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Ilustração: Leandro Shesko
Ilustração: Leandro Shesko

Por: JORGE LEÃO TEIXEIRA

Amante tresloucado

Dentro do guarda-roupa, atrás da porta e debaixo da cama. Relatos de fugas de amantes com a chegada inesperada de maridos traídos não mudam, tendo o mesmo enredo, aqui e no resto do mundo. Há situações, entretanto, que fogem do habitual e não se parecem com nada do que se viu até agora. Na China, dois meses atrás, um amante, bêbado, mas já vestido, sem saber exatamente o que fazer ao se dar conta de que o concorrente oficial batia à porta, lançou-se para fora do apartamento, pendurando-se na borda do sétimo andar do edifício. E lá ficou até o dia amanhecer, quando o traído deveria sair para o trabalho, muitas horas depois. Os bombeiros, chamados pela manhã para tirar o homem daquela terrível situação, disseram que ele só teve a aparente “coragem” de se esconder ali porque, embriagado, perdera o juízo.

Combustível de titica

O que fazer com as fezes de 80 mil galinhas? A cama de frango, aquele substrato que forra o piso de viveiros e galpões, regra geral usa-se como adubo para enriquecer a terra nas áreas de plantio e pastagens.
Um grupo de pesquisadores da Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, resolveu dar outro fim a 160 toneladas de titica, material recolhido de um criadouro a 100 quilômetros de Foz de Iguaçu. Explica-se: decorridos 40 dias de engorda, cada animal rende em torno de dois quilos de esterco. Ou seja, naquele pequeno espaço de tempo, 80 mil galinhas produzem 160 toneladas de estrume.
Colocado em biodigestores, o material adquirido para o trabalho dos pesquisadores está gerando, entre outros gases, o metano que, armazenado em cilindros, está abastecendo 14% da frota de 37 carros da usina.

Antes tarde do que nunca

Francesco Vitali e Maria Colleoni, casal de italianos que veio para o Brasil no fim do século 19 atraído pela cultura do café e criou raízes no interior de São Paulo, foi protagonista de um acontecimento hilário. Em 1903, o casal ganhou um novo menino, depois de Maria ter sofrido no parto, pois a criança resistia em conhecer a luz.
Os Vitali não tinham pensado em um nome para o pequeno e o oriundi Francesco, inquirido a respeito, matutou um pouquinho e não se fez de rogado: considerando que o menino fora preguiçoso para nascer, ganhou o nome de Tardinho. Mas a bizarrice não parou aí. A parteira logo constatou, estupefata, que havia uma irmã gêmea a caminho, que nasceu com uma diferença de poucos minutos. Que nome Francesco deu a ela? Tardinha, é claro.

Pássaro salvador

Sorte é pouco para a experiência vivida por um motorista, na Austrália, que, em alta velocidade, assim como ocorre no Brasil, foi flagrado pelo sistema eletrônico de multas da polícia rodoviária daquele país. Ele nunca recebeu e, é certo, jamais receberá a cobrança por estar trafegando acima da quilometragem permitida. Foi perdoado pelos responsáveis? O aparelho da polícia estava com defeito? Nem uma coisa, nem outra. O fato é que a fotografia saiu perfeita, mas não foi possível identificar a placa do veículo porque, no exato instante em que ela era batida, um pássaro cruzou o caminho. Então, em vez do número da placa o que se vê é o esvoaçar de um par de asas. Nem a polícia acreditou, tanto que colocou a foto e um texto explicativo na página do Facebook da corporação. Aproveitou para dizer que desta vez o incógnito motorista infrator teve sorte, mas pode ser que na próxima nem a “intervenção divina” poderá salvá-lo.

 Ideia luminosa

O cantor de uma banda escocesa, empenhado em não pagar pelo excesso de bagagem em recente viagem internacional, teve uma ideia pouco recomendável: vestiu, peça sobre peça, seis camisetas, quatro casacos, três calças jeans, duas bermudas, uma jaqueta e, de quebra, dois chapéus, totalizando doze camadas de roupa. Dispensável dizer que, já nas alturas, e assim que a exaustão causada pelo calor tomou seu corpo de assalto, o espertinho começou a passar mal, e ficou ainda pior quando seu truque foi descoberto. O músico só não entrou em parafuso graças ao socorro prestado por um paramédico presente.