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Ladeira Porto Geral

A história da rua localizada em terreno inclinado, na chamada colina histórica de São Paulo, começa nos anos de 1780. Na época, o logradouro era chamado de “caminho que vai para o Tamanduateí”, por levar às margens do rio que corria ao lado de outra rua famosa da cidade: a 25 de março. No ponto de encontro entre os dois endereços havia, de fato, um porto e, com efeito, “geral”, porque além do cais do Tamanduateí, a Ladeira abrigava também os do Tabatinguera, Figueira, Coronel Paula Gomes e São Bento – que passou a ser o mais importante da região, por receber o maior número de canoas com mercadorias vindas dos sítios e das roças ribeirinhas e das olarias de São Bernardo.

Seu formato estreito também lhe rendeu apelidos: entre eles, Beco do Barbas (por conta de um antigo barqueiro que residia nas imediações) e Beco do Quartim (referência a Antonio Maria Quartim, proprietário de uma chácara na região). A vocação comercial da rua vem dessa época. A presença dos portos atraiu grande atividade econômica para a região por mais de 60 anos, até o Rio Tamanduateí começar a ser retificado, a partir de 1848. Sua sobrevida como endereço central da cidade que crescia durou até 1896, quando as obras foram concluídas e os portos fechados.

Com informações do site www.dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Exposição Cruz-Diez A Cor no Espaço e no Tempo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo

Em cartaz até 16 de setembro, a retrospectiva do artista plástico venezuelano Carlos Cruz-Diez reúne, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, 150 obras que cobrem sua produção desde os tempos de estudante, na década de 1940, até sua fase mais recente, nos anos 2000. São pinturas, gravuras, desenhos e vídeos que resultaram de sua pesquisa sobre as origens e a ótica das cores, feita ao longo de mais de cinquenta anos. Sua extensa obra inclui também ambientes de luz, intervenções em vias públicas, projetos de integração arquitetônica e trabalhos experimentais que exploram o diálogo entre o olhar e o que ele chama de “natureza participativa da cor”.

Entre os trabalhos apresentados, está a série Cores Físicas, composta de 50 painéis intitulados Fisicromias – expostos pela primeira vez ao público – que apresentam uma sequência de linhas coloridas alinhadas verticalmente e de filtros refletores que se modificam conforme o ângulo da luz ambiente e da posição do observador. O resultado dessa relação é uma projeção de cores no espaço, criando um efeito em constante mutação. Já Cor Aditiva e Indução Cromática são duas séries de trabalhos interrelacionados cuja base é a “impressão” ou persistência da imagem na retina, efeito que, segundo a concepção da obra, leva a membrana a produzir uma terceira “cor visual”.

Também destaque no conjunto, as peças que dão título à mostra, A Cor no espaço e no tempo, serão exibidas em três ambientes diferentes: no espaço central do museu, o Octógono, os visitantes encontrarão Cromointerferência, um grande espaço branco no qual dois planos de cor ondulam constantemente em faixas projetadas nas paredes e no piso; em outro ambiente, fora das salas de exposição, está Transcromia, conjuntos de lâminas dispostos em quatro vãos dos corredores que dão acesso à entrada da mostra; a terceira, Cromosaturação, repete o formato de sequência, com trabalhos nos quais Cruz-Diez isola cada cor e cria um display com diferentes efeitos cromáticos.

A Pinacoteca do Estado de São Paulo fica na Praça da Luz, número 2, e é aberta de terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 6 e R$ 3 (meia) – aos sábados e quintas a entrada é gratuita. Informações no (11) 3324-1000.

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