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Um mundo de conteúdos

Praça de histórias, presença do Sesc na Bienal do Livro / Foto: Adalto Perin
Praça de histórias, presença do Sesc na Bienal do Livro / Foto: Adalto Perin

Por: HERBERT CARVALHO

Uma editora de livros direcionados para diversas áreas do conhecimento, com ênfase em artes e ciências humanas. Assim são as Edições Sesc São Paulo, que têm uma característica ímpar como uma das principais fontes de geração de conteúdos, aliada à programação sociocultural voltada ao lazer e às artes da rede de 34 unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc), espalhadas pela capital e interior do estado de São Paulo.

O resultado desse trabalho – que se insere na proposta do Sesc de sublinhar a educação não formal e permanente como ferramenta para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva – pode ser avaliado pelos 140 títulos publicados desde 2007, quando as Edições Sesc São Paulo iniciaram suas atividades com a publicação do livro O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski, 1959 – 1969, em coedição com a Editora Perspectiva. Trata-se de uma coletânea de textos do encenador polonês – um dos mais importantes diretores e teóricos teatrais do século 20 – que desenvolveu o exercício dramatúrgico continuado e propôs uma ética do ator como sujeito de experiências autênticas.

Seguiram-se outras obras, com ênfase em duas vertentes: artes e ciências humanas. Na primeira delas, além de teatro e dança, as edições abrangem fotografia, cinema, música, arquitetura e urbanismo, artes visuais, ficção e crônicas. Aqui se incluem publicações da série Sesc_Videobrasil, que retratam as edições do Festival Internacional de Arte Eletrônica Sesc_Videobrasil, realizado a cada dois anos. Na segunda vertente, os livros versam sobre filosofia, sociologia, antropologia, história, educação e terceira idade.

Vários dos livros já publicados pelas Edições Sesc São Paulo receberam o Prêmio Jabuti, considerado o mais importante do mercado editorial brasileiro. Em 2008, Ensaios sobre o Medo, organizado por Adauto Novaes e coeditado com a Editora Senac São Paulo, recebeu, pelo trabalho da designer Moema Cavalcanti, o primeiro lugar na categoria Melhor Capa.

No ano seguinte, Cidade dos Deitados, de autoria de Heloisa Prieto e com ilustrações de Elizabeth Tognato, publicado em parceria com a editora Cosac Naify, recebeu o segundo lugar na categoria Livro Juvenil, mesma posição obtida na categoria Artes em 2011 por Joseph Beuys – A Revolução Somos Nós, coeditado com a Associação Cultural Videobrasil.

Em 2013, dois títulos foram laureados na 55ª edição do Prêmio: Mutações: Elogio à Preguiça, sob a organização de Adauto Novaes, ganhou em primeiro lugar na categoria Ciências Humanas, e o primeiro volume de História do Teatro Brasileiro, organizado por João Roberto Faria, foi contemplado com o segundo lugar na categoria Artes e Fotografia.

Em 2014, o livro Cidadela da Liberdade: Lina Bo Bardi e o Sesc Pompeia ficou em terceiro lugar na categoria Arquitetura e Urbanismo. Organizado por André Wainer e Marcelo Ferraz, comemorou os 30 anos da inauguração da unidade do Sesc, erguida a partir de uma antiga edificação industrial, e o centenário de nascimento da arquiteta modernista italiana radicada no Brasil. O livro Cenografia Brasileira: Notas de um Cenógrafo, de autoria de José Carlos Serroni, ganhou primeiro lugar na categoria Artes e Fotografia.

Música e outras artes

O ano de 2014 foi de intensa atividade para as Edições Sesc São Paulo. No mês de agosto, durante a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que teve o Sesc São Paulo como curador da programação cultural do evento, o estande da editora foi palco de atrações musicais, contação de histórias, intervenções poéticas e literárias, debates e lançamentos.

