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A diferença que a tecnologia faz

Você apostaria em um país mergulhado numa guerra sangrenta e listado entre os mais pobres do mundo, com infraestrutura praticamente nula, dono de poucos recursos naturais e com um povo sem instrução? Miserável financeiramente, com índice de desenvolvimento próximo de zero e sem forças para se desvencilhar dessa situação de penúria? Essa era a situação da Coreia do Sul em meados do século passado, período em que, apoiada pelos Estados Unidos, guerreava contra a comunista Coreia do Norte, que era ajudada pela extinta União Soviética, quase um relato de ficção, um cenário que não permitia mesmo aos mais otimistas dos nativos sonhar com dias melhores. A despeito do tamanho do abismo, entretanto, a nação dos sul-coreanos, um pedaço de terra de quase 100 mil quilômetros quadrados, conseguiu ressurgir das cinzas e ocupar, poucas décadas depois, um lugar de realce entre as maiores economias do planeta. A reportagem de capa focaliza essa incrível volta por cima, retratando em detalhes como um país saiu do nada para a condição de potência de primeira grandeza, geradora de tecnologia de ponta e berço de empresas de projeção mundial.

Avanço técnico como o experimentado pelos coreanos é condição sine qua non para a modernidade, mais ou menos como acontece na atualidade com Pato Branco, no Paraná, uma comunidade de aproximadamente 80 mil pessoas que se sobressai pela expressiva pontuação nos quesitos criatividade, educação, empreendedorismo e inovação. O município é conhecido por dar abrigo a dezenas de pequenas empresas de tecnologia da informação e de produtos eletrônicos, e por oferecer aos jovens cursos universitários ligados a essas duas áreas, segundo a matéria “Estímulo à Criatividade”. Afora isso, a municipalidade local criou um parque tecnológico com vistas a atrair novos investimentos para a cidade.

A tecnologia, definitivamente, é capaz de mudar cenários. A internacionalização da empresa brasileira, com a consequente abertura de filiais no estrangeiro, dá uma boa dimensão da importância para o país da qualificação técnica de parte de seu segmento empresarial. Na reportagem “O Salto das ‘Multis’ Nacionais”, Problemas Brasileiros retrata os exemplos de destacados grupos que investem lá fora com a mesma disposição como atuam no mercado interno, uma característica de empreendedores efetivamente antenados com as peculiaridades de um mercado cada vez mais globalizado.

Boa leitura!

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo 
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac