Reconhecimento social
No livro Economia do patrimônio cultural, a autora Françoise Benhamou analisa o impacto da preservação de bens materiais e imateriais nas economias regionais
A partir da experiência europeia, especialmente a francesa, Françoise Benhamou – professora de ciências sociais e econômicas e atual presidente da Associação Internacional de Economia da Cultura, em Paris – detalha informações a fim de enriquecer e especializar os repertórios de avaliação e conservação dos bens culturais no livro Economia do patrimônio cultural.
Na obra são destacados alguns dos avanços na área, como o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial pela Unesco e a constatação da heterogeneidade de valores que podem estar associados ao patrimônio, que vão desde a decoração e a pintura cerimoniais de templos religiosos até a gastronomia e etiqueta de culturas locais, entre outras práticas que não se limitam à ideia de preservação física de edifícios e monumentos.
A partir dessas concepções, a autora analisa os valores atribuídos ao patrimônio cultural (que podem ser de natureza histórica, estética, científica, religiosa, turística) e seu impacto nas economias regionais, seja pela demanda de profissionais especializados (tais como guias, professores, pesquisadores, restauradores), seja pelo avanço de setores atrelados às atividades turísticas (como restaurantes, hotéis, atividades de lazer e o comércio varejista).
Economia do patrimônio cultural contribui para a abordagem das ações e políticas de preservação do patrimônio, fornecendo subsídios para a avaliação criteriosa e eficaz dos itens que precisam ser protegidos. Tal conhecimento é de fundamental importância na gestão do patrimônio cultural, viabilizando o seu financiamento e manutenção, por um lado, ao mesmo tempo em que pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias de atração de públicos, bem como para o reconhecimento social dos conjuntos preservados.
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:: Trecho do livro