Sesc SP

postado em 12/12/2018

Educação e arte

Paralis(AÇÃO) dos mediadores da Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2013. Foto de Leonardo Barreiro
Paralis(AÇÃO) dos mediadores da Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2013. Foto de Leonardo Barreiro

      


Textos reunidos em Agite antes de usar exploram desde um olhar crítico sobre a mediação cultural até práticas colaborativas de aprendizagem, convidando o leitor a disparar seus microativismos

 

Nas últimas décadas, as práticas educativas nas instituições artísticas e culturais vêm atravessando uma profunda transformação. Isso se deve, em grande parte, à retomada de pedagogias basilares, a novos modelos de projetos colaborativos e a uma nova forma de entender o papel social da arte. Assim, mais que atuar como simples colecionadores e exibidores de objetos de arte e atividades artísticas, o museu e a instituição cultural reconfiguram-se como espaços de vivências transformadoras para o público por meio das exposições e atividades educativas que promovem.

Resultado da colaboração entre as instituições MALBA (Argentina) e TEOR/éTica (Costa Rica) a partir de uma série de congressos, fóruns e discussões sobre arte e educação na América Latina, o livro Agite antes de usar: deslocamentos educativos, sociais e artísticos na América Latina, organizado por Miguel López e Renata Cervetto, traz uma coletânea de artigos e entrevistas que buscam apresentar uma diversidade de reflexões e relatos de experiências sobre o campo da educação artística e a função pedagógica da arte na América Latina.

Os textos estão organizados em cinco partes: "Propostas para uma mediação crítica"; "Espaços de formação e políticas de aprendizagem"; "Atravessando a cena neoliberal a partir da educação artística"; "Protestos, crises e reconstrução dos modelos educativos" e "Dinâmicas afetivas: intercâmbios, colaboração, corpos e contexto". Sua intenção é fomentar um processo de revisão e exploração dos modos latino-americanos de curar, aprender e ensinar arte, a fim de contribuir para a criação de novos modelos de ação e intercâmbio entre artistas, instituições e público. Isso implica repensar as relações entre exposição, pesquisa, curadoria e educação não formal.

Assim, as questões que orientaram a organização do livro giram em torno do atual horizonte transformador da arte e da educação. A importância de se pensar em termos educativos os projetos curatoriais, o renovado interesse das instituições de “empoderar” o público por meio de educadores e mediadores, as transformações pelas quais a figura do educador passou nos últimos anos e a maneira como a sociedade percebe e lida com suas ideias e formas de expressão permeiam os textos de Agite antes de usar. Eles exploram desde um olhar crítico para as estratégias de mediação cultural até práticas auto-organizadas e colaborativas de aprendizagem, convidando o leitor a pensar em sua própria experiência e a disparar seus microativismos.

 

Veja também:

:: Ensino e aprendizagem | Um novo conceito para a animação sociocultural e a necessidade de mudar o papel do educador são temas examinados por Victor J. Ventosa em Didática da participação: teoria, metodologia e prática

:: trecho do livro

 

 

 

*Serviço:

o que:

Bate-papo e sessão de autógrafos 

Bate-papo e sessão de autógrafos com Luiz Guilherme Vergara, autor do artigo "Curadoria educativa: percepção imaginativa/consciência do olhar"

onde:

SESC Santos | Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos / SP 

quando:

Dia 26 de junho de 2019 – quarta-feira, às 19h30

quanto:

Grátis

 

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