
O objetivo dos encontros é refletir sobre a participação negra em Guarulhos no período colonial, favorecendo um resgate histórico sobre os povos que constituem o guarulhense. A introdução do trabalho dos africanos no Brasil, em geral, tem uma justificativa vinculada à mão de obra, desprovidos de qualquer capacidade intelectual.
Embora o tráfico de seres humanos tenha sido o negócio mais lucrativo para o Brasil, a mineração, sem dúvidas, alavancou a economia portuguesa em tempos de crise, a extração de ouro foi uma grande descoberta, expropriada para a Europa. Nesse contexto, quando pensamos em mineração, é inevitável a associação às cidades mineiras como Ouro Preto, Mariana, Diamantina, como grande expoente dessa atividade, entretanto, no que diz respeito à Guarulhos, há indicativos de que a primeira mina de ouro esteve em territórios guarulhenses. As evidências demonstram a importância e crucial participação negra no desenvolvimento do Brasil. Os africanos detinham as técnicas e os conhecimentos necessários para o exercício desta atividade, bem como, ferramentas de trabalho para a lavoura e outras atividades econômicas.
Anderson Guimarães é subsecretário de direitos humanos responsável pela pasta de políticas de igualdade racial de Guarulhos, responsável pela elaboração implantação e monitoramento de políticas destinadas ao povo negro, comunidade tradicional de matriz africana, indígenas, ciganos e migrantes; vice presidente do Conselho de Igualdade racial de Guarulhos. Pesquisador do núcleo de estudos avançados de ações afirmativas para promoção da igualdade racial. Fisioterapeuta Sanitarista, membro do Grupo Intersetorial integral e permanente da saúde da população negra.
Local: Espaço de Tecnologias e Artes
(Foto: divulgação)