
Alimentado por usos experimentais de colagem, o artista gráfico Tide Hellmeister respondeu a seu tempo sem submeter-se a ele, arriscando-se em estilos tipográficos. A exposição Cota Zero, recupera materiais nunca exibidos em conjunto, navegando entre a arte e o design para refletir sobre como o processo criativo pôde abrir alternativas ao desenho moderno.
Relativamente autodidata, Tide familiarizou-se com seus ofícios, designer, ilustrador e artista, pela prática com mestres diversos como o pintor João Suzuki, o cenógrafo Cyro del Nero e o editor Massao Ohno - e, assim, aos vinte e poucos anos, viu-se familiarizado com princípios da arte e do design modernos. Então, em meados dos anos 1960, o estilo internacional do design moderno difundia-se pelo Brasil escoando da Escola de Ulm, na Alemanha. Os princípios desse estilo, aqui difundidos por figuras como Geraldo de Barros e Alexandre Wollner, apoiavam-se na possibilidade de organizar o legado da pintura e da arte moderna em uma sintaxe confiável para a formação de profissionais (designers, arquitetos) comprometidos com a comunicação, a legibilidade e a clareza simbólica.
Curadoria: Paulo Miyada.
Local: Espaço de Exposições