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Versão cinematográfica de Os sertões e livro que traça a trajetória intelectual de Ismail Xavier junto ao cinema brasileiro estão em pauta no último dia de programação da Casa Edições Sesc durante a Flip 2019


Homenageado da 17ª Festa Literária Internacional de Paraty, o escritor e jornalista Euclides da Cunha (1866-1909) também será revisitado durante um encontro no sábado, 13 de julho, durante o último dia de programação da Casa Edições Sesc na Flip (veja aqui a agenda completa).

Na ocasião, às 17h, a escritora Isabel Lucas e o cineasta Miguel Gomes, ambos portugueses, participarão do encontro “Os sertões: história, cinema e literatura”. Também jornalista e curadora do Prêmio Oceanos, Isabel mergulha há tempos na obra do escritor brasileiro. É dela, por exemplo, o projeto Viagem ao país do futuro, cujo intuito é escrever 12 grandes reportagens sobre lugares e livros visitados para falar do Brasil contemporâneo – um deles é Os sertões. Já Miguel, conhecido pelo filme Tabu, está filmando atualmente Selvajaria, adaptação do clássico de Euclides da Cunha para a sétima arte.

O cinema igualmente permeia o dia 13 na Casa Edições Sesc. Pouco antes do encontro entre Isabel e Miguel, acontece, às 15h, o lançamento do livro Ismail Xavier: um pensador do cinema brasileiro (Edições Sesc). A publicação traça o caminho de Ismail Xavier junto ao cinema nacional, do qual ele é um dos principais teóricos e ensaístas crítico. Essa trajetória começou no final dos anos 1960, quando ingressou no curso de cinema da USP. Ali, Ismail se envolveu por alguns anos com a área de montagem de filmes, mas desde 1973, quando começou a pós-graduação em teoria literária, a prática cedeu espaço para a pesquisa, se tornando depois professor e autor de importantes livros a respeito do cinema nacional – entre eles estão o Sétima arte: um culto moderno (Edições Sesc), publicado em 2017 em edição revista e ampliada, Alegorias do subdesenvolvimento (Editora Brasiliense) e O olhar e a cena (Cosac & Naify).

“O cinema proporcionou uma abertura minha para a cultura geral. Quando adolescente, eu era um aluno aplicado, mas não muito voltado para a leitura, o que aconteceu por volta dos 17 anos por meio do cinema, que me abriu um leque, ampliado ainda mais depois da pós-graduação. Minha formação foi muito a partir dos professores do departamento de cinema da USP e da Cinemateca Brasileira, percorrendo a história e pesquisando o cinema americano, autores europeus, mas, como eixo predominante, o entorno do cinema brasileiro, para o qual passei a trabalhar não como historiador, mas com uma guinada para o ensaio crítico”, explica Ismail, que, no livro, tem sua obra analisada por professores, críticos e intelectuais ligados ao cinema.

MAIS DO DIA 13

Além das mesas apontadas acima, mais dois bate-papos marcam o último dia de programação oficial da Casa Edições Sesc na Flip 2019. Às 11h, abrindo o sábado, o público irá conferir o evento em torno da Coleção Democracia Digital. Estarão presentes Maria Caramez Carlotto e Sérgio Amadeu, autores respectivamente dos e-books Acesso negado e Democracia e os códigos invisíveis. O primeiro aborda os desafios que tange à propriedade intelectual na era digital, enquanto o segundo aborda a relação entre o avanço dos sistemas algorítmicos e o debate democrático.

Encerrando o dia, às 19h, é a vez da jornalista Patricia Palumbo fazer o lançamento da edição revista e ampliada do livro Vozes do Brasil: entrevistas reunidas, e conversar sobre a publicação. O bate-papo contará com a presença da cantora Zélia Duncan, que está entre os importantes nomes da música brasileira entrevistados por Patricia na coletânea de conversas da nova edição.


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