Com a participação do radialista Moisés da Rocha – responsável pelo programa O Samba Pede Passagem, na rádio da Universidade de São Paulo (USP) – e do sambista carioca Nelson Sargento, da Escola de Samba Mangueira, ocorreram as intervenções sonoras intituladas Cartola – Causos, Notas e Canções. Sobre Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), a editora tem em seu catálogo o livro Cartola – Semente de Amor Sei que Sou, desde Nascença, de Arley Pereira.

Ainda na seara musical, foi lançado O Livro do Jazz – De Nova Orleans ao Século XXI, parceria com a Editora Perspectiva, de autoria de Joachim-Ernest Berendt e Günther Huesmann. Com características de enciclopédia atualizada sobre o tema, a obra, lançada originalmente em 1953, foi apresentada ao público da Bienal pelo crítico Carlos Calado. Outro destaque do estande foi o lançamento de Gesto Orientado - Reeducação do Movimento, terceiro livro da trilogia sobre o método de Ivaldo Bertazzo. Os volumes anteriores foram Corpo Vivo (2010) e Cérebro Ativo (2012).

Também no mundo da música, mas sob um viés mais técnico, a editora uniu-se no ano passado à Imprensa Oficial e ao Instituto Moreira Salles para lançar dois conjuntos de partituras de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897-1973). Outras Pautas reúne 44 arranjos orquestrais feitos pelo autor para suas próprias composições, inclusive a mais famosa delas, Carinhoso. As adaptações ocorreram em 1947, quando Pixinguinha assumiu a direção musical do programa O Pessoal da Velha Guarda, veiculado pela Rádio Tupi, que, como as principais emissoras da época, dispunha de orquestra para acompanhar as transmissões, feitas ao vivo. Do total de arranjos publicados, 32 possuem gravações originais disponíveis ao público. Já O Carnaval de Pixinguinha traz 25 arranjos concebidos nos anos 1950 e reunidos parcialmente nos discos Carnaval da Velha Guarda e Assim é que é.., que permitem aquilatar o brilho do arranjador. Os dois conjuntos constituem novas etapas do trabalho feito junto ao acervo do músico, que está sob a guarda do Instituto Moreira Salles e já havia rendido uma publicação anterior, Pixinguinha na Pauta (2010).

Quando o assunto é cinema, as Edições Sesc São Paulo igualmente se fazem presentes. Lançada em 2009 em parceria com a Editora Cosac Naify, a Caixa Paulo Emílio traz um livro de autoria do historiador de cinema Paulo Emílio Sales Gomes sobre a vida de Jean Vigo (1905-1934) e inclui dois DVDs com a filmografia completa desse cineasta francês. Em 2012 foram três os títulos dedicados ao segmento: Enciclopédia do Cinema Brasileiro, em parceria com a Editora Senac São Paulo; Tutto Fellini, catálogo da exposição realizada pelo Sesc São Paulo e pelo Instituto Moreira Salles sobre a obra do diretor italiano Federico Fellini, e O Palhaço, roteiro do filme homônimo estrelado e dirigido por Selton Mello.

Filosofia e morada

Em 2013, novamente em parceria com a Editora Cosac Naify, o livro Eduardo Coutinho (1933-2014), organizado por Milton Ohata, homenageou os 80 anos do célebre documentarista. A obra reúne dois ensaios, dez entrevistas e 39 textos de crítica escritos pelo cineasta para o “Jornal do Brasil”, na década de 1970. Na segunda parte, depoimentos de colaboradores contam como era filmar com o diretor de Cabra Marcado para Morrer

Dois lançamentos no ano passado contemplaram a área de fotografia, focando em polos diversos e opostos da realidade brasileira. Carlos Moreira – São Paulo traz imagens da maior metrópole brasileira, registradas ao longo de quatro décadas, entre 1960 e 2000. Céu de Luiz – 100 anos de Gonzaga trafega pelo sertão nordestino para homenagear o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. As fotos são de Tiago Santana e os textos, de autoria do jornalista e escritor Audálio Dantas, abrangem os principais momentos da vida do compositor e instrumentista. No catálogo estão presentes também Geração 00, que apresenta os novos fotógrafos brasileiros e Geraldo de Barros: Isso, focando o multiartista expoente do modernismo no Brasil que se destacou, sobretudo, na fotografia.

