Tudo começa quando um pedaço de lixo espacial cai no riozinho do bairro e causa espanto na menina Abeni que, curiosa e imaginativa, busca entender o que está acontecendo com o planeta que está desmontando. E ainda tem o fato de que ela mesma está perdendo parafusos! Saber o motivo de tudo isso a leva na busca por descobrir como cientistas trabalham. Sua narrativa encontra as águas da história de Nia, a dona do sebo, que quando criança descobriu as letras e o prazer de ensinar a própria mãe a ler: brincalhona e conversadeira, ensina, troca e dança com os livros, com as crianças do bairro e com a árvore-memória que mora em seu quintal. De aprendizado em aprendizado, as águas desse enredo recebem outro afluente: Jorge, o pai de Abeni, um grande contador de histórias que deixou o Pará junto com a esposa e a filha, para viver uma aventura de seguir os caminhos dos rios. Parou em São Paulo, onde aprendeu o ofício de arrumar eletrodomésticos e está aprendendo a cuidar de uma filha que está crescendo.Três narrativas, três rios de histórias que se encontram, se afluem, se tocam e se trocam, trajetórias que se apertam e se afrouxam no aprendizado de viver. 
 
Sobre o grupo: 
O Núcleo Atômico é um coletivo que reúne artistas de diversas áreas para a realização de projetos que trabalhem na intersecção de linguagens e na arte/educação. Teve seu início em 2017, e desde 2019, as/os artistas reunidos no projeto que deu origem ao espetáculo A Máquina do Mundo se encontram para pesquisar mulheres brasileiras e estrangeiras que no decorrer da história, em diversas áreas e geografias, lutaram contra injustiças de gênero (e outras violências). Assim, nos aprofundamos em mulheres cientistas e mulheres ligadas a luta pela terra e ecologia. No início de 2021 o grupo começou a se reunir em ensaios virtuais, a fim de construir a dramaturgia textual do espetáculo; a criação dos primeiros personagens e seus questionamentos sobre o funcionamento da máquina do mundo.  Surgiram, dessa forma, três personagens que abordam narrativas distintas, mas interligadas: adultos que ainda se espantam com a novidade do mundo e uma criança que já precisa lidar com as complexidades da vida. Em 2021 o espetáculo foi contemplado com a 14a. edição do Prêmio Zé Renato e fez temporadas no Teatro Arthur Azevedo e no SESC Ipiranga, ambas em 2022. 
 
Ficha Técnica
Elenco: Audrey Bessa, Beth Castro, Bruno Loureiro, Kenan Bernardes, Marina Esteves. 
stand-ins: Bel Borges, Jennifer Sousa e William Simplicio.  
Dramaturgia: Cristina Santos e Tadeu Renato. 
Direção: Valéria Rocha. 
Assistência de Direção: Tadeu Renato. 
Preparação Vocal e Direção Musical: Bel Borges. 
Preparação Corporal: Cleydson Catarina. 
Cenografia: Lívia Loureiro. 
Desenho de Luz: Fe menino. 
Figurino: Thaís Dias | @ouroborosproducoesartisticas 
Assistente de Figurino: Carolina Gracindo 
Cenotécnica: Árvores | Casa Malagueta: Alício Silva,  Dandhara Shoyama e Leandro Bruno – Mobiliários: Mateus Fiorentino 
Técnico de Som: Alê Vianna 
Operação de Luz: Victor Isidro 
Máscaras: Cleydson Catarina. 
Designer Gráfico: Murilo Thaveira 
Material Pedagógico: Cintia Martinelli, Juliana Martins e Valéria Rocha. 
Assistente de Produção: Talitha Senna. 
Produção Geral: Núcleo Atômico