Sesc SP

Matérias da edição

Postado em

Envelhecimento e elaboração das perdas

SONIA SIRTOLI FÄRBER

Introdução:

A condição de transitoriedade do ser humano é realidade aceita por todos os povos, de todas as culturas e de todos os tempos. Difere, porém, o entendimento que é feito desta verdade pelos vários grupos humanos. O ser humano vive em um estado de constantes mudanças, adaptações e ressignificações da própria existência, visto estar em constante processo deconstrução que, por vezes, exige desconstrução de uma condição anterior.

As passagens espontâneas de um status para outro não são detectadas a priori, nem é feita reflexão consciente sobre elas; simplesmente são vividas e seu impacto é assimilado no cotidiano, sem grande desgaste de energia psíquica e emocional. Assim se dá na passagem das estações e dos meses, na troca de horários de atividades ou no cuidado (terapêutico) e estético), entre outros aspectos. O mecanismo é outro quando as passagens incidem sobre a pessoa, exigindo dela uma reorganização da vida, dos projetos e sentidos. Essas passagens necessitam ser acompanhadas com reflexão consciente e com ritos de passagem, por serem mudanças que evidenciam a efemeridade da condição humana, a provisoriedade das relações e, especialmente, a transitoriedade da vida.

Essas passagens são marcadas por sentimento de morte simbólica, que se processa quando a pessoa se volta para si mesma, se recolhe e vivencia a experiência de um final de etapa ou de estado de vida que, sob algum aspecto, não deixa de caracterizar-se como morte, naquele recorte específico. Estas realidades de morte acompanham a vida.

As ciências humanas expõem o progresso humano nas suas várias dimensões, analisando os seus estágios de desenvolvimento, por meio dos quais são evidenciadas as transformações inerentes à condição humana e as adaptações necessárias à vida em comunidade, e impostas, portanto, pelo meio em que vive. Dessas mudanças, doenças, amputações, desemprego e aposentadoria tendem a ser aquelas que, mais veementemente, incidem para deflagrar a crise de meia-idade e a percepção de que o envelhecimento se aproxima.

Doença e amputação

Na sociedade e em tempos em que são priorizadas a competência e a produção, adoecer é ser exilado do ambiente em que a vida acontece, especialmente porque a doença implica dependência e sujeição a outras pessoas, deixando implícito o grau de secundaridade em que a pessoa está colocada. A todo custo, a doença é evitada e, quando não se alcança esse sucesso, ao menos é disfarçada.

O desenvolvimento do capitalismo transformou o corpo humano em um instrumento de produção. Adoecer nesse contexto significa deixar de produzir, o que significa vergonha da inatividade, que deve ser oculta do mundo social (COMBINATO e QUEIROZ, 2006, p. 210).

Além de trazer a noção de fraqueza ante o grupo social em que o indivíduo está inserido, a doença traz em seu bojo um alerta para a finitude da vida e a provisoriedade da autonomia do sujeito. Isto é, ainda que inconscientemente, o mais temido. Ao adoecer, a pessoa encontra-se diante de uma ruptura com a vida em sua plenitude e isso lhe remete à consciência de sua mortalidade.

A doença também é um tipo de morte. Em outras épocas, a doença teve uma fase glamourosa (por exemplo: a tuberculose): “a doença era vista como um refinamento, o sofrimento dignificando o homem” (Kovács, 1996, p. 21). Atualmente, ela é vista como fraqueza e punição, tendo em vista a interrupção à produção. De qualquer forma, a doença coloca o indivíduo em contato com sua fragilidade e finitude; ou seja, ele é afastado das suas atividades rotineiras, pode sofrer paralisias, mutilações,enfrenta muitas vezes a dor ao longo do tratamento e percebe-se enquanto ser mortal (COMBINATO; QUEIROZ, 2006, p. 212).

Eventualmente, em decorrência do adoecer, a pessoa confronta-se com nova transformação, que exigirá esforço para vivenciar luto e morte,decorrente da perda de um órgão ou membro. A amputação é multifatorial e pode se dar em decorrência de traumatismos, acidentes ou degenerações, porém é característico do processo que a pessoa amputada tenha de lidar com a finitude da vida ao ter de considerar que uma parcela de si entrou em óbito.

A comunicação sobre a amputação desperta o sentimento de perda e luto (Cavalcanti, 1994), compara-se a perda do membro com a perda de uma pessoa querida (MACEDO; CREPALDI, 2009, p. 64).

