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Arte-educação e gerontologia: uma parceria a favor do idoso

A maior atenção ao seu próprio processo de sentir. Ela constitui um estímulo permanente para que nossa imaginação flutue e crie mundos possíveis, rompendo o restrito espaço que o cotidiano lhe reserva.

Por meio da arte somos levados a conhecer aquilo que não temos oportunidade de experienciar em nossa vida cotidiana. Assim, a criatividade, a imaginação e a emoção estética precisam ser desenvolvidas por intermédio de experiências artísticas, sejam elas
dança, música, teatro, cinema, poesia, pintura, escultura, etc.

Rever o potencial crítico da criação é um tema da maior importância. Nesse processo, a arte-educação tem papel de destaque porque se estabelece como elo entre o sujeito criativo e o cidadão participativo, investindo na arte como forma de conhecimento e como exercício de criatividade.

O exercício da criatividade que a arte-educação contempla privilegia a experimentação e a aprendizagem, mediadas sempre pela
ação reflexiva e pelo entendimento. A criação artística e educacional é fundamentalmente um processo e tem um ponto único de partida e de chegada: o sujeito, o indivíduo que cria.

Uma experiência artístico-educativa prevê um grau aprofundado de introspecção, uma espécie de encontro consigo mesmo ou com o grupo: é a busca da individualidade e da intersubjetividade que o cotidiano, de um modo geral, anula.

A prática teatral no envelhecimento, por meio da arte-educação, é uma reflexão trazida nesta edição, no artigo de Diego Miguel, que destaca a importância das oficinas e cursos para idosos no favorecimento da saúde física e mental, na manutenção da independência e da autonomia e no estímulo à socialização e ao protagonismo.

Também fazem parte desta edição os seguintes artigos: “Comparação da força e da flexibilidade em idosos praticantes de musculação e praticantes de hidroginástica”, de Tiago Quissini, Ana Rita Zamberlan, Natália Batista Albuquerque Goulart e Caroline Pieta Dias; “Amigo idoso socorrista: apenas um título ou um instrumento que pode salvar vidas”, de Ednei Fernando dos Santos e Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi; “O lugar do idoso na construção de sociedades sustentáveis: o exemplo da memória ambiental em Cardoso Moreira (RJ)”, de Ivalina Porto e Rafael de Souza Dias; e “Implicações no cuidador familiar devido o idoso apresentar déficit no autocuidado”, de Ricardo Saraiva Aguiar.

Nosso entrevistado é Cheda Name Saad, de Campinas, SP, químico industrial e contabilista, que participa ativamente em sua comunidade, contribuindo para a melhoria de qualidade de vida de várias pessoas. Cheda participou como convidado no Encontro Idoso Protagonista, realizado em novembro de 2008, no SESC Santo André, relatando as ações desenvolvidas com e para a comunidade e seus resultados positivos.