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Jardim Cultural

A festa ao ar livre permitiu ao público a experimentação de artes, culinária, música e outras trocas
A festa ao ar livre permitiu ao público a experimentação de artes, culinária, música e outras trocas

Há quem pense que, para fazer uma festa, basta colocar um DJ e ter bebida que ela rola solta. Nos últimos anos, a cidade de São Paulo presenciou uma forte onda de festas de rua, em que DJs, bandas e aparelhagem se instalam no asfalto para quem quiser chegar. Mas, uma festa demanda muito mais que um DJ e a vontade de se divertir: é necessário planejamento e estrutura, além dela estar de acordo com a legislação, entre outros aspectos, para poder acontecer numa boa. O tema chegou a Rio Preto pelo Breu e foi objeto de um curso com nove encontros intitulado Laboratório de Produção Cultural Especializado em Festas de Rua, comandado por Marcos Gusman, produtor cultural. O encerramento do curso não poderia ser diferente: festa! Chamada de Jardim Cultural, a festa convidou o público a participar de um entardecer repleto de artes integradas, na área externa ao Sesc.

Durante os encontros, os 15 participantes, das mais diversas áreas - entre eles artistas, músicos, produtores culturais e jornalistas - puderam conhecer um pouco mais sobre a importância do tema da festa, passando pela escolha do local, documentação necessária para viabilizá-la, processos administrativos, registros necessários e possíveis entraves.

“A realização deste evento ao final do curso possibilita a prática dos envolvidos e a visão das possíveis dificuldades e soluções na realização de uma festa”, afirma Edimeire Piovezan, técnica de programação do Sesc.

O Jardim Cultural, contou com uma ambientação de piquenique e apresentações de Adriano Amendôla (voz e violão), Quarteto de Jazz Éramos 3 e DJ Bastard.

O evento também contemplou oficinas: de coquetelaria, para preparo de drinques, e de culinária, com o chef Safarian, um sírio refugiado que hoje vive e trabalha em Rio Preto e ensinou duas receitas típicas da sua cultura: o tabule e a esfirra de zátar. Ao final, o público se deliciou com os pratos preparados pelo chef.

Outras oficinas também compuseram a programação. Os artistas de rua Michelle Zullian e Luhe promoveram uma vivencia de bambolê e malabares. A produtora cultural Sarah Carvalho conduziu uma oficina de crochê, e Rodrigo Zanelli apresentou sua arte no shape de skates com uma oficina e exposição. Para completar a programação do Jardim Cultural, aconteceu o body paint (pintura corporal), com artistas da Casa de Criar. A atividade propôs um diálogo entre a pele da cidade e a pele do corpo. Enquanto o spray percorre as paredes, aqui, os marcadores percorreram braços, pernas e costas.