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Nossa Senhora do Paraíso

Localizado no bairro do Paraíso, Zona Sul de São Paulo, o templo reproduz em sua arquitetura a mistura de culturas que formou a religião cujos rituais ele abriga, conhecida como greco-melquita católica. Segundo informações do livro Os Melquitas (Eparquia Greco-Melquita Católica do Brasil, 1993), do historiador e teólogo Roberto Khatlab, cada um dos três termos que compõem a expressão representa um ramo histórico da criação dessa religião. “Grego” faz referência à forma pela qual os antigos muçulmanos se referiam aos cristãos bizantinos; “melquita” é a palavra herdada dos historiadores muçulmanos para “católico” – por sua vez, derivação da expressão igreja católica, ou igreja universal, ou seja, todas aquelas em comunhão com o papa. As feições arquitetônicas da Catedral Nossa Senhora do Paraíso exprimem assim a tradição e o ambiente das igrejas orientais. Um dos exemplos dessa característica está em seu iconóstase – parede decorada com ícones que separa a nave da igreja de seu santuário –, como é chamado o local onde se situa o altar. Neste há também imagens dos apóstolos e dois ícones sagrados, um representando o Cristo Pantocrator, o Cristo Todo-Poderoso, e o outro, Theotokos, título grego da Virgem Maria, a Mãe de Deus. As pinturas na abóbada e nas paredes laterais do Santuário dizem respeito ao aspecto teológico da tradição oriental, e procuram apresentar a história da salvação por meio de imagens, permitindo que os fiéis, ao entrar no templo, tenham uma referência visual das diferentes partes que compõem o ato litúrgico.

 

VISTAS CONTEMPORÊNEAS

Fotógrafos da Cena Contemporânea, no MAC-USP

Em cartaz até 24 de fevereiro de 2013, no MAC-USP da Cidade Universitária, a coletiva reúne 63 fotografias que pertencem ao acervo do antigo Banco Santos, hoje sob guarda provisória do museu. A orientação da curadoria de Helouise Costa é criar um panorama dos temas e questões recorrentes nos trabalhos produzidos a partir da década de 1950, com imagens criadas de 1954 até 2003. Esse recorte evidencia uma mudança de atitude do fotógrafo/artista, que passou então a empregar o dispositivo fotográfico num sentido mais amplo. Isso inclui não só a tomada tradicional feita com a câmera, mas também a construção da imagem por meio de encenações e manipulações, assim como a hibridação com outros meios e a combinação de processos fotográficos tradicionais com o uso de recursos digitais. A coleção, que já foi apresentada, em 2008, em mostra intitulada Fotógrafos da Vida Moderna, reúne, entre os 49 artistas expostos, nomes como Adriana Varejão, Arthur Omar, Cris Bierrenbach, Oliviero Toscani e Vik Muniz.

O MAC fica na Praça do Relógio, 160, Cidade Universitária. O horário de funcionamento é quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h; terças e quintas, das 10h às 20h. Telefone para informações: 3091 3039. A entrada é gratuita.