
Em um palco escuro e sem cenário, a luz recai sobre a artista e o instrumento acrobático que a acompanhará o tempo todo: um mastro pendular de bambu, o maestrim. Oco por dentro e rígido por fora, mas ao mesmo tempo flexível, o bambu oferece infinitas possibilidades de movimentos.
A dramaturgia minimalista tem influência do wabi sabi, uma visão de mundo derivada dos ensinamentos budistas, que prega a aceitação do que é imperfeito e transitório, para que se alcance o vazio da mente.
“Acredito que quanto mais me esvazio, mais fico aberta para a inspiração, para estar presente no momento cênico”, diz a intérprete Poema Mühlenberg, que faz seu primeiro espetáculo solo. O Vazio é Cheio de Coisa se desenrola com números de dança acrobática, entre pausas e silêncios.
Poema investiga o uso do bambu em performances há 15 anos e criou de forma artesanal o maestrim especialmente para esse espetáculo, com um bambu colhido de seu próprio quintal.
Direção: Edson Beserra
Intérprete criadora: Poema Mühlenberg
Duração: 50 min.
Local: Teatro Anchieta.
Foto: Diego Bresani
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