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Amigo idoso socorrista: apenas um título ou um instrumento que pode salvar vidas?

Introdução:

O crescimento populacional desordenado dos grandes centros urbanos resulta no aumento da necessidade de cidadãos aptos na prestação de primeiros socorros, considerando ainda o tempo como fator preponderante no salvamento efetivo de vidas. Em razão de que a grande maioria da população não detém conhecimento técnico na área de atendimento de pronto-socorrismo,  costumeiramente nada é realizado entre o momento do ocorrido até a chegada das equipes de socorro (SOUZA & IGLESIAS, 2002).

Tempo este que pode significar a diferença entre a vida e a morte do ser humano. O Brasil se apresenta com aumento no envelhecimento populacional. Novos dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) nos apontam como um país mais envelhecido, tendo mais pessoas acima de 65 anos do que abaixo de 4 anos, com expectativa de vida de 73,1 anos.

Atualmente, o crescimento populacional de idosos tem sido associado com a adoção de comportamentos saudáveis, sobretudo aqueles relacionados a um estilo de vida fisicamente ativo que incrementa o número de relações interpessoais, de atividades diárias espontâneas, assim como de novas experiências em ambientes e situações completamente desconhecidos (SOUZA & IGLESIAS, 2002). Existe, portanto, maior risco de exposição a distintos ambientes e situações que podem aumentar as potenciais ocorrências de diferentes traumas, como, por exemplo, atropelamentos, quedas, queimaduras. As consequências desses traumas podem ser bastante graves em decorrência de os indivíduos idosos não possuírem capacidade tampouco reserva funcional necessárias ao processo recuperativo que, por sua vez, eleva consideravelmente a taxa de mortalidade nesse grupo etário (MANTOVANI, 2006).

Neste sentido, o rápido reconhecimento e a identificação de lesões e riscos à saúde das vítimas, além da forma correta de  atendimento e acionamento adequado do socorro, previnem a deterioração dos órgãos vitais dos acidentados. Existem evidências sobre a redução da mortalidade em vítimas de acidentes que receberam, adequada e imediatamente, os procedimentos de primeiros socorros por voluntários e obtiveram a preservação dos sinais vitais (PERGOLA & ARAÚJO, 2009). As situações de  emergência requerem medidas eficazes que necessitam do mínimo de tempo possível para serem adotadas e iniciadas  (UMMENHOFER et al., 2001).

MATERIAL E MÉTODO

Amostra

A coleta deste estudo foi aleatória, visando a informações quanto ao nível de conhecimento em 46 idosos do Centro de Convivência do Idoso (CCI) de Sorocaba, a respeito dos conhecimentos sobre Suporte Básico de Vida. A amostra da pesquisa foi composta por idosos ativos de ambos os sexos, com idades entre 60 e 75 anos, regularmente matriculados e todos alfabetizados.

Instrumento

O instrumento utilizado para coletar os dados foi um questionário com série ordenada, composto de nove perguntas fechadas. Segundo Yin (2001, p. 107):

A coleta de dados por meio de entrevista ou questionários promove o relacionamento entre os envolvidos na pesquisa, de maneira orientada a resolver o problema da pesquisa (...) o questionário pode conter perguntas abertas, e as respostas podem ser obtidas de maneira livre.

Consideraram-se também o método de pesquisa descritiva, sabendo que “(...) as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis” (GIL, 1996, p. 46), e a abordagem estatística quantitativa, uma vez que quantifica e analisa os dados coletados desse grupo de estudo: “(...) O método quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, nas quais se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis” (OLIVEIRA, 1999, p. 115).

Procedimento

O questionário foi aplicado no dia 20 de fevereiro de 2012 com entrega prévia do “Termo de Consentimento Livre”, e a análise dos dados foi efetivamente realizada no dia 23 de fevereiro de 2012.

Foram adotadas situações de acidentes que evolvem distintas ocorrências com relação aos procedimentos para sangramento, queimaduras, fraturas, engasgamento, infarto, desmaio e crise convulsiva, de acordo com as diretrizes do AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS (1997). Os instrumentos serão similares, mas o questionário direcionado aos indivíduos idosos foi constituído com linguagem sem termos técnicos para possibilitar mais clareza. Esse questionário foi aplicado ao mesmo tempo a todos do grupo, com o mesmo aplicador, não havendo interferência direta ao aplicado, no que se refere à interpretação do questionário.

Descrição das questões utilizadas neste estudo:

1. Estabeleça uma nota de 0 a 10 sobre a importância do conhecimento de primeiros socorros para sua vida pessoal (0 insignificante; 10 significa muito importante).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 Indique se já presenciou um acidente em seu ambiente profissional ou pessoal, onde houve a necessidade do emprego de
técnicas de primeiros socorros. Presenciou? (1) Sim (2) Não (3) Não sei responder

3. Durante uma aula de dança para terceira idade uma senhora de 73 anos vem a sofrer uma queda, resultando em um corte profundo no braço; como se deve tratar essa hemorragia?

