
O que se passa no mundo hoje enquanto um corpo se move ou dança? Ägô combina linguagens e símbolos, pensadores e criadores, procura uma escrita de movimento e de estar cênico que comunique ambiguidades e possibilidades de um corpo negro dançante e de suas questões no mundo de hoje. Um corpo negro maduro que dança uma dança de ancestralidade e contemporaneidade, de beleza e de feiura, de fragilidade e força, de sentidos e insensatez.
Dialogando com as inquietações, memórias e vivência da coreógrafa e intérprete Cristina Moura, extratos de textos de Achille Mbembe, Maya Angelou, Anna Miranda, Grada Kilomba, Wislawa Szymborska, Angela Davis, Franz Fanon, Edna St. Vicent Milley, Marcelo Yuka, Pedro Rocha e Bell Hooks constroem uma dramaturgia da cena que pretende funcionar como uma provocação, um chamamento para reflexão sobre questões do mundo de hoje.
Ägô pede licença para fazer perguntas, para compartilhar, para tocar símbolos e imagens, para brincar, para dar risadas. Ägô é taba, terreiro, palco, tenda, playground. Ägô evoca seres, festejos, rezas. Ägô multiplica, comunica, renova, faz festa, faz ritual. Em Ägô, Cristina Moura visita algo que não é para afirmar o que é.
FICHA TÉCNICA
Direção e Interpretação: Cristina Moura
Músicas: Bruno Balthazar
Vídeos: Lucas Canavarro
Cenografia: Julia Deccache
Iluminação: Dalton Camargos
Assistente direção: Danilo Rosa
Figurinos: Luana de Sá
Designer: Radiográfico
Produção: Ciranda de 3 Trupe / Dadá Maia
Local: Espaço Beta (3º andar).
Foto: Renato Mangolim (montagem)