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Movimento e musicalidade dos Balcãs

Foto: Ariel Martini
Foto: Ariel Martini

Se cada cultura tem a sua própria maneira de se expressar, música e dança são elementos essenciais na construção dessa identidade. Tentando captar esses dois aspectos e torná-los acessíveis ao público, a professora e coreógrafa Betty Gervitz percorreu diversos países para realizar uma intensa pesquisa sobre danças e músicas étnicas, aprender como essas linguagens carregam o histórico de cada povo e misturar isso aos seus conhecimentos em dança e movimento corporal.

"Nessas minhas andanças pelo Mediterrâneo, pelo mundo árabe, judaico, cristão, cigano, Leste Europeu e tantos outros, ficou clara a importância de se comemorar as coisas boas e importantes da vida, dançando de forma comunitária e solidária", conta Betty. Ela ainda acrescenta que a dança étnica é para todos e pode ser praticada com muita ou pouca técnica, por diversos tipos de corpos. “Ela é a expressão da cultura pelo movimento e o que mais importa é estar com o grupo criando um sentimento de pertencer, de fazer parte, pois a dança promove a inclusão social.”, explica.

No dia 15 de dezembro, acompanhada pelos instrumentistas do grupo Mutrib, Betty Gervitz traz essa experiência para a Choperia do Sesc Pompeia, com a atividade Música e Dança de Roda dos Balcãs.

Nessa programação socializante e de integração, qualquer pessoa pode participar e “entrar” na roda, a qualquer hora e usando qualquer traje. As pessoas dançam de forma espontânea, sem restrições, por meio das danças étnicas características dos Balcãs.
O projeto foi criado em 2008 na capital paulista, em parceria com o músico Gabriel Levy, com o objetivo de aproximar o aluno das danças circulares tradicionais, da forma como elas são realizadas, isto é, nas praças, com os músicos no centro, e as rodas ao redor, revelando assim o sentido de unidade e de grupo que essa atividade pode oferecer. A atividade já aconteceu em diferentes locais, como o Centro Cultural São Paulo, Museu da Casa Brasileira e Fundação Ema Klabin.

Betty Gervitz é formada em Educação Física pela Universidade de São Paulo e em Fisioterapia pela Universidade Anhembi Morumbi; trabalhou por 12 anos como assistente do professor e coreógrafo Ivaldo Bertazzo e criou, com André Trindade, psicólogo e psicomotricista, o Estúdio A&B, espaço dedicado ao movimento, precursor das danças étnicas em São Paulo. Foi lá que criou e desenvolveu sua linha de trabalho, que é a somatória de suas pesquisas na área de dança e música.


Mutrib. O grupo reúne seis instrumentistas do cenário musical paulistano e apresenta repertório multicultural. É formado por Mário Aphonso III (sax alto, tenor, flauta, ney, nay e kaval), Beto Angerosa (derbak, bendir, caixa e efeitos), Valéria Zeidan (daff, frame-drums, bendir e castanholas marroquinas), Éder “O” Rocha (davul), Gabriel Levy (acordeom) e Deivid Peleje (tuba). 

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