(1) Comprimir o ferimento, elevar a região afetada e fazer compressão em ponto arterial;
(2) Fazer torniquete, lavar em abundância o ferimento e cobrir com gaze ou pano limpo;
(3) Lavar o ferimento e aplicar rapidamente substâncias caseiras para bloquear o sangramento;
(4) Não sei responder.

4. Assinale a alternativa correta: após uma longa caminhada, seu amigo idoso, parceiro de atividade, apresenta epistaxe, como
preceder:

(1) Inclinar a cabeça para trás para o sangramento parar;
(2) Inclinar a cabeça para a frente e pinçar as narinas por aproximadamente 5 minutos;
(3) Lavar as narinas com água em abundância;
(4) Não sei responder.

5. Durante a confraternização do grupo de terceira idade um senhor de 50 anos de idade se voluntaria para ser o churrasqueiro; ao acender a churrasqueira com álcool e fósforo este provoca uma explosão, vindo a ser atingido pelas chamas e tendo várias partes do corpo queimadas. Como devemos executar os procedimentos de primeiros socorros nesta situação?

1) Rapidamente passar café ou clara de ovo no local afetado;
(2) Aplicar compressas frias umedecidas em água na temperatura ambiente;
(3) Aplicar pomadas e fornecer água gelada para a vítima beber;
(4) Não sei responder.

6. Um idoso de aproximadamente 80 anos de idade sofre uma queda da própria altura no interior do banheiro do centro comunitário, vindo a cair sobre seu braço, e a consequência dessa queda é uma fratura em que o osso do membro superior está exposto; cite os procedimentos corretos para o atendimento desse tipo de trauma?

(1) Lavar o local com água limpa e colocar o osso para dentro rapidamente para evitar infecção;
(2) Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo e imobilizar o membro fraturado;
(3) Colocar o osso para dentro do ferimento e fazer torniquete para estancar o sangramento;
(4) Não sei responder.

7. Ao avaliar um idoso que apresenta Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), quais serão os sinais e sintomas evidentes:
(1) Perda do controle urinário ou intestinal, confusão mental, cefaleia e convulsão;
(2) Dificuldade para falar, alterações visuais, pupilas desiguais e paralisia muscular;
(3) Dor precordial, pele fria, pálida e úmida, sudorese e ansiedade;
(4) Não sei responder.

8. Quais são os procedimentos de primeiros socorros a esse idoso vítima de infarto. Cite três procedimentos adotados para o socorro desse idoso:

(1) Mantenha a vítima em repouso, afrouxe as vestes, tranquilize-a e avalie sinais vitais;
(2) Mantenha a vítima em repouso, ofereça líquidos, tranquilize-a e avalie sinais vitais;
(3) Mantenha a vítima ativa para o sangue circular com facilidade, ofereça líquidos e avalie sinais vitais;
(4) Não sei responder.

9. Durante o auxílio a um senhor de 61 anos que apresenta Acidente Vascular Cerebral tendo, como principais sinais e sintomas,
dificuldade para falar, tontura, náuseas, suor em excesso, paralisia muscular e sede intensa, quais procedimentos de suporte
básico de vida devem ser adotados?

(1) Fazer o senhor andar vagarosamente para o sangue voltar a circular;
(2) Não deixar a língua do senhor enrolar e oferecer líquido para este beber;
(3) Afrouxar as vestes da vítima, manter em repouso e transportar para o hospital;
(4) Não sei responder.

Análise estatística descritiva quantitativa

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Gráfico 1 descreve os dados obtidos na questão 1 relacionando as variáveis encontradas numa escala de 0 a 10. Considerando que 0 não é importante ter o conhecimento e 10 é fundamental ter o conhecimento sobre suporte básico de vida.

O pronto reconhecimento e a estabilização precoce de traumas reduzem a perda sanguínea, aumentando a sobrevida das vítimas (MANTOVANI, 2006). O socorrista deve reconhecer a presença dessas lesões, definir a anatomia da lesão e proteger a vítima de futuras complicações (FRAME et al., 2007). O atendimento executado de forma correta e logo após o ocorrido possibilitará bom resultado na recuperação do trauma, no retorno às atividades da vida diária e na qualidade de vida do idoso (AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS, 1997).

Pergola e Araújo (2009) destacam que a falta de conhecimento representa um dos fatores que mais interferem no atendimento de pronto-socorrismo. Isso impede ou atrasa o socorro e o tratamento adequado, aumentando a vulnerabilidade da vítima idosa às consequências do trauma, como, por exemplo, à parada cardiorrespiratória.

