A aula aberta busca refletir sobre o protagonismo de mulheres negras e o trabalho nas ruas, apresentando a presença e atuação das quitandeiras no começo do século XX, fundamentando este ofício como um saber que percorreu o Atlântico na diáspora negra e se reconfigurou no território brasileiro.
São abordados temas e conceitos relacionados às relações raciais, as memórias negras e os conhecimentos presentes no Brasil, oriundos dos saberes, pensamentos e tecnologias africanas, refletindo sobre as estratégias que possibilitaram que o trabalho de vender nas ruas pudesse ser também uma forma de organização e mobilização às populações negras.

Amanda de Lima Moraes, nascida e criada em Parelheiros, Zona Sul de São Paulo. Geógrafa e professora formada pela Universidade de São Paulo. Mestre em Geografia Humana no PPGH/USP. Atua como professora na Educação de Jovens e Adultos, atualmente no CIEJA Lélia Gonzalez. Desenvolve pesquisas e ações nas áreas de Geografia, educação, relações raciais, cidade e racismo.