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O passado, o antigo e o moderno

Os livros escolares ensinam que o Brasil foi descoberto em 1500. Será? Quando os portugueses desembarcaram aqui, fizeram logo contato com os nativos silvícolas que, em tese, teriam sido os descobridores do lugar. Será? “O Brasil de Antigamente”, matéria de capa da revista Problemas Brasileiros, mostra que sítios arqueológicos em pontos diversos do país testemunham a presença do Homem há milhares de anos, achados que começam a trazer à tona informações relevantes e ainda pouco conhecidas que devem, inexoravelmente, mudar o enredo de nossa história.

O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, atualmente uma área de caatinga, abriga ossadas de animais e vestígios humanos de uma época que se perde no tempo. Ferramentas de pedra encontradas naquela região foram feitas pelo Homem e têm entre 33 mil e 58 mil anos. A descoberta colocou em xeque as teorias sobre o povoamento nas Américas, que consideravam uma migração única partindo da Europa e atravessando o Estreito de Bering. A hipótese mais aceita hoje é que as ondas migratórias mais antigas vieram da África para o nordeste do Brasil.

O passado intriga, já o antigo desperta a cobiça. Nunca em tempo algum os brasileiros caíram de amores como agora por veículos automotores nacionais e estrangeiros montados 50, 60, 70 ou mais anos atrás. Modelos que saíram de linha quando muito dos aficionados de hoje ainda não tinham nascido, mas que, de acordo com a reportagem “Relíquias sobre Rodas”, ganham terreno e dão vida a um segmento que cresce como uma bola de neve, a exemplo do que acontece em algumas outras nações, especialmente nos Estados Unidos.

Um avanço quase irrefreável que encontra paralelo no modo como o mundo vai aderindo à moderna tecnologia dos drones, veículos aéreos não tripulados (VANTs) de uso civil e militar, e cujo uso se expande rapidamente, conforme mostra a matéria “É um Pássaro? É um Avião?” Em março deste ano, milhões de pessoas em todo o mundo viram um drone travestido de águia, o símbolo da Portela, voar no sambódromo acompanhando de cima o desfile dos componentes daquela tradicional escola de samba. Por baixo da fantasia da ave de rapina havia um veículo aéreo de 4,5 quilos.

Boa leitura!

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo 
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac