Foto: Angela Rosch Rodrigues
Foto: Angela Rosch Rodrigues

Esgotado

A ruína como lugar da memória sensível: lutas, apagamentos e resistências

Curso aborda as ruínas como patrimônio histórico e cultural a partir das lutas sociais no país

Centro de Pesquisa e Formação

16

atividade presencial

R$ 18,00 Credencial Plena
R$ 30,00 Meia entrada
R$ 60,00 Inteira

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Inscrições a partir das 14h do dia 27/3, até o dia 25/4. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 25/04 a 30/05

Sexta

15h às 17h (No dia 2/5 não haverá aula)

Esgotado

Foto: Angela Rosch Rodrigues
Foto: Angela Rosch Rodrigues

O curso tem por objetivo apresentar conjuntos arquitetônicos de ruínas no Brasil que são reconhecidos patrimônios culturais cujo valor histórico está vinculado à representação de uma série de conflitos, lutas e resistências. Para tanto, a partir de estudos de casos serão circunstanciados o contexto histórico em que tais conjuntos foram constituídos, as condições que levaram ao processo de arruinamento e apagamento de memórias e a revalidação dos remanescentes enquanto lugar de memórias sensíveis num processo mais recente de revalorização material e imaterial. Com os casos selecionados, serão realizadas conexões com outros exemplos, nacionais e internacionais a fim de evidenciar a pertinência desse patrimônio cultural às pautas das revisões historiográficas contemporâneas.

Programa

25/04 – A Tava Guarani e os Sete Povos das Missões (Rio Grande do Sul).
As povoações missioneiras controladas por jesuítas nos limites entre as terras divididas por espanhóis e portugueses, foram reconhecidas como patrimônio cultural no Brasil a partir dos anos 1930. Em 1983 o conjunto de ruínas passou a integrar a lista da UNESCO, mais recentemente a Tava Guarani situada no território da missão de São Miguel foi reconhecida como patrimônio cultural por indicar a ancestralidade de ocupação no local.

09/05 – Sítio Arqueológico do Cais do Valongo (Rio de Janeiro).
As ruínas do conjunto do Cais Valongo é um dos sítios mais emblemáticos do passado escravocrata das Américas. Os remanescentes do antigo porto ficaram obliterados pelo desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro e vieram à tona com as obras recentes na região, tendo sido reconhecido por seu valor universal excepcional como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2017.

16/05 – Ruínas da Igreja de São José do Queimado (Serra, ES).
O conjunto remonta à primeira metade do século XIX e foi palco de uma rebelião de negros escravizados por não receberem a alforria prometida pelo trabalho de construção da igreja. O local se tornou um importante marco da luta dos escravizados pela liberdade, tendo sido tombado na esfera estadual (ES) em 1992. Recentemente passou por uma revalorização que levou a novas intervenções.

23/05 – Ruínas do Forte Príncipe da Beira (RO).
Estrutura militar estratégica montada a partir de 1775 para defender os limites do território na ofensiva aos espanhóis, o forte integra o patrimônio nacional (IPHAN). O conjunto em ruínas acolhe uma comunidade remanescente de quilombolas certificada pela Fundação Palmares desde 2005.

30/05 – Presídio da Ilha Anchieta (Ubatuba, SP).
A colônia correcional foi inaugurada em 1908, a partir de 1928 passou a ser o cárcere de presos vinculados a atividades políticas, no qual os prisioneiros eram submetidos a torturas e trabalhos forçados. O local foi fechado em 1952 em decorrência de uma rebelião. Com os anos de abandono o conjunto se arruinou; foi tombado como patrimônio estadual (SP) em 1985.

Com Angela Rosch Rodrigues, pesquisadora e docente. Possui pós-doutorado pela FAU-USP onde desenvolveu pesquisa em História e Teoria da Arquitetura e do Urbanismo e Estética do Projeto. Período de pós-doutorado na Sapienza Università di Roma – Dipartamento di Storia, Disegno e Restauro dellArchitettura.

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