao Brasil atual.

 

Dentre os gabinetes de dom Pedro II, quais são os que mais avançaram e modernizaram o Brasil? Rio Branco?

O Gabinete de Rio Branco, apesar de ser do Partido Conservador. Pode-se dizer que foi um conservador modernizante, pois durante o seu governo (1871-1875) ele praticamente “sequestrou” o programa do setor mais progressista do Partido Liberal e o realizou. Durante o Gabinete Rio Branco, houve a ampliação das estradas de ferro; a imigração; inaugurou-se linha telegráfica ligando o Brasil à Europa; implementou-se um novo Código Criminal e foi promulgada a Lei do Ventre Livre. Por certo que a única solução possível para a escravidão era terminar com ela, mas a Lei do Ventre Livre sofreu resistência de setores escravocratas, não podendo ser vista unicamente como uma tentativa de dilatar a duração da infâmia da escravidão. No contexto histórico em que ela foi promulgada, foi um ato de coragem de Rio Branco, embora claramente insuficiente.

 

O Brasil possui poucos heróis. Você acredita que isso mostra uma falta de identificação do brasileiro com sua história e país?

Temos mesmo poucos heróis? Tiradentes, Frei Caneca, Caxias, Osorio, Oswaldo Cruz, Santos Dumont, barão do Rio Branco, Carlos Chagas, Getúlio Vargas, Sargento Wolf (herói da Força Expedicionária Brasileira – FEB), César Lattes [físico brasileiro] etc... Eis alguns nomes, alguns heróis oficiais e, outros, heróis populares ou tidos como tais por seus colegas de profissão. Heróis não nos faltam, inclusive vivos, como, por exemplo, os professores que trabalham no interior da Amazônia, em vilas isoladas na floresta, ou aqueles que ensinam em locais sob controle do narcotráfico. Por motivos acadêmicos e políticos preocupou-se, até pouco tempo atrás, em “desconstruir” heróis idealizados e acabou-se caindo no outro extremo, de não reconhecer que certas pessoas tiveram um valor excepcional para o seu tempo, para a sua gente.

 

Começa a haver hoje um interesse pela história brasileira. Isso se dá por conta de uma nova geração de historiadores que procuram fazer relatos menos oficiais?

Sim, creio que parte da explicação é o surgimento de análises historiográficas utilizando fontes inéditas e respeitando o método historiográfico, além do surgimento de novos temas. Mas parte desse interesse também decorre da decepção com o presente, com boa parte dos nossos homens públicos. São políticos que tinham trajetória de discursos inflamados contra a corrupção e contra políticas ?neoliberais etc., mas que, ao chegarem ao poder, muitos se envolveram em “mensalão”, acomodaram-se em cargos bem remunerados, implementaram práticas contrárias ao que diziam ou, ainda, fizeram alianças com os inimigos de ontem. A desilusão com o presente aumenta o interesse pelo passado, quer como forma de melhor compreender o processo histórico que resultou na nossa realidade, quer por curiosidade, para saber se, afinal, os problemas de hoje são originais. Veja principalmente a retomada do interesse por biografias de personagens históricos, o que parece ser uma busca de figuras paradigmáticas no passado por serem elas raras no presente.    

 

Qual período da história brasileira está bem coberto por nossos historiadores?

O período Vargas, exatamente por ser fundador do Brasil moderno, está bem estudado. Contudo, é limitada a produção historiográfica sobre as relações exteriores do país nessa época e, ainda, a guerra civil de 1932 merece mais pesquisas e, quem sabe, usando eventuais fontes inéditas.




“A desilusão com o presente aumenta o interesse pelo passado, quer como forma de melhor compreender o processo histórico que resultou na nossa realidade, quer por curiosidade, para saber se, afinal, os problemas de hoje são originais”