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Onde a economia cresce

Não é grande o número de países que investem na exploração espacial. Felizmente, o Brasil faz parte desse clube, direcionando recursos para colocar em órbita, mesmo que ainda timidamente, satélites de estudos e pesquisas. É certo que estamos atrasados em relação ao trabalho desenvolvido nesse ramo da ciência, por exemplo, pela China, pelos Estados Unidos, pelas nações da Europa e pela Rússia, que há tempos mandam foguetes para o alto com os mais diferentes propósitos. Importa saber, no entanto, que estamos na corrida, e mais ainda que, como mostra a reportagem de capa, não só temos um programa espacial em andamento, como ele agora conta com a participação do capital particular. É até dispensável dizer que as verbas direcionadas pelo Estado a essas atividades nunca foram compatíveis com sua importância. Todavia, a parceria com empresas privadas permite supor que o setor, hoje mais dinâmico, sairá fortalecido.

O dinamismo como chave do sucesso é aliás retratado em boa parte das reportagens desta edição. Veja-se o caso de Macaé, cidade do norte fluminense que experimenta rápida expansão. De pequeno produtor agrícola em tempos passados, o município se projeta, hoje, como um dos que mais crescem no país – processo que começou a ganhar vulto depois que a Petrobras instalou ali a sede administrativa de suas operações na bacia de Campos. E os investimentos de numerosas empresas estrangeiras também estão contribuindo para mudar o cenário local. A população atual de Macaé, de 210 mil habitantes, é três vezes maior que em meados de 1970 – quando teve início a exploração de petróleo na região –, podendo chegar a 330 mil em 2016.

A vitalidade do interior de São Paulo, abordada por Problemas Brasileiros, é outro exemplo dessa energia que fortalece e transforma. De acordo com estudos da IPC Marketing, consultoria especializada em mapeamentos de potencial de consumo, a região é a mais próspera do Brasil, tendo assumido em 2012 a posição de maior mercado consumidor, liderança que vinha sendo ocupada pela Grande São Paulo. O levantamento da IPC, que tomou por base a estrutura de gastos da população medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa que o consumo do interior paulista totalizará R$ 382,3 bilhões neste ano, e que a Região Metropolitana, que inclui a capital e 38 outros municípios, movimentará R$ 379,1 bilhões no mesmo período.

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac