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Edifício Ouro para o Bem de São Paulo

Concluído em 1939, o edifício em estilo art decô localizado no Largo da Misericórdia, no centro de São Paulo, tem a existência intimamente ligada à história da cidade – mais especificamente à Revolução Constitucionalista de 1932. O levante tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição para o país.

Na época, imbuídos de um espírito de coletividade e identificação que São Paulo poucas vezes veria novamente, os paulistanos criaram uma campanha de arrecadação de recursos à empreitada, chamada Ouro para o Bem de São Paulo. Joias das mais variadas sortes e quilates – incluindo a aliança de casamento de muitas esposas – eram destinadas à venda para que o dinheiro fosse aplicado na causa. Em retorno, os doadores recebiam um certificado onde se lia “Doei ouro para o bem de São Paulo”.

Ao final do movimento – uma derrota e mais de 900 baixas depois –, a causa se viu com um bom saldo positivo proveniente do ouro. Foi quando o comando das forças armadas decidiu doar o excedente à Santa Casa de Misericórdia, que construiu um prédio retratando a bandeira paulista, no coração de São Paulo. O projeto ficou a cargo do Escritório Severo e Villares e a execução foi do Escritório Camargo e Mesquita. Os 13 andares do prédio reproduzem as 13 listras da bandeira do estado, enquanto o mastro, que representa as alianças doadas, foi decorado com um capacete constitucionalista.



VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Biblioteca de São Paulo

Em funcionamento desde 2 de fevereiro de 2010, a Biblioteca de São Paulo aposta num formato diferenciado para atrair leitores. Além de um acervo de 14.885 livros – que vão de clássicos de William Shakespeare até incursões literárias da apresentadora de TV Ana Maria Braga, o local oferece uma coleção de 3.423 DVDs e mais 498 CDs. Como a proposta prioritária é o incentivo à leitura, o acervo não tem nada “antigo”, adianta a diretora Magda Montenegro.

“Ou seja, um livro que possa ser chamado de raro.” O que equivale a dizer que todos os volumes da biblioteca são novos – “algo que agrada muito o público”, garante Magda. A área de 4.257 metros quadrados foi pensada para atrair crianças, jovens, adultos, idosos e está preparada para receber pessoas com deficiência. Todo o andar térreo, por exemplo, está dividido em alas para três faixas etárias: até 3 anos, de 4 a 11 anos e de 12 a 17 anos. Ali, há poltronas coloridas, pufes e estantes baixas, projetadas sob medida, nas quais os livros, discos e filmes ficam misturados e expostos diretamente ao público. O projeto arquitetônico inclui também um café, uma varanda com espaço para shows e saraus e um auditório.

Inspirada na Biblioteca de Santiago, no Chile, o lugar aposta na tecnologia. Além do catálogo digitalizado e dos filmes e CDs, há computadores que podem ser acessados por usuários cadastrados, terminal de autoatendimento e rede wireless (internet sem fio). O local também realiza empréstimos. Basta apresentar RG e comprovante de residência para fazer a carteirinha.

A Biblioteca de São Paulo fica no Parque da Juventude, na avenida Cruzeiro do Sul, 2630, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo. O horário de atendimento é de terça a sexta, das 9h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h. Telefone para informações: 2089-0800. Na internet: www.bibliotecadesaopaulo.org.br.