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Dançando com a terceira idade

Foto: Lenise Pinheiro
Foto: Lenise Pinheiro

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ADRIANO VOLNEI ZAGO (1)
ALINE SOARES DA SILVA (2)

RESUMO: 

A cidade de São Paulo com sua dinâmica de cultura e lazer é explorada neste texto através de uma vertente particular: a articulação comportamental das pessoas da Terceira Idade que freqüentam salões de baile. Em geral, para os grupos de Terceira Idade, a cidade oferece diversas opções de atividades, de entretenimento, de convivência e de troca de experiências em comum. Neste contexto, os bailes da Terceira Idade podem representar um campo interessante e fértil para análise, à medida que se constituem em pontos de encontro e amizade.

Reconhecendo nos salões de baile uma “forma de apropriação do espaço, tendo como referência a articulação de vínculos já existentes” conforme Magnani (2000:39) – neste caso, a idade – podemos dimensionar o nosso objeto de estudo como um pedaço. O campo foi recortado de maneira a estabelecer uma possibilidade de análise e, assim sendo, dentre os inúmeros salões de baile espalhados por todas as zonas da cidade, especificamente optamos por dois deles para trabalho de campo: os Clubes Carinhoso e Cartola1.

As idas aos bailes serviram para abandonarmos algumas pré-noções e para a construção de novos alicerces de entendimento deste grupo: pessoas felizes e saudáveis buscando novas formas de sociabilidade – amizades e/ou relacionamentos amorosos – com o objetivo de vencer a solidão, a depressão, as doenças e o medo da morte; pessoas que valorizam e têm orgulho da sua experiência de vida, mas que não vivem em uma redoma de nostalgia e saudade; pessoas ativas, que seguem tendências atuais, seguem modas e têm preocupações com o corpo e a aparência física.

Palavras-chave: dança; cultura; integração

(1) Graduando em ciências sociais da Universidade de São Paulo/USP.
(2) Graduando em ciências sociais da Universidade de São Paulo/USP.