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Edifício Louveira

O auge da construção de apartamentos para a burguesia do bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo, teve início na década de 1940 e seguiu até os anos de 1950, e um dos pioneiros desse movimento foi o arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas (1915-1985).

No início influenciado pelo norte-americano Frank Lloyd Wright (1867-1959), Artigas tornou-se famoso por utilizar desníveis para criar grandes vãos e mezaninos ligados por rampas, como se vê no Edifício Louveira, localizado na praça Vilaboim, construído em 1946, juntamente com seu ex-aluno Carlos Cascaldi.

A obra caracteriza-se pela composição de duas lâminas paralelas, uma com sete e outra com seis andares, e intermediadas por um pátio interno ajardinado. A implantação propiciou a integração visual do espaço público e do privado, como que assimilando a Vilaboim, em frente, aos domínios do edifício.

Dada a sua importância histórica e arquitetônica, o Louveira foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em 1992 e é cuidadosamente preservado pelos moradores, muitos proprietários desde a inauguração.

Entre as inovações de Vilanova Artigas que podem ser conferidas no edifício está a tendência de incorporar artistas aos projetos, como fez com o pintor Francisco Rebolo (1902-1980), convidado a criar um painel exclusivamente para o Louveira.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Exposição Arquivo Histórico de São Paulo: A cidade e seus documentos

Realizada entre 24 de setembro e 21 de dezembro de 2011, na sede do Arquivo Histórico de São Paulo (AHSP), no bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo, a mostra Arquivo Histórico de São Paulo: A cidade e seus documentos expõe 40 itens do acervo da instituição, produzidos ao longo de quatro séculos, entre documentos, registros, livros de sepultamento e material gráfico, como pranchas de arquitetura e fotografias.

A exposição se divide em quatro módulos, que representam diferentes períodos históricos da cidade e do país. Em Colônia e Reino Unido, que vai dos anos de 1554 a 1822, podem ser vistos atas e registros, como a carta de elevação da Vila de São Paulo à categoria de cidade, emitida em 1711, por D. João V. Cobrindo de 1822 a 1889, o bloco Império tem, entre outras curiosidades, as plantas para edificação do primeiro Viaduto do Chá.

Já em Primeira República estão documentos que datam de 1889 a 1930, por meio dos quais é possível testemunhar os primeiros passos do município rumo à sua condição de cidade de grande porte. Por fim, em Formação da Metrópole, vemos nascer a São Paulo que conhecemos hoje. Destacam-se os projetos do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Estádio do Pacaembu; do parque do Ibirapuera, dado de presente à capital no seu aniversário de 400 anos, em 1954; e, curioso, do Parque do Jaraguá, obra que acabou não saindo do papel.

O AHSP fica na Praça Coronel Fernando Prestes, 152, próximo ao Metrô Tiradentes. Seu horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 17h, e visitas monitoradas para grupos devem ser agendadas pelo e-mail: educativoarq@prefeitura.sp.gov.br. A entrada é grátis. Mais informações pelo (11) 3396-6018 ou pelos sites www.arquivohistorico.sp.gov.br e http://www.arquiamigos.org.br/expo/2011ahsp/index.html.

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