Sesc SP

Matérias da edição

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Notas da Programação

foto: Ed Figueiredo
foto: Ed Figueiredo




Novo Número
A nova edição Revista Mais 60 já está disponível gratuitamente para download.  De periodicidade quadrimestral, a revista propõe ampliar as reflexões sobre o envelhecimento. Nesta edição, os artigos abordam temas como moda, saúde, atividade física e sociabilidade. O historiador francês Roger Chartier é o entrevistado deste número 61 da revista que conta ainda com ensaio do fotógrafo Rafael Costa.
A nova edição da Mais 60 poder ser baixada no link: http://bit.ly/1F2RCkL



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Cultura Nerd  para todos
Em sua segunda edição, a conferência Nerd da Zona Sul – NerdCon trouxe o universo dos videogames para o Sesc Interlagos nos dias 21 e 22 de março. A proposta foi inserir tanto o público leigo quanto os adeptos da cultura nerd na era dos jogos digitais. As atividades incluíram maratona de games, concurso de cosplay e corrida, com várias intervenções durante o percurso. Os jogos digitais têm se tornado mais populares desde a década de 1970, após a criação do famoso console Atari e do jogo Pong. Atualmente, são também muito usados em dispositivos móveis, como celulares e tablets, disseminando a prática entre pessoas de todas as idades.


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Frases
“É preciso entender que o corpo é uma máquina. Essa disciplina é necessária para encarar as tarefas da performance.”
Marina Abramovic, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. A artista está com a exposição Terra Comunal em cartaz no Sesc Pompeia até 10 de maio

“Puzzle (d) segue sobre a solidão de nossa língua. Sobre o isolamento dos países da América Latina. Sobre o solipsismo dos seus poetas.”
Felipe Hirsch, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. O diretor esteve em cartaz no Sesc Vila Mariana com a peça Puzzle (D)


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Cinema contemporâneo
Na terceira edição da Mostra Tiradentes, em cartaz em março no Sesc Consolação, o público pôde conferir lançamentos e novidades do cinema brasileiro em longas e curtas-metragens. O evento contou com a presença de profissionais de vários estados do país, que participaram de debates e ações de formação para discutir os processos audiovisuais de criação. Entre as atividades, a mostra realizou a pré-estreia nacional dos documentários A Revolução do Ano, de Diogo Faggiano, e Ressurgentes: Um Filme de Ação Direta, de Dácia Ibiapina.


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Vida saudável
O Dia Mundial da Saúde corresponde à data de criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 7 de abril de 1948. Com o intuito de alertar a sociedade sobre questões essenciais da agenda da saúde pública e estimular a busca de ações para a melhoria da qualidade de vida, o Sesc promove, a partir do dia 7, atividades que discutem o tema proposto pela OMS para este ano: segurança dos alimentos. A programação acontece em todas as unidades do Sesc, intensificando atividades educativas, físicas e culturais que possibilitem uma vida mais saudável.


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Junto e misturado
Nos domingos de março, o Sesc Itaquera promoveu o Forró For All, evento dedicado a esse ritmo, com shows de Alceu Valença, João Ormond e da banda Bicho de Pé, além de atividades de dança. Acredita-se que a palavra “forró” tem origem no aportuguesamento da expressão inglesa “for all” (para todos), utilizada nos convites para os bailes organizados pelos ingleses instalados em Pernambuco nos anos de 1930. Hoje, o ritmo se espalhou pelo Brasil e representa um foco de preservação e resgate da identidade cultural nordestina.


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O Brasil  na TV
O mês de abril será de estreias no SescTV. No dia 11, o documentário Pernamcubanos, o Caribe que nos Une, de Nilton Pereira, mostra as identidades culturais e religiosas de matriz africana de Cuba e Pernambuco. Já no dia 15, será a vez do musical Waly Salomão – Poesia Total, um tributo ao poeta gravado no Sesc Vila Mariana em 2014. O terceiro é o documentário Baré: Povo do Rio, com direção de Tatiana Toffoli e produção do SescTV, que estreia no dia 19. O filme conta a história dos índios Baré, tribo que vive ao longo dos rios Xié e Negro, na Amazônia.



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A cidadela da liberdade
Conjunto arquitetônico do Sesc Pompeia é tombado pelo Iphan em reconhecimento aos seus valores técnicos e estéticos


O ano era 1973, e a antiga fábrica de tambores da Pompeia, até então abandonada, começava o percurso de transformação em centro de lazer da região. A arquiteta Lina Bo Bardi, também conhecida pelos projetos do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e do Teatro Oficina, foi convidada em 1976 a desenvolver o conceito e o passo a passo da revitalização. A proposta era ousada e previa a ressignificação da fábrica, símbolo da industrialização e do trabalho automatizado, para que se tornasse um espaço de convivência e liberdade cultural para a população local.

O reconhecimento da proposta veio em março deste ano, com o tombamento do conjunto arquitetônico do Sesc Pompeia, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).“Em 2009, o Sesc Pompeia já havia sido tombado pelo Conpresp como patrimônio da cidade de São Paulo. São reconhecimentos importantes do espaço de encontro, troca e convivência que marca a arquitetura do Sesc Pompeia e, de igual modo, a ação do Sesc em todas as suas 36 unidades”, diz o diretor regional do Sesc Danilo Santos de Miranda. E completa: “Como é da ação do Sesc, o projeto arquitetônico traduz espacialmente a proposta de integrar atividades artísticas, esportivas, de alimentação e de promoção do bem estar com vistas a democratização do acesso, efetivamente”, afirma.

Na década de 1970, a fábrica já era palco de manifestações culturais autônomas. Jovens se reuniam para jogar futebol, famílias promoviam churrascos aos sábados e eram organizados bailes da terceira idade. O local funcionava como espaço de lazer por demanda dos moradores do bairro, mas precisava ser mais bem equipado e transformado em um novo centro esportivo e de lazer. A obra, então, foi menos estrutural e mais sensorial, dividida em duas etapas.

A primeira foi o centro de lazer nos antigos galpões, concluída em 1982. Os blocos esportivos vieram depois, inaugurados em 1986. Lina projetou a estrutura de concreto dos dois blocos. Para ligar um ao outro, a arquiteta desenhou passarelas que abriram vãos nas paredes dos prédios, criando, assim, uma ventilação natural que traz leveza ao concreto.

Um marco na arquitetura brasileira, o Sesc Pompeia é agora integrado ao patrimônio cultural nacional por seus valores técnicos e estéticos. Para o Iphan, o complexo da Pompeia se tornou uma referência arquitetônica nacional e internacional e um dos mais importantes centros de convivência e de cultura da cidade de São Paulo.




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