O Gráfico 2 descreve os dados obtidos na questão 2, evidenciando que 33 idosos dos 46 entrevistados presenciaram acidente em seus locais de convívio com necessidade dos primeiros socorros.

O mecanismo de trauma mais frequente entre os indivíduos idosos é a queda, seguida por acidentes automobilísticos,  atropelamentos, acidentes por armas de fogo, queimaduras e maus-tratos (MANTOVANI, 2006). As quedas ocorrem predominantemente em ambiente domiciliar e estão relacionadas a atividades comuns da vida diária (MANTOVANI, 2006; SOUZA & IGLESIAS, 2002).

Essas ocorrências podem acontecer a qualquer momento em diversos locais, cabendo frequentemente à pessoa mais próxima daquela que experimenta o trauma, podendo ser o(a) companheiro(a), cuidador, irmãos, entre outros, a responsabilidade pelos primeiros atendimentos (KITCHENER & JORM, 2002).

O Gráfico 3 apresenta os resultados da questão 3, demonstrando que 24 dos 46 idosos desconhecem as intervenções corretas  mediante uma hemorragia por corte profundo.

Segundo Mantovani (2006), a principal causa de ferimentos e de hemorragias é proveniente de traumas. No caso de idosos, o risco de mortalidade é iminente, principalmente quando associada aos traumas. Estes podem ainda contribuir para que se desenvolvam complicações sistêmicas prejudiciais às funções vitais e dificultando seu retorno às atividades da vida diária.

Quando ocorre a perda de sangue em virtude de hemorragia, há desequilíbrio entre o volume de líquidos e o sistema cardíaco, levando ao choque hipovolêmico, que é a causa mais comum no acidente, quando a vítima tem grandes sangramentos e fica por muito tempo sem o atendimento primário (FRAME et al., 2011).

Este gráfico nos mostra os resultados da questão 4, demonstrando que 43 idosos não possuem conhecimento para uma intervenção mediante uma hemorragia por epistaxe.

Segundo Secchi et al. (2009), epistaxe é o sangramento da mucosa nasal, geralmente associada a hipertensão arterial sistêmica, traumas e coagulopatias. Entre as etiologias podemos encontrar agentes químicos e fatores climáticos. Perda das propriedades contráteis das artérias e da camada elástica em idosos explica um sangramento mais severo do que na população de jovens.
Já na questão 5, com relação às queimaduras, notamos que 34 idosos responderam corretamente os procedimentos dos primeiros socorros e 12 desconheciam os procedimentos corretos.

Queimaduras extensas são, de modo geral, associadas à alta letalidade, pois podem comprometer vias aéreas e ainda contar com o agravante de infecções “(...), a lesão por si não é caracteristicamente associada ao risco imediato de vida, mas os fatores já mencionados e que, quando tratados no local do acidente, podem diminuir a mortalidade das vítimas” (FRAME et al., 2011).
Vernon, 2001, descreve que:

As mortes por queimaduras são a quarta causa de morte acidental entre idosos, principalmente naqueles acima de 75 anos de idade. Cerca de 90% delas ocorrem no domicílio, sendo as chamas de fogo responsáveis pela maior parte das queimaduras e os líquidos ferventes, por 20% (apud LANGE, 2005, p. 71).

O Gráfico 6 apresenta os resultados da questão 6, com relação aos procedimentos corretos para o atendimento de uma fratura após um idoso sofrer uma queda da própria altura.

A queda é a lesão mais frequente, seguida pelo acidente automobilístico, atropelamento, ferimento por arma de fogo e arma  branca, entre outras (SOUZA & IGLESIAS, 2002). As quedas provocam importantes repercussões na vida dos indivíduos idosos, tanto diretamente como indiretamente, pois, quando não ocasionam lesões, geram uma cascata de eventos que, entre outros males, diminuem a capacidade funcional para realizar as atividades da vida diária e incrementam a susceptibilidade a doenças (KELLY, 2003). Cerca de 68,3% das lesões são fraturas, sobretudo de fêmur e quadril (GAWRYSZEWSKI et al., 2004).

A queda da própria altura é considerada um problema de saúde pública pela sua elevada frequência e, sobretudo, pelos efeitos diretos e indiretos sobre a saúde do indivíduo. Geralmente provoca lesões graves que incrementam o risco imediato ou prospectivo à vida dos indivíduos idosos, pois pode deteriorar o quadro de doenças estabelecidas e contribuir à mortalidade tardia (PARREIRA et al., 2010). Cerca de 30% a 50% dos indivíduos idosos experimentam pelo menos um episódio de queda a cada ano (PERRACINI & RAMOS, 2002).

