
Mais que observar, ou criar, cenas ou imagens que possam ser escritas ou descritas, o foco desta oficina é escutar a alteridade, os outros, e a partir dessa escuta produzir textos na forma de narrativas, frases, enunciados.
Criar mecanismos de produção textual nos quais a voz da alteridade seja uma espécie de "lírica" sem "eu" é um procedimento recorrente na escrita praticada nas artes visuais, da arte conceitual às obras de apelo literário. Ainda no campo das artes visuais, essa construção textual a partir da alteridade costuma expandir-se da palavra impressa para o audiovisual, para as artes performativas, para as construções espaciais ligadas à instalação e para outros experimentos de linguagem.
Sem intenção de operar através de um eu-lírico ou de um narrador que domine técnicas literárias, artistas como Rosângela Rennó, Sophie Cale, Dora García, Virgínia de Medeiros, entre outras, praticam uma escrita que faz parte do - ou se expande para o - objeto estético híbrido, cruzando linguagens que somam-se à verbal.
Local: ETA - Espaço de Tecnologias e Artes (3º andar).
Recomendação etária: 16 anos.
Inscrição a partir de 1/8 na Central de Atendimento.
(Foto: Fabio Morais)