Nas artes cênicas, Hierofania – O Teatro Segundo Antunes Filho, de Sebastião Milaré, que discute o método do diretor do Grupo Macunaíma e do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), foi o vencedor do prêmio de melhor publicação dedicada ao universo teatral, da Cooperativa Paulista de Teatro, em 2010. Já Cenografia Brasileira – Notas de um Cenógrafo é obra na qual J. C. Serroni resgata a memória da produção cenográfica no país.

Em 2014 três obras do filósofo e psiquiatra italiano Mauro Maldonato foram lançadas: Da Mesma Matéria que o Sonho – Sobre Consciência, Racionalidade e Livre Arbítrio é uma coletânea de artigos publicados originalmente nas revistas “Scientific American do Brasil” e “Mente e Cérebro”; Passagens de Tempo é um ensaio permeado de prosa e poesia e A Subversão do Ser estuda a identidade e sua fragmentação pelas exigências pós-modernas.

Significativo foi também o lançamento de três alentadas brochuras que traçam o panorama histórico de uma epopeia: a construção de moradias populares no Brasil, desde seus primórdios na Primeira República (1889-1930) aos dias de hoje. Resultado de 17 anos de pesquisas e estudos realizados na USP e coordenados pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, Os Pioneiros da Habitação Social traz uma análise original, amparada em farta e inédita documentação gráfica e fotográfica, constituindo-se na mais ampla e completa obra já publicada sobre o tema no país.

Coeditados pela Fundação Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os três volumes são: 1- Cem Anos de Política Pública no Brasil; 2- Inventário da Produção Pública no Brasil entre 1930 e 1964 e 3- Onze Propostas de Morar para o Brasil Moderno. O primeiro volume é de autoria exclusiva de Bonduki e os outros dois são dele e da arquiteta e urbanista Ana Paula Koury. O segundo volume contém um relato sobre a comunidade Brasílio Machado Neto, em Suzano (SP). Trata-se de um conjunto de casas construídas em terreno de propriedade do Sesc pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC), em 1958.

Celebrando a vida e a morte

No dia 10 de março último, no Sesc Pompeia, na capital paulista, as Edições Sesc SP oficializaram o lançamento do livro Quando Marina Abramovic Morrer, uma biografia inédita da artista sérvia escrita pelo jornalista inglês James Westcott. No mesmo dia, como parte da maior retrospectiva da artista na América Latina, foi aberta a exposição Terra Comunal, que se estendeu até 10 de maio, com três instalações (caso de “The Artist Is Present”, apresentada em 2010, no Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York, em que Marina permaneceu sentada com uma cadeira vazia à sua frente, 8 horas por dia, durante três meses, aguardando o público que iria fitá-la), vídeos históricos e oito encontros com o público. Em 336 páginas, Westcott conta a história da homenageada desde a sua infância, em Belgrado, ao iniciar seus estudos, até o reconhecimento internacional como uma das maiores celebridades da performance no mundo.

E como isso foi feito? Por meio de um minucioso trabalho de entrevistas, entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2009, pesquisa em arquivos pessoais (ela nunca joga nada fora) e de instituições e galerias de arte, Westcott teve acesso a informações privilegiadas para o desenvolvimento do texto. Com total liberdade para oferecer sua visão sobre a vida e o trabalho da artista, ele ouviu mais de 60 pessoas que conviveram com Marina, hoje aos 68 anos, para remontar os anos de iniciação na ex-Iugoslávia, a relação turbulenta com os pais (especialmente com a mãe), o começo da carreira na universidade, onde principiou suas primeiras experimentações que levavam seu corpo e sua arte ao limite (muitas vezes arriscando a própria vida) até os dias atuais.