Em algumas situações, para potencializar a assimilação da perda e elaborar o luto, o membro perdido é protagonista de um rito de passagem, incluindo funeral, féretro e deposição em túmulo, com lápide pertinente3. Tais ritos não são apenas dramatizações, mas mecanismos que possibilitam o enlutado de escoar sua dor, uma vez que a sociedade, de modo geral, não avalia a real dimensão do sofrimento que esta transformação gera.

Contudo, o luto pela perda do membro não é aceito socialmente como o luto pela morte de um ente querido, visto que a sociedade não espera que o indivíduo fique enlutado pela perna como ficaria por sua esposa  (PARKES apud MACEDO; CREPALDI, 2009, p. 63).

Ainda que cultural e socialmente o processo de luto por um órgão, membro ou parte do corpo não seja aceito – e até mesmo por isso –, pesquisadores têm acompanhado pessoas imersas em tais situações comprovando que pessoas amputadas sofrem o estresse equivalente ao que ocorre com a morte. Macedo e Crepaldi apresentam os resultados da pesquisa de Gallagher & MacLachlan4, que demonstra que pessoas amputadas no período pós-cirúrgico experimentam sentimento de desolamento e estresse “equivalente à adaptação ao processo de luto pela perda de algo precioso”. Não apenas o luto pela amputação não é aceito socialmente, mas o próprio amputado, ao longo se sua vida, eventualmente, experimenta a rejeição.

Aposentadoria e desemprego

A aposentadoria é uma ruptura significativa na história individual, pois implica mudança radical da organização do tempo, das entradas financeiras e, especialmente, vem carregada de valor simbólico, pois altera o papel social desempenhado até este limite. Uma vez afastado do meio produtivo habitual, a tendência é buscar uma reorganização espacial, temporal e de identidade, quando essa aposentadoria acontece tardiamente e alcança o adentrar da terceira idade. “A aposentadoria é o momento de reestruturação da identidade pessoal e o estabelecimento de novos pontos de referência” (RODRIGUES, 2008, p. 9).

Muitas vezes parece óbvio que, em alguns casos, a aposentadoria seja uma forma de libertação de uma atividade que tenha sido desagradável e insatisfatória e o indivíduo queira simplesmente descansar ou experimentar uma sensação de liberdade. Entretanto, essas supostas férias não terão fim e as pessoas tendem a se sentirem vazias, sem saber o que fazer depois de descansar (FRANÇA, 1999, p. 19-34).

Beauvoir entende que o idoso é beneficiado, em vários aspectos de sua vida, com a manutenção de uma rotina de trabalho, pois, “sentindo-se ativo e útil, ele há de escapar ao tédio e à decadência” (BEAUVOIR, 1970, p. 246). Porém, é notório que não só os idosos, mas todos aqueles que se afastam radicalmente do ritmo laboral, e não se inserem em um trabalho alternativo, sofrem física e psiquicamente em decorrência da demanda social e do movimento interior que clama por ritmo e utilidade.

Uma coisa que impulsiona o homem a uma atividade frenética é o terror pela própria morte. Esta afirmação confirma o resultado repentino da morte de pessoas idosas que deixam o posto de trabalho, descontinuando suas atividades aplicadas durante toda a vida, ou seja, a morte do vínculo do homem com sua ferramenta de trabalho, levando a morte em si, expressa pelas pessoas que convivem com o enlutado “... ele foi morrendo aos poucos quando parou de trabalhar” (CATERINA, 2007, p. 5).

A associação entre aposentadoria e fim de vida é subliminar para a maioria das pessoas, o que torna estressante a inflexão do trabalho e a transição para esta nova condição de vida. Porém, o afastamento temporário e indefinido do trabalho também gera sensação de finitude e requer instrumentos de elaboração de uma morte simbólica. Demissão e desemprego, além de se constituir em problema social, se configuram, individualmente, em elemento desestruturador de autoimagem do trabalhador, com sério risco para o equilíbrio psíquico. Estar desempregado coloca a pessoa em condição de instabilidade, ameaçando o equilíbrio doméstico, tanto emocional quanto financeiro. Por isso é realidade temida e tida como um tipo de morte. Seu impacto é semelhante à morte de um parente e requer compreensão e atitude para que o abalo produzido não faça o indivíduo desconsiderar a possibilidade de reintegração no mercado de trabalho e nas relações sociais. Os ciclos do desenvolvimento humano comportam mudanças e transformações que alcançam todas as pessoas, as quais incidem de maneira mais drástica em uns que em outros, porém todos vivenciam este processo. Mas há rupturas e lutos que não são extensivos a todos, por isso a compreensão e a solidariedade nem sempre são demonstradas em favor daqueles que estão em tais situações.

