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postado em 30/08/2019

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Cinco coisas que você (talvez) não sabia sobre Da lama ao caos, disco de estreia de Chico Science & Nação Zumbi

 

Dando a largada na coleção Discos da Música Brasileira, o e-book Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco?, reúne depoimentos e registros sobre o álbum de estreia de Chico Science & Nação Zumbi, que tem sua história reconstituída pelo jornalista José Teles.

O disco é um marco do movimento que ficou conhecido como manguebeat:

 

Pra dar um gostinho do livro, listamos cinco curiosidades reveladas por Teles. Confira:

 

1. Quem foi Galeguinho do Coque, personagem da primeira faixa do disco?
Com uma das letras mais misteriosas para quem não viveu na capital pernambucana, a faixa “Banditismo por uma questão de classe” faz menção a dois ladrões que ganharam fama por cometer atrocidades na região metropolitana da cidade nos anos 1970.

Um deles é Biu do Olho Verde, conhecido por torturar suas vítimas com um alicate, e o outro é Galeguinho do Coque, nascido na comunidade periférica de mesmo nome na Ilha do Leite e frequentador assíduo de hotéis de luxo nas capitais nordestinas, onde gastava o dinheiro roubado.

2. Perna cabeluda?!
Na mesma música, Science diz: “Galeguinho do Coque não tinha medo, não tinha/
Não tinha medo da Perna Cabeluda”. Nos tempos em que Biu do Olho Verde e Galeguinho do Coque aterrorizavam a Grande Recife, havia quem temesse justamente uma... perna cabeluda?!

Reza a lenda que alguém perdeu a perna em um acidente de trem e que, desde então, ela saia por aí distribuindo chutes, rasteiras e pontapés em quem cruzasse seu caminho. A origem real dessa história assombrosa é revelada por José Teles no livro.

 


Capa do disco. Foto: Reprodução

 

3. Da capa ao prato
O caranguejo que ilustra a capa do disco foi levado ao estúdio do fotógrafo pernambucano Fred Jordão por Renato L., que comprou uma corda inteira dos crustáceos para a produção da foto. Foi Renato também quem atiçou o animal enquanto Fred captava a imagem icônica do caranguejo com a garra levantada. E que fim levou o caranguejo? Segundo Renato, em uma caranguejada regada à cerveja!

4. Passaporte para Europa
Apesar do contrato com a Sony Music, foi graças a participação de CSNZ no Fest in Bahia, em agosto de 1994, que o empresário Paulo André conseguiu articular a entrada da banda na cena internacional. Durante o evento, o empresário conheceu parte da imprensa norte-americana, entre eles o jornalista Sean Barlow, do programa Afropop, que repassou a ele os contatos dos principais festivais europeus.

Na viagem de volta do festival, um segundo encontro especial tem seus detalhes contados por Teles no livro: o de Chico Science com os integrantes do Wailers, que viajavam no mesmo ônibus que os jornalistas e a banda. 

5. Risoflora
O nome que dá título a única música romântica do álbum foi inspirado na Rizophora, uma espécie de planta típica dos manguezais. E quem seria a amada – ou, talvez, as amadas – a inspirar versos como “Vou ficar de andada até te achar/Prometo meu amor, vou me regenerar”. No livro, Teles encontra algumas pistas do mistério.

 

Fique antenado! O e-book Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco? está disponível na loja virtual ou aplicativo de sua preferência:

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