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Divulgadas obras selecionadas para a 12ª Edição da Bienal Naïfs do Brasil

Das 726 obras inscritas, foram selecionadas 106 para a mostra de 2014, sendo 4 Prêmios Destaque-Aquisição, 5 Prêmios Incentivo e 12 Menções Especiais. Evento tem abertura marcada para 7 de agosto e propõe extrapolar os limites da estética tradicional para descobrir novos caminhos na produção popular

Após três dias de trabalho intenso, o júri, formado por Antônio Santoro Junior, Kelly Cecília Teixeira, Oscar D’Ambrosio e Valdeck de Garanhuns, definiu as obras participantes e ganhadoras dos prêmios Destaque-Aquisição, Incentivo e Menção Especial.

Realizada pelo Sesc São Paulo desde 1992, na Unidade de Piracicaba, a Bienal Naïfs do Brasil foi criada com o intuito de privilegiar a participação dos artistas plásticos produtores de obras enquadradas na categoria de arte ingênua, espontânea, instintiva, popular, naïf ou naïve, que em sua maioria as concebem de maneira autodidata.

Em 2014, o evento chega a sua 12ª edição com a proposta de preservar este território de ideias, além de extrapolar os limites físicos do Sesc Piracicaba com instalações, intervenções e apresentações artísticas na cidade (vídeo mapping, dança, DJ’s, ateliês abertos), difundindo assim a diversidade cultural do nosso povo.

A edição deste ano, traz ainda maior representatividade de outros suportes e técnicas além das tradicionais telas e pinturas: esculturas, gravuras, bordados, tecelagem, entre outros, a fim de representar, mais fielmente, a variedade de técnicas e possibilidades de expressão naïf e popular produzida no Brasil todo.

A curadoria deste ano está sendo realizada pelo pernambucano Diógenes Moura, escritor, editor e curador de fotografia independente que, entre 1998 e maio de 2013, foi Curador de Fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

As inscrições foram encerradas dia 13 de abril e o número de inscritos foi 36% maior do que a última edição realizada em 2012. Ao todo foram 726 obras de 363 artistas que representam 23 estados distribuídos em todas as regiões do país.

No trabalho de seleção, o júri escolheu para esta edição 106 obras de 81 artistas de 16 estados do Brasil.

Sobre a Bienal Naïfs
A Bienal originou-se das mostras anuais realizadas pelo Sesc Piracicaba, no período de 1986 a 1991, sempre com o propósito primordial de valorizar e divulgar essa vertente artística fortemente marcada por elementos que caracterizam a cultura popular brasileira.

Uma das principais referências do gênero artístico, promove a integração entre artistas, pesquisadores, colecionadores e galeristas – além de educadores e estudantes, com a finalidade de ampliar conhecimentos e garantir o debate acerca da produção visual no país.

Em suas últimas edições buscou abarcar a diversificação do que se conhece como estética naïf tradicional, por meio da seleção de obras que contemplam a variedade da confecção popular e até a reutilização de materiais, um realinhamento do propósito primitivo-moderno que caracteriza a arte ingênua.

A seguir, você pode ver a lista de obras selecionadas:

(se preferir, você pode fazer o download da lista clicando aqui)

 

Curador: Diógenes Moura

Nascido em Recife – PE, Diógenes Moura é escritor, editor e curador de fotografia independente. Publicou o livro São Paulo de Todas as Sombras, edição que reúne fotografias Lucia Guanaes e Marc Dumas e contos/polaróides urbanas de sua autoria. Entre 1998 e maio de 2013 foi Curador de Fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo onde realizou exposições, reflexões sobre o pensamento fotográfico e possibilitou o reconhecimento do acervo do museu como um dos mais importantes da América Latina, hoje com cerca de 700 imagens de fotógrafos brasileiros. Foi eleito o Melhor Curador de Fotografia do Brasil pelo Sixpix/Fotosite, em 2009. No ano seguinte recebeu o prêmio APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte - de melhor livro de contos/crônicas com Ficção Interrompida – Uma Caixa de Curtas (Ateliê Editorial). Em 2012 foi curador de mostras importantes como Andy Warhol – Superfície (Museu da Imagem e do Som São Paulo).

 

Juri

Corpo de Júri da 12ª Bienal Naïfs do Brasil. Da esquerda para a direita: Kelly Cecília Teixeira, Antônio Santoro Junior, Oscar D’Ambrosio e Valdeck de Garanhuns.

Antônio Santoro Junior
Paulistano, professor de Estética e História da Arte há mais de 30 anos no Centro Universitário Belas Artes, ex Faculdade de Belas Artes de São Paulo (FEBASP); crítico de Arte da Associação Internacional de Críticos de Arte - AICA -, Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA - e Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Museólogo, vem desenvolvendo, além do magistério, um trabalho de crítica, apresentação de artistas, juri de Salões em São Paulo e no interior, curadorias de exposições, entre as quais o Salão Paulista de Arte Contemporânea na Casa das Rosas em São Paulo, em julho de 2008. Graduado em Artes Plásticas, Educação Artística e Artes Industriais; curso de pós-graduação em História da Arte Brasileira e mestre em Educação e Artes com a dissertação: “Tensões e Contradições no Conceito de arte: um desafio para o ensino das Artes”.

Kelly Cecília Teixeira
Artista plástica e arte-educadora, graduada em Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. É pós-graduada em "Fundamentos da Cultura e das Artes" pela Universidade Estadual Paulista e cursa atualmente a pós-graduação "Educação em Museus e Centros Culturais" pelo Instituto Singularidades, SP. Tem realizado diversos eventos na área de produção cultural, com realização de exposições e projetos na área de artes visuais e trabalha como arte-educadora em escolas, projetos sociais e oficinas desde 1999. Tem experiência na área de educação e museologia. Atua na área artístico-cultural no Sesc São Paulo desde 2008, coordenando atualmente a Ação Educativa da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia.

Oscar D’Ambrosio
Jornalista, mestre em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é crítico de arte e integra a Associação Internacional de Críticos de Artes (Aica - Seção Brasil), a Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) e a União Brasileira de Escritores (UBE). Bacharel em Letras (Português e Inglês), publicou, entre outros, Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus (Editora Unesp) e Mito e Símbolos em Macunaíma (Editora Selinunte). Escreveu para a coleção “Contando a Arte de...”, da Editora Noovha América, livros sobre os artistas plásticos Adelio Sarro, CACosta, Claudio Tozzi, Jocelino Soares, Maroubo, Ranchinho, Peticov e Waldomiro de Deus.

Valdeck de Garanhuns
Artista polivalente, faz de sua arte um instrumento de divulgação de nossa cultura. Mamulengueiro, poeta, compositor, ator e artista plástico. Suas obras integram inúmeras coleções particulares e o acervo do Museum Für Völkerkunde em Frankfurt na Alemanha, America's Chamber of Commerce de Nova Iorque e Brasilian American Cultural Institute de Washington, EUA.

 

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