Em livro, o renomado diretor Peter Brook aborda uma variedade de tópicos shakespearianos, tais como o polêmico tema da autoria, o trabalho do intérprete cênico e a reverência pela palavra e o verso
Publicado originalmente em 2013 na Grã-Bretanha, o livro Reflexões sobre Shakespeare trata da ampla experiência do autor, o encenador britânico Peter Brook, que desde 1945 vem montando peças de William Shakespeare (1564-1616). Em cerca cento e vinte páginas, Brook condensa a essência do conhecimento que acumulou sobre o bardo inglês ao longo de sua carreira, contribuindo para reinterpretar, enriquecer e atualizar os clássicos de tão visitada obra.
Em meio às grandes realizações de Peter Brook, destacam-se as montagens de Shakespeare, como Titus Andronicus (1955), Rei Lear (1962) e Sonho de uma noite de verão (1970). Além de dramaturgo, é também diretor de cinema e escritor, tendo entre seus filmes mais conhecidos O senhor das moscas (1963), Rei Lear (1970) e The Mahabharata (1989). Em 2007, publicou o livro O espaço vazio pela editora Orfeu Negro, de Lisboa. Em 2015, o diretor esteve no Sesc para a encenação da peça O terno (The Suit), ampliando uma já antiga e duradoura parceria com a instituição.
Em Reflexões sobre Shakespeare, Peter Brook aborda uma variedade de tópicos shakespearianos, tais como o polêmico tema da autoria, a atemporalidade da produção, o trabalho do intérprete cênico, os bastidores, a produção artística dos espetáculos e a reverência pela palavra e o verso, entre outros.
Ao partir da vivência concreta dos ensaios e espetáculos de Shakespeare encenados por Peter Brook e por meio de uma linguagem leve, o livro propicia ao leitor uma visão que abrange tanto os aspectos literários quanto os dramatúrgicos e cênicos. Desse modo, por apresentar uma leitura multidisciplinar, atual e acessível, Reflexões sobre Shakespeare torna-se atraente para diversos públicos, da classe teatral a professores, estudantes e interessados em literatura e artes cênicas.
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:: Trecho do livro