Luz no fim do túnel
Ante a destruição ambiental, o aprofundamento da desigualdade, o caos financeiro e a atual pandemia, livro O capitalismo se desloca põe em perspectiva um novo modo de produção baseado no conhecimento
Em meio à instabilidade do mundo contemporâneo, a crise no sistema capitalista há bastante tempo vem sendo alardeada como uma situação que, para muitos, não poderá ser contornada senão por transformações profundas. Mas, ante a destruição ambiental, o aprofundamento da desigualdade, o caos financeiro e a atual pandemia, fica a pergunta: que transformações seriam essas? No livro O capitalismo se desloca: novas arquiteturas sociais, o economista Ladislau Dowbor apresenta um conjunto de proposições que podem ajudar a pavimentar caminhos para um futuro bem mais promissor.
Professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e consultor de várias agências da ONU, Dowbor centra o livro em torno do que ele denomina como “era do conhecimento”. Nela é possível uma economia imaterial, suportada pelo conhecimento como fator principal de produção, o qual, graças a conectividade digital, pode ser generalizado para a humanidade e sem custos adicionais. “Quando a forma de apropriação do excedente social já não é predominantemente a exploração pelo salário, as mudanças se tornam qualitativas, constituem uma mutação e um deslocamento da lógica sistêmica dos processos de reprodução social. Os bilhões apropriados por um Bill Gates ou um Carlos Slim são baseados em sistemas imateriais, e não em fábricas”, escreve o economista.
No vídeo a seguir, Ladislau Dowbor fala sobre essas transformações já ocorridas na base produtiva e nas relações sociais de produção, assim como explora oportunidades factíveis no horizonte e reforça a necessidade de a sociedade buscar novos rumos.
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