Crise de meia-idade

No decurso da existência, as pessoas vão se instrumentalizando para lidar com as perdas que as transições originam. Dessa forma, com o avanço da idade, a aquisição destes meios torna o viver mais tranquilo e menos exposto ao estresse que assola a idade mais jovem. Isso não significa que as representações de transitoriedade da vida e provisoriedade das realidades estejam superadas, ao contrário.
Uma fase de transição muito exigente e que, se não for bem vivenciada e amparada, pode trazer repercussões severas, é a chamada “crise de meia-idade”. Na mulher, ela acontece acompanhada com a sintomatologia da menopausa e precedida pelo climatério que, até algumas décadas atrás, não era suficientemente estudado nem considerado como fase pertencente ao processo de desenvolvimento humano.

Uma forma de abordá-lo, que parece promissora, é considerar a fase de menopausa como um momento de “crise de desenvolvimento” (crise caracterizada pela mudança das tarefas psicológicas e dos papéis sociais).(SOUZA, 2005, p. 87).

Segundo Rostosky & Travis (2000, p. 89), quando comparadas com o homem, as mulheres são consideradas “o outro” em relação à normalidade, pois, enquanto os homens de meia-idade sofrem alterações hormonais e estas são vistas como “normais”, a mesma realidade nas mulheres é entendida como patológica. A menopausa é entendida como síndrome (irregularidades menstruais, ondas de calor, enxaqueca, depressão), sendo que em todas as idades as mulheres estão propensas a ter alguns desses sintomas, e não só na menopausa. Por último, as mulheres são apresentadas como fracas e impotentes em relação ao médico e à autoridade científica, que definiu a menopausa como síndrome, e ainda determina o que ela é e como deve ser vivenciada.

Enquanto a menarca é celebrada pela família e pela sociedade como indicativo de saúde e estatuto de qualidade devida, a última menstruação é, eventualmente, reconhecida pela mesma sociedade e cultura como declínio produtivo e estigma de falência física. Com tão forte imposição social, é compreensível que uma parcela significativa de mulheres passe por esta transição munidas dos mesmos sentimentos e contradições que se afirmam no processo de luto.

Na década de cinqüenta, Erikson também já havia considerado os aspectos positivos e negativos das situações de crise ao postular que, na caminhada da infância à velhice, o ser humano passa por diferentes estágios de desenvolvimento psicológico e a transição entre eles é sempre mediada por crises. Essas crises, que foram chamadas por Erikson de “crises de desenvolvimento”, são caracterizadas pelas mudanças das tarefas psicológicas e dos papéis sociais que marcam a passagem de um estágio a outro (SOUZA, 2005, p. 91).

A crise da meia-idade é prenúncio da tomada de consciência do envelhecimento e da contundente perspectiva da morte. Morte e vida, provisoriedade e estabilidade estão em constante tensão na existência humana, e sempre que a provisoriedade prevalece, o senso de morte emergente e a necessidade de luto se apresentam. O êxodo do viver humano atinge esfera dramática quando vislumbra o percurso feito ereconhece que , do itinerário, menos da metade há por ser transitado. Envelhecer requer coragem.

Envelhecimento

Na obra Saber envelhecer, Cícero ensina que “uma vida tranquila, honorável e distinta pode do mesmo modo levar a uma velhice pacífica e suave” (CÍCERO, 1997, p. 15). Viver é estar em constante aprendizado e o desenvolvimento deve acontecer durante todo o percurso da vida. Mas quem não aprendeu ao longo da vida sofre duramente a transição final,
quando esta se aproxima.

(...) devemos nos envolver de todo o coração nos acontecimentos do envelhecimento. Isto requer curiosidade e coragem – neste caso, coragem para deixarmos para trás velhas idéias e nos deixarmos levar por ideias desconhecidas, deslocando a importância dos acontecimentos que tememos. Ou seja: a coragem de ser curioso (HILLMAN, 2001, p. 19).