É bem por isso que a capa de Quando Marina Abramovic Morrer traz o desconcertante testamento redigido pela artista, com uma descrição detalhada de como deverá ser a cerimônia fúnebre em sua homenagem. O documento revela que Marina fará de sua despedida uma performance celebrando a vida e a morte. Autoproclamada avó da performance e uma das artistas pioneiras de sua geração que continua sendo considerada de vanguarda, Marina produziu traumáticas e elevadas obras de arte, como deitar em uma estrela de cinco pontas em chamas até perder a consciência; permanecer obstinadamente passiva durante seis horas enquanto alguns dos presentes faziam o que quisessem com ela, e cortar um pentagrama em seu abdômen antes de chicotear-se e deitar-se nua em uma cruz feita de gelo.

Westcott não se furtou de relatar em seu livro o intenso e longo relacionamento de Marina com o artista alemão Ulay. Eles passaram anos juntos, inclusive morando numa van, e se despediram, em 1986, com uma última performance, após 12 anos de colaboração na vida e na arte, ao percorrer a Grande Muralha da China a partir de extremidades opostas, até que, 90 dias depois, encontraram-se no meio e se despediram um do outro. Questionada sobre o trabalho de Westcott, ironicamente Marina respondeu: “Eu nunca mais deixarei ninguém escrever minha biografia novamente”. “Nós rimos”, conta o autor. “Embora ela estivesse falando sério”, diz.

Assim como Marina Abramovic, o mineiro Sábato Magaldi também mereceu especial atenção das Edições Sesc SP com o livro Amor ao Teatro, lançado, no dia 24 de março, no Teatro Anchieta do Sesc, no bairro da Consolação, em São Paulo, obra que reproduz 783 textos (críticas teatrais) escritos por ele entre 1966 e 1988 nos jornais “O Estado de S. Paulo” e “Jornal da Tarde”. Primeiro volume de uma coleção dedicada à crítica de arte, na realidade um compêndio de 1.224 páginas, o extenuante trabalho contou com a decidida colaboração da escritora gaúcha Edla van Steen (pesquisa, seleção e organização), companheira de teatro e esposa de Magaldi (assessorada por José Eduardo Vendramini, ela respondeu pela coleta de todo o material, muitas vezes não disponível no formato digital). Edla parecia prever a produção de Amor ao Teatro, tendo, em 1982, presenteado o marido com a cópia de tudo o que ele havia escrito até então e que a Biblioteca Mário de Andrade dispunha em microfilme.

Ensaísta, historiador, professor, teatrólogo, imortal pela Academia Brasileira de Letras desde 1994 e autor de mais de uma dezena de livros focados essencialmente no teatro, Sábato escreveu sobre obras dirigidas por nomes seminais da arte de representar no Brasil, a exemplo de Antunes Filho, Antônio Abujamra e José Celso Martinez Corrêa. E opinou sobre artistas de renome como Dercy Gonçalves, Fernando Torres e Gianni Ratto, e os contemporâneos Gerald Thomas, Miguel Falabella e Wolf Maia, recontando toda a história do teatro brasileiro, amalgamada com a história do país, dos anos de chumbo à abertura democrática. “A crítica continua tendo relevância para a evolução dos movimentos que surgem a todo instante”, observa Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo. Ele ressalta que a crítica, no caso, não exerce um papel de rechaçar ou de tentar moldar os fazeres artísticos. “Seu papel é o da reflexão, do embasamento teórico, histórico e prático, que faz do crítico um elemento necessário, um ponto de referência ao desenvolvimento das artes.”