As fraturas traumáticas, produzidas por grandes impactos como as quedas e os atropelamentos, representam uma grande porcentagem de fraturas em indivíduos idosos e altas taxas de morbidade. O atendimento de primeiros socorros no local do acidente é de fundamental importância para evitar o agravamento das lesões e possibilita um tratamento adequado e uma recuperação mais tranquila (GONZALEZ et al., 2009).

O gráfico 7 demonstra os dados obtidos com relação ao conhecimento sobre os sinais e sintomas evidentes de infarto agudo do  miocárdio.

Nakayama et al. (1994) relata que é possível encontrar um indivíduo idoso com hipertensão arterial sistêmica e acometido por  infarto agudo do miocárdio ou mesmo acidente vascular encefálico. Independente da situação, ocorre maior limitação na  reabilitação das doenças cardiovasculares, nesse período de vida, e por estes motivos os atendimentos iniciais a essas emergências se tornam fatores essenciais entre a vida e a morte.

O Gráfico 8 apresenta os resultados da questão 8, com relação aos procedimentos corretos para vítima de infarto.

Leitão et al. (2008) considera que o infarto é comum em ambiente doméstico, áreas públicas e privadas. Sendo assim, destaca a importância de medidas preventivas e assistenciais por parte de profissionais das áreas da saúde e da comunidade leiga no pronto atendimento. Salienta ainda que “o trauma e as doenças cardiovasculares (DCVs) integram as principais causas de morte em todos os continentes, sendo que, na América do Sul, o Brasil vem apresentando uma casuística preocupante no decorrer destas duas últimas décadas".

O gráfico 9 demonstra os dados obtidos na questão 9, com relação ao conhecimento dos idosos sobre os sinais e sintomas de acidente vascular cerebral.

Em 2005, a OMS relatou que o AVC matou 5,7 milhões em todo o mundo, sendo que 85% dessas mortes ocorrem em indivíduos com idade inferior a 70 anos (LEITE, 2009).

Em seu estudo, Leite (2009) relata que, após uma campanha sobre conscientização a respeito do AVC, o reconhecimento de sintomas e alertas aumentou, bem como, pelos serviços de emergência frente a suspeita de ocorrência do AVC. Sendo assim, espera-se que a procura imediata pelo atendimento especializado viabilize atitudes terapêuticas precoces e, com isso, possibilite minimizar ou evitar que sequelas ocorram. Completa ainda que, os esforços direcionados ao AVC devem estar voltados
mais especificamente para os idosos e “(...) saber detectar e relacionar os sintomas com a possibilidade de ocorrência do AVC previne consideravelmente o risco, evitando o óbito e a incapacitação.”

CONCLUSÃO

Atualmente o estilo de vida mais saudável dos idosos propõe a estes novos desafios e a exposição a ambientes diferenciados, e a busca pelas atividades em grupos de terceira idade. O convívio domiciliar, de lazer e recreativo proporciona maior contato e interação com o meio e com outros idosos, onde estes podem estar sujeitos a situações inesperadas de traumas, como uma queda, um desmaio ou mesmo um atropelamento em vias públicas. Sendo assim, o amigo idoso passa a ser a pessoa mais próxima e consequentemente tem a responsabilidade pelos primeiros socorros e pelo acionamento dos serviços de emergência.

Uma das mais importantes responsabilidades dos socorristas é acionar de forma rápida os serviços de emergência (192 SAMU ou  193 RESGATE) e em seguida iniciar os procedimentos de primeiros socorros, garantindo assim a preservação dos sinais vitais e evitando o agravamento das lesões até a chegada das equipes de apoio (GUIDELINES American Heart Association, 2010).
Apesar do aumento na prevalência e incidência de traumas no indivíduo idoso, poucos estudos buscam identificar fatores de risco  capazes de prever o aparecimento de complicações e a mortalidade nesse grupo etário. Tem sido atribuído que a mortalidade decorrente do trauma é mais elevada em decorrência de doenças preexistentes e do aparecimento de complicações após o trauma (PARREIRA et al., 2010).

Considerando que os primeiros socorros visam ajudar e minimizar os danos ocorridos, este presente estudo propôs um atendimento qualitativo, quando não se pode atuar por meio da tentativa de erros e acertos e, sim, mediante um atendimento igualitário a todos e com qualidade. Pôde-se observar com a coleta de dados que, em todos os casos abordados nas questões, houve números significativos de erros, o que pode implicar um atendimento inadequado às condições das vítimas.

Sendo assim, o amigo idoso, no papel de um socorrista (pessoa treinada), pode, numa situação de trauma e emergência, diminuir o sofrimento da vítima, tranquilizar essa vítima, diminuir as complicações do trauma, minimizar e/ou evitar sequelas, bem como acionar a assistência de emergência para que, com esses procedimentos, possa salvar muitas vidas, não só para seu amigo idoso, mas a vida de qualquer idade.

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