Destarte, a velhice é vista como fase de grandes dificuldades para o ancião e seu núcleo social, nas várias sociedades em tempos históricos. Porém, a realidade pós-moderna torna o envelhecer ainda mais complexo e temeroso, pois a sociedade vive sob a égide da efemeridade, na qual, para manter-se, há de se ser produtivo e jovem, uma vez que a mais-valia e a meritocracia são as ideologias vigentes.

O individualismo requer dos cidadãos independência e agilidade de adaptação às mudanças, que rapidamente ocorrem. E os avanços tecnológicos não são dominados por todos os que são da geração anterior à atual. Enquanto a sociedade valoriza a informação, os idosos condoem-se com a perda da memória e do senso de continuidade histórica reinante.

A sociedade de produção valoriza a beleza, a eterna juventude e a longevidade, mas não aceita o longevo com características de idoso. Com este panorama, envelhecer é malvisto, e, portanto, tenta-se evitá-lo com os meios que estão disponíveis. Diante de tais pressões sociais, envelhecer tornou-se vergonhoso e, portanto, excludente, fazendo com que a pessoa que vive essa transição da vida adulta para a velhice tenha um sentido de morte simbólica pela ameaça ao sentido de pertença à sociedade, com igualdade de direitos.
Em reação à discriminação e exclusão do idoso, impõem-se eufemismos para designá-lo. Da parte dos que estão em processo de envelhecimento, eles negam a passagem do tempo e transvestem-se de jovens , pelo uso de linguagem, modos e moda juvenis. Outros se tornam hostis e projetam suas frustrações naqueles com quem convivem, e há ainda os que sucumbem e resignam-se, esclerosando-se na nostalgia, por não terem capacidade de reeditar sua história, tornando-se depressivos.

O essencial é usar suas forças com parcimônia e adaptar seus esforços a seus meios. Então não sentimos mais frustração nem fraqueza. Conta-se que Mílon fez sua entrada no estádio de Olímpia carregando um boi sobre os ombros. O que vale mais? Ter esse vigor físico ou aquele, inteiramente intelectual, de Pitágoras? Em suma, usemos tal vantagem quando a tivermos e não a lamentemos quando ela desapareceu. Acaso os adolescentes deveriam lamentar a infância e depois, tendo amadurecido,chorar a adolescência? A vida segue seu curso muito preciso e a natureza dota cada idade com qualidades próprias. Por isso a fraqueza das crianças, o ímpeto dos jovens, a seriedade dos adultos, a maturidade da velhice são coisas naturais que devemos apreciar cada uma em seu tempo (CÍCERO, 1997, p. 29).

Ressignificando as perdas acumuladas ao longo da vida, pode o idoso superar o sentimento de inutilidade, pois as perdas não assimiladas e os lutos não elaborados ao longo da vida aniquilam a possibilidade de envelhecer e viver a velhice com qualidade. Epimeleia é a profilaxia necessária para viver bem cada uma das fases da vida, independente da especificidade da faixa etária, sabendo, ao mesmo tempo, que esta será transitória e
que sua passagem é questão de tempo.

Considerações finais:

Investigações científicas, como a Tanatologia, têm se ocupado com o caráter transitório da vida humana e sua ordenação para a morte; a Psicologia fornece elementos sobre a elaboração psíquica e emocional desta contingência pertinente a todos os seres humanos; e a Antropologia, estudando os fenômenos que demonstram a provisoriedade da vida humana, apresenta como as várias culturas e povos ritualizam os eventos importantes da vida, experimentando, assim, mortes simbólicas. A morte está presente na vida. No decurso da existência, todo ser humano, independente da longevidade ou brevidade, vivencia eventos significativos carregados de elementos finais de estado de vida, nos quais a cessação de uma condição não implica óbito, mas ascensão a uma nova condição social ou biológica.

Cada uma das fases, presentes na curva da existência humana, estabelece o fim de uma realidade para que outra possa existir. De passagem em passagem, do nascer ao morrer, o ser humano segue o fluxo de sucessivos êxodos que inculcam a ideia da provisoriedade das realidades e da própria vida.

Apesar da similaridade da existência dos seres humanos, há realidades específicas que não são comuns a todos, ainda que uma parcela significativa as experimente. Perdas importantes são ocorrências que se caracterizam em mortes simbólicas, que apontam para a fragilidade das convenções sociais e a precariedade das aquisições individuais. Dados que apontam para a similaridade de impacto que existe entre a morte em si e as perdas ocorridas na vida das pessoas; no aspecto físico e biológico, também aparece a sintomatologia de processo de morte e luto: doenças degenerativas, amputações, cirurgias, intervenções e processos terapêuticos, que alteram a aparência, a autonomia ou a condição física do indivíduo, temporária ou definitivamente.