No livro, encontram-se compilações de críticas teatrais das maiores obras do teatro brasileiro, caso de O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, dirigida por José Celso e com figurino de Hélio Eichbauer. E há críticas das peças Inspetor Geral, de Nikolai Gogol (1966), La Moschetta (1967), A Comedia Atômica e Zumbi (ambas de 1969), O Aniversário da Mãe (1980) e Malasangre (1987), todas dirigidas por Augusto Boal, seu amigo pessoal. Sábato retratou o teatro brasileiro com suas análises fundamentadas e precisas e, de uma forma ou de outra, contribuiu diretamente para a evolução da cenografia nacional. E isso ficou evidenciado na sua crítica ao espetáculo Comigo me Desavim, da cantora Maria Bethânia, dirigida por Fauzi Arap, e estrelada no Teatro Ruth Escobar, em 1968, em que ele demonstra a faceta minuciosa do crítico. Mesmo depois de todos os elogios dirigidos ao diretor e à cantora, tratando-a como “a primeira one woman-show brasileira da estirpe de Marlene Dietrich e Judy Garland”, não deixa de fora uma análise negativa feita à regulagem imperfeita do amplificador e à escassez do sistema de iluminação utilizado. Basta ao leitor se enveredar pelas páginas de Amor ao Teatro para notar o estilo direto, sincero e verdadeiro do autor para abordar e analisar uma montagem.

Títulos em andamento

Em 2015, a safra de novos livros das Edições Sesc SP contemplou quatro outros lançamentos. Sobre a Arte Brasileira, em coedição com a Editora WMF Martins Fontes, é uma coletânea de artigos organizada por Fabiana Werneck Barcinski que abrange desde a chamada arte pré-histórica até movimentos como o maneirismo, o barroco, a belle époque, o modernismo e o concretismo. Os autores dos textos são historiadores e sociólogos da arte como Francisco Alambert, Anne-Marie Pessis, Gabriela Martin, Valeria Piccoli, Myriam Ribeiro, Elaine Dias, Luciano Migliaccio, Ana Paula Simioni, Glaucia Villas Bôas, Paula Braga e Ricardo Lima. Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba: do Colonial ao Eclético, baseado na dissertação de mestrado do professor e pesquisador Percival Tirapeli, é referência para o estudo da arquitetura sacra vale-paraibana. Coeditada pelas Edições Sesc SP e pela Editora Unesp, diferentemente dos estudos em geral sobre as fazendas de café da região, a obra de Tirapeli mergulha na arte sacra que tanto caracteriza aquela parte do estado de São Paulo por suas manifestações religiosas. Permeada por mapas e esquemas arquitetônicos com plantas originais, ela aborda as transformações ocorridas desde o erguimento das primeiras igrejas nos períodos colonial e imperial até a primeira metade do século 20. Inteligências Múltiplas: uma Experiência em Pedagogia do Esporte e da Atividade Física no Sesc São Paulo, organizado pelo professor e preparador físico Hermes Ferreira Balbino, analisa uma série de atividades físico-esportivas que servem de estímulo ao desenvolvimento integral do ser humano. Por fim, Baré: Povo do Rio, organizado por Marina Herrero e Ulysses Fernandes, apresenta o resgate da cultura Baré, etnia indígena que vive às margens do Rio Negro, no estado do Amazonas.

Estão em processo de preparação seis títulos da Coleção Lina Bo Bardi, que discorrem sobre seus principais projetos: Museu de Arte de São Paulo, com textos de Lina Bo Bardi e Aldo van Eyck; Sesc Fábrica da Pompeia, com textos de Lina Bo Bardi, André Wainer, Marcelo Ferraz e Cecília Rodrigues dos Santos; Teatro Oficina, com textos de Lina Bo Bardi, Edson Elito e José Celso Martinez Corrêa; Casa de Vidro, com textos de Lina Bo Bardi e Marcelo Ferraz; Igreja Espírito Santo do Cerrado, com textos de Lina Bo Bardi e Edmar de Almeida e Solar do Unhão, com textos de Lina Bo Bardi e André Wainer.

Finalmente, está em curso uma fotobiografia da atriz Fernanda Montenegro, selecionada a partir de imagens inéditas de seu acervo pessoal. Ela própria escreve as legendas, que apresentam suas impressões sobre os momentos registrados em mais de 60 anos de carreira. Serão adicionados documentos emblemáticos de sua trajetória profissional e depoimentos de escritores, diretores e atores convidados.