Em todas as esferas humanas, a provisoriedade da vida é mais bem assimilada quando o indivíduo acompanha, conscientemente, as mudanças que acontecem ao longo de sua história e desenvolvimento, absorvendo assim o impacto das perdas, ao passo que acolhe os ganhos que as mudanças proporcionam.

Referências Bibliográficas

BEISTEINER, R.; HOLLINGER, P.; LINDINGER, G.; LANG, W.; BERTHOZ, A. Mental representations of movements. Brain potentials associated with imagination of hand movements. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, v. 96, p. 183-193, 1996.
BERQUÓ, E. Considerações sobre o envelhecimento da população no Brasil. In: NERI, A. L. Velhice e sociedade. Campinas (SP): Papirus, 1999.
CHANDLER, J. M. Equilíbrio e quedas no idoso: questões sobre a avaliação e o tratamento. In: GUCCIONE, A. A. Fisioterapia geriátrica. 2. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2002. p. 265-277.
COELHO, R. W.; OKAZAKI, F. H.; KELLER, B. et al. The effect of two imagery methods on tennis serving performance. Fiep Bulletin, v. 75, 2005.
DICKSTEIN, R; DUNSKY, A; MARCOVITZ, E. Motor imagery for gait rehabilitation in post-stroke hemiparesis. Physical Therapy, v. 84, n. 12, 2004.
DUARTE, M. Análise establiográfica da postura ereta humana quase-estática. 2000. Tese (Livre-Docência) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.
DUARTE, M.; FREITAS, S. M. Revisão sobre posturografia baseada em plataforma de força para avaliação do equilíbrio. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 14, n. 3, p. 183-192, 2010.
EBERSPÄCHER, H. Entrenamiento mental: um manual para entrenadores y deportistas. Barcelona: Inde, 1995.
FANSLER, C. L.; POFF, C. L.; SHEPARD, K. F. Effects of mental practice on balance in elderly women. Physical Therapy, v. 65, n. 9, p. 1.332-1.338, 1985.
FREITAS JÚNIOR, P.; BARELA, J. A. Alterações no funcionamento do sistema de controle postural de idosos. Uso da informação visual. Rev. Port. Cien. Desp., v. 6, n. 1, p. 94- 105, 2006.
GAZZOLA, J. M.; MUCHALE, S. M.; PERRACINI, M. R.; CORDEIRO, R. C.; RAMOS, L. R. Caracterização funcional do equilíbrio de idosos em serviço de reabilitação gerontológica. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo, v. 11, n. 1, p. 1-14, 2004.
GUILLOT, A.; COLLET, C. Construction of the motor imagery integrative model in sport: a review and theoretical investigation of motor imagery use. International Review of Sport and Exercise Psychology, v. 1, n. 1, p. 31-44, 2008.
GUIMARÃES, J. M. N.; FARINATTI, P. T. V. Análise descritiva de variáveis teoricamente associadas ao risco de quedas em mulheres idosas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 11, p. 299-305, 2005.
HAMEL, M. F.; LAJOIE, Y. Mental imagery – effects on static balance and attentional demands of the elderly. Aging Clinical and Experimental Research, v. 17, n. 3, 2005.
HILL, K.; SCHWARZ, J. Assessment and management of falls in older people. Internal Medicine Journal, v. 34, p. 557–564, 2004.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Projeções da população. Projeção da população do Brasil 1980-2050. 2006. Disponível em: <http://ibge.gov.br>.
LANG, W.; CHEYNE, D.; HOLLINGER, P.; GERSCHLAGER, W.; LINDINGER, G. Electric and magnetic fields of the brain accompanying internal simulation of movement. Brain Research. Cognitive Brain Research, v. 3, p. 125-129, 1996.
LEONARDO, M.; FIELDMAN, J.; SADATO, N.; CAMPBELL, G.; IBANEZ, V.; COHEN, L.; et al. A functional magnetic resonance imaging study of cortical regions associated with motor task execution and motor ideation in humans. Human Brain Mapping, v. 3, p.83-92, 1995.
LIPSITZ, L. A.; GOLDBERGER, A. L. Loss of’ complexity’ and aging. Potential applications off ractals and chaos theory to senescence. JAMA, v. 267, n. 13, p. 1.806-1.809, 1992.
LOMÔNACO, J. F. B.; MARQUES, C. P. Prática mental e aprendizagem de habilidades motoras: uma visão das revisões. Estudo de Psicologia, v. 10, n. 1, 1993.
LUTZ, R. S. Covert muscle excitation is outflow from the central generation of motor imagery. Behav Brain Res, v. 140, n. 1-2, p. 149-163, 2003.
MACIEL, A. C. C.; GUERRA, R. O. Prevalência e fatores associados ao déficit de equilíbrio emidosos. Revista Brasileira Ciência e Movimento, v. 13, n. 1, p. 37-44, 2005.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
MALOUIN, F. et al. The Kinesthetic and Visual Imagery Questionnaire (KVIQ) for assessing motor imagery in persons with physical disabilities: a reliability and construct validity study. Journal of Neurologic Physical Therapy, v. 31, p. 20-29, 2007.
MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento e atividade física. Londrina (PR): Midiograf, 2001.
MCAVINUE, L. P.; ROBERTSON, I. H. Measuring motor imagery ability: a review. Eur J Cogn Psychol, v. 20, n. 2, p. 232-251, 2008.
MULDER, T. H.; HOCHSTENBACH, J. B. H.; VAN HEUVELEN, M. J. G.; DEN OTTER, A. R. Motor imagery: the relation between age and imagery capacity. Human Movement Science, v. 26, p. 203-211, 2007.
PANSA, F. C. S.; GARDIL, T.; CHIARELLO, B.; DRIUSSO, P. Treino de equilíbrio em mulheres idosas. Fisioterapia UNICID, v. 2, p. 89-99, 2003.
PERSONNIER, P.; KUBICKI, A.; LAROCHE, D.; PAPAXANTHIS, C. Temporal features of imagined locomotion in normal aging. Neuroscience Letters, v. 476, p. 146-149, 2010.
RODRIGUES, E. C.; LEMOS, T.; GOUVEA, B.; VOLCHAN, E.; IMBIRIBAC, L. A.; VARGAS, C. D. Kinesthetic motor imagery modulates body sway. Neuroscience, v. 169, p. 743-750, 2010.
ROTH, M.; DECETY, J.; RAYBAUDI, M.; MASSARELI, R.; DELON-MARTIN, C.; SEGERBATH, C.; et al. Possible involvement of primary motor cortex in mentally simulated movement: a functional magnetic resonance imaging study. Neuroreport, v. 7, p. 1.280-1.284, 1996.
RUWER, S. L.; ROSSI, A. G.; SIMON, L. F. Equilíbrio no idoso. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 71, p. 298-303, 2005.
SAMULSKI, D. Psicologia do esporte. São Paulo: Manole, 2002.
SCHINIRZLER, A.; SALENIUS, S.; SALMELIN, R.; JOUSMAKI, V.; HARI, R. Involvement of primary motor cortex in motor imagery: a neuromagnetic study. Neuroimage, v. 6, p. 201-208, 1997.
SCHMIDT, R. A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem
baseada no problema. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SHORT, S. E.; TENUTE, A.; FELTZ, D. L. Imagery use in sport: mediational effects for efficacy.
Journal of Sports Sciences, v. 23, n. 9, p. 951-960, 2005.
SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. São
Paulo: Manole, 2002.
SILVEIRA, C. R. A.; PRENUCHI, M. R. T. P.; SIMÕES, C. S.; CAEETANO, M. J. D.; GOLBI, L. T. B. Validade de construção em testes de equilíbrio: ordenação cronológica na apresentação das tarefas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 8, p. 66-72, 2006.
STEFANELLO, J. M. F.; MARQUES, C. P.; RODACKI, A. L. F. Assessment of motor imagery ability and training. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.12 , n. 6, p. 395-400, 2010.
STEFANELLO, J. M. F. Treinamento de competências psicológicas: em busca da excelência esportiva. Barueri (SP): Minha Editora/Manole, 2007.
TINETTI, M. E.; INOUYE, S. K.; GILL, T. M.; DOUCETTE, J. T. Shared risk factors for falls, incontinence and functional dependence: unifying the approach to geriatric syndromes. JAMA, v. 273, p.1.348-1